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A maior mina de ouro do Brasil em profundidade que já ultrapassa 1.600 metros de profundidade, recebe R$ 1,1 bilhão e garante ouro por décadas

Publicado em 29/09/2025 às 08:25
A mina de ouro no coração de Minas que desce mais fundo que o Burj Khalifa, produz bilhões e segue em plena expansão
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A maior mina de ouro do Brasil em profundidade já ultrapassa 1.600 metros, fica em Sabará (MG), é operada pela AngloGold Ashanti e ganhou um pacote de R$ 1,1 bilhão para expansão e modernização.

A maior mina de ouro do Brasil em profundidade é a Mina Cuiabá, em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O complexo subterrâneo ultrapassa 1.600 metros abaixo da superfície e integra uma malha de túneis que soma centenas de quilômetros uma operação contínua que consolidou o ativo como referência na mineração de ouro no país.

Com o novo ciclo de investimentos de R$ 1,1 bilhão, a AngloGold Ashanti acelera a expansão da lavra, moderniza sistemas críticos e reforça práticas ambientais que sustentam a longevidade do ativo.

O objetivo é assegurar horizonte de produção por décadas, com ganho de eficiência, segurança e previsibilidade operacional.

Onde fica e por que a profundidade importa

A maior mina de ouro do Brasil em profundidade que já ultrapassa 1.600 metros de profundidade, recebe R$ 1,1 bilhão e garante ouro por décadas
Você acredita que existe no Brasil uma cidade subterrânea com 330 km de túneis, Wi-Fi e veículos 100% elétricos em operação?

Instalada no Quadrilátero Ferrífero, a Mina Cuiabá opera em um cenário geológico de alta complexidade, onde profundidade e pressão de rocha exigem soluções técnicas robustas.

Trabalhar a mais de 1,6 km implica lidar com temperaturas mais altas, ventilação intensiva e logística de pessoas, equipamentos e minério em trajetos verticais e horizontais longos.

Essa profundidade permite acessar corpos de minério mais “maduros”, mantendo a continuidade da lavra com planejamento de longo prazo.

Quanto mais fundo, maior a necessidade de precisão geológica, perfuração direcionada e controle estrito de estabilidade fatores que elevam o custo unitário, mas também a barreira técnica de entrada e a resiliência do projeto.

O que muda com os R$ 1,1 bilhão

O pacote de investimentos prioriza três frentes: (1) acesso a novos níveis, (2) modernização de infraestrutura subterrânea e (3) projetos ambientais e de segurança operacional.

Abrir e equipar novos níveis de lavra amplia o “pipeline” de frentes, dilui o risco geológico e reduz gargalos de produção.

Na infraestrutura, os recursos fortalecem sistemas de ventilação, energia, comunicação e transporte essenciais para manter produtividade em grande profundidade.

Em paralelo, tecnologias de monitoramento e padrões de manutenção elevam a confiabilidade dos ativos críticos, reduzindo paradas não programadas e estabilizando a curva de produção.

Engenharia para operar a 1.600 m

A operação subterrânea combina sistemas de elevação para minério e pessoal, malha de galerias para perfuração e desmonte, e circuitos de carregamento e transporte até a superfície. Em Cuiabá, destacam-se iniciativas como veículos 100% elétricos no subsolo, que reduzem calor, emissão local e custo de ventilação.

Outro pilar é a automação e conectividade. Com rede de comunicação no subsolo, a mina opera com telemetria e controle em tempo real, permitindo resposta rápida a desvios, rastreamento de equipes e planejamento dinâmico das frentes de lavra.

Mais dados, menos incerteza e decisões mais rápidas para manter a produção estável.

Sustentabilidade e gestão de rejeitos

Pelo porte e profundidade, gestão ambiental é central. O complexo adotou empilhamento de rejeitos a seco, tecnologia que dispensa alteamentos tradicionais de barragens, reduzindo riscos e ampliando o controle sobre o material fino após o beneficiamento do minério.

É uma virada de chave para operações que buscam longevidade com menor pegada de risco.

Somam-se protocolos de reuso de água, monitoramento instrumental e planos de contingência integrados ao licenciamento.

Na prática, a governança ambiental deixa de ser apêndice e passa a ditar o desenho da mina, influenciando rotas, sequências e volumes processados.

Impacto econômico e cadeia de suprimentos

A maior mina de ouro do Brasil em profundidade dinamiza uma extensa cadeia local: serviços de perfuração, manutenção pesada, ventilação, elétrica, geotecnia, transporte, alimentação e treinamento técnico.

Empregos diretos e indiretos se multiplicam, com efeito renda que se espalha por Sabará e municípios vizinhos.

No macro, investimentos desse porte ancoram tributos, compras e contratos por vários ciclos, atraem fornecedores especializados e elevam o nível tecnológico da cadeia brasileira de mineração subterrânea. O resultado é um ecossistema mais sofisticado e competitivo.

Horizonte de produção e disciplina de capital

A combinação entre novos níveis de lavra, infraestrutura modernizada e gestão ambiental de ponta sustenta uma tese clara: prolongar a vida útil da mina com previsibilidade.

Em ativos subterrâneos, longevidade depende de disciplina de capital, geologia consistente e capacidade de executar o plano sem surpresas.

Nesse contexto, a maior mina de ouro do Brasil em profundidade se posiciona para entregar ouro por décadas, suavizando a volatilidade típica do setor por meio de planejamento e engenharia. Menos ruído operacional, mais constância é isso que cria valor no longo prazo.

Riscos e mitigação: o que sustenta a operação

Toda mina profunda enfrenta riscos geotécnicos, térmicos e operacionais. A resposta está em ventilação eficiente, malha densa de instrumentação, inspeções de frente, treinamento contínuo e rotas redundantes de acesso e evacuação.

A segurança é o indicador líder: ela antecipa problemas e evita que eventos se propaguem.

Do ponto de vista de mercado, a estratégia é proteger margens com eficiência energética, automação e economia de escala subterrânea.

Assim, a operação atravessa ciclos de preço do ouro sem paradas abruptas, preservando caixa e sustentando o plano de longo prazo.

A maior mina de ouro do Brasil em profundidade mostra como engenharia, tecnologia e disciplina ambiental podem prolongar a vida de um ativo estratégico entregando ouro por décadas e elevando o padrão da mineração subterrânea no país.

Investimento certo, na hora certa, transforma profundidade em vantagem competitiva.

Para você, qual é o ponto mais determinante para a longevidade de uma mina profunda: geologia, tecnologia (automação/ventilação) ou gestão ambiental de rejeitos? Conte nos comentários como esses fatores pesam no dia a dia da operação.

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Luiz Carlos
Luiz Carlos
30/09/2025 08:19

Ouvir e levar a sério as dificuldades queixas até familiares e pessoal dos trabalhadores todos os dias antes das realizações dos trabalhos para evitar acidentes.

Alex pereira
Alex pereira
30/09/2025 05:33

Sinceramente creio eu que os dois fatores tem que estarem juntos! Embora tecnologia e geologia sejam fundamental, o fator ambiental é prioridade que determina resultado na longevidade de ativos.

Julio
Julio
30/09/2025 00:59

ANGLO GOLD RECEBE INVESTIMENTO DE QUEM? DO BNDES/PISPASEP DO TRABALHADOR , A 0,75%aa? Isto, em troca de uns empreguinhos de valores ridículos comparados ao Canadá e EUA, donos de nosso ouro.
NEM DINHEIRO ELES INVESTEM! RECEBEM EMPRESTADO O REAL E COMPRAM NOSSOS DÓLARES NO BB OU NO BC.
Na África, negros têm mais vergonha: recebiam só 8% de retorno e expulsaram franceses de lá.
Aqui, pagamos com os dólares da exportação do agro para gringo comprar máquinas na terra dele… UMA VERGONHA!!!

Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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