Projeto em Eldorado do Sul será o maior da América Latina e promete impulsionar a infraestrutura digital brasileira
A Scala Data Centers anunciou a construção de um megacomplexo de tecnologia em Eldorado do Sul (RS), batizado de Scala AI City. O projeto deve movimentar mais de R$ 3 bilhões e será voltado à infraestrutura para inteligência artificial e computação em nuvem, posicionando o Brasil como referência no setor.
Construção da cidade digital visa atender nova demanda por IA
Com previsão de ocupar mais de 7 milhões de metros quadrados, o projeto da Scala AI City terá capacidade energética escalável de até 4,75 gigawatts. Essa construção representa uma resposta direta ao crescimento acelerado da demanda por processamento de dados, sobretudo para aplicações em inteligência artificial. A iniciativa promete ainda gerar cerca de 3 mil empregos diretos e indiretos, contribuindo para o desenvolvimento regional e a formação de mão de obra qualificada.
Operação 100% sustentável e uso de energia limpa
Um dos destaques do projeto de construção é o compromisso com a sustentabilidade. A empresa afirma que toda a operação dos data centers será alimentada por energia renovável e certificada. Além disso, os sistemas de resfriamento foram projetados para não utilizar água, buscando minimizar o impacto ambiental, uma preocupação crescente no setor de tecnologia.
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Interconexão estratégica com hubs nacionais e internacionais
A construção da nova cidade data center será interligada a uma estrutura existente da Scala em Porto Alegre, e futuramente estará conectada ao cabo submarino Malbec, que liga São Paulo, Rio de Janeiro e Buenos Aires. Essa rede fortalecerá a posição do Brasil como hub digital na América do Sul, atraindo investimentos e empresas que dependem de conectividade robusta e segura.
Questões legais acompanham o avanço da construção
Apesar do otimismo em torno do projeto, o licenciamento ambiental segue como ponto de atenção. Uma lei municipal aprovada especificamente para a Scala permite que a autorização da obra seja feita por meio de autodeclaração, o que gerou questionamentos sobre a ausência de regulamentações claras para data centers no Brasil. Especialistas defendem que a regulamentação precisa acompanhar o ritmo da inovação tecnológica para garantir transparência e equilíbrio.