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À la EUA! Governo implementa rodovia de concreto, material que dura o dobro do tradicional asfalto das estradas brasileiras

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 16/10/2024 às 10:06
Paraná adota concreto em rodovia para maior durabilidade. Projeto na PRC-280 espera concluir pavimentação até novembro. Será uma solução duradoura?
Paraná adota concreto em rodovia para maior durabilidade. Projeto na PRC-280 espera concluir pavimentação até novembro. Será uma solução duradoura?

Estado inova ao implementar rodovia de concreto que promete durar o dobro do asfalto. Com custos de R$ 188 milhões, a PRC-280 pode definir o futuro das estradas brasileiras.

As rodovias brasileiras enfrentam constantemente problemas de manutenção, principalmente em trechos com alta circulação de veículos pesados, como caminhões.

Com o asfalto tradicional exigindo reparos frequentes, a solução do concreto tem chamado a atenção.

No Paraná, o pavimento rígido já está sendo implementado na PRC-280, entre Palmas e Clevelândia.

Este material promete não apenas dobrar a durabilidade das pistas, mas também melhorar a segurança.

O que é a PRC-280 e por que o Paraná optou pelo concreto?

A PRC-280 é uma das principais ligações rodoviárias entre o Sudoeste e o Sul do Paraná, com grande volume de tráfego diário, especialmente de caminhões.

Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), a escolha pelo concreto não é aleatória.

Essa opção vem da necessidade de uma pavimentação que suporte as cargas pesadas e ofereça maior durabilidade e menos manutenção ao longo dos anos.

De acordo com o DER/PR, o concreto é uma solução ideal para locais que exigem resistência extra.

O pavimento rígido, além de durar o dobro do asfalto, também é menos suscetível a deformações causadas por mudanças climáticas e suporta melhor o desgaste causado pelo trânsito pesado.

A técnica usada na PRC-280 é conhecida como whitetopping, onde o asfalto existente é reaproveitado como base para o concreto, otimizando custos e recursos.

A extensão e os detalhes da obra

A obra na PRC-280 compreende um trecho de aproximadamente 45 quilômetros, com um investimento total de R$ 188 milhões.

O projeto abrange desde o viaduto da Codapar, em Palmas, até a rotatória com a Avenida Nossa Senhora da Luz, em Clevelândia.

Segundo o governo do estado, no último dia 9 deste mês, o projeto, iniciado em abril de 2024, alcançou 75% de execução, com previsão de término em novembro, dependendo das condições climáticas.

O processo de pavimentação tem seguido um cronograma estratégico, com um sentido sendo pavimentado de cada vez para permitir a circulação de veículos no outro sentido, utilizando o sistema de pare-e-siga.

Essa abordagem minimiza o impacto no tráfego, mas também exige operações constantes para garantir a segurança dos motoristas e trabalhadores.

Obra de restauração de rodovia em concreto entre Palmas e Clevelândia chega a 75%. (Imagem: reprodução/  DER)
Obra de restauração de rodovia em concreto entre Palmas e Clevelândia chega a 75%. (Imagem: reprodução/ DER)

Vantagens do concreto sobre o asfalto

Mas o que faz do concreto uma escolha superior?

O pavimento rígido não só tem maior durabilidade, como também oferece uma série de vantagens em termos de segurança.

Ele tem uma melhor capacidade de drenagem, reduz o risco de derrapagem e apresenta menor deformação ao longo do tempo.

Esses aspectos são especialmente importantes para rodovias como a PRC-280, onde o tráfego de caminhões é intenso.

Além disso, o concreto exige menos manutenção, o que representa uma economia significativa para os cofres públicos a longo prazo.

O DER/PR destaca que, com o concreto, a necessidade de reparos é muito menor, uma vez que o material é mais resistente a impactos e temperaturas extremas.

Os próximos passos e serviços adicionais

Após a conclusão da pavimentação principal, que deve ocorrer até o final de novembro, a equipe se dedicará a serviços complementares previstos para o início de 2025.

Esses serviços incluem a instalação de sarjetas triangulares de concreto, plantio de grama e melhorias na sinalização horizontal e dispositivos de segurança.

Essas etapas adicionais são fundamentais para assegurar a durabilidade e a segurança da rodovia, além de atender a questões ambientais, como o escoamento adequado de águas pluviais.

A sinalização inclui placas e tachas refletivas, além de defensas metálicas que aumentam a proteção contra acidentes, sobretudo em trechos com curvas acentuadas e em condições de baixa visibilidade.

Por que o concreto ainda é uma escolha rara no Brasil?

Apesar das vantagens, o concreto é ainda uma escolha rara no Brasil devido ao custo inicial elevado, que pode ser até três vezes superior ao asfalto.

Entretanto, essa visão está mudando à medida que estados como o Paraná percebem que a economia em manutenção e os benefícios de segurança podem compensar o investimento inicial.

Especialistas apontam que o custo inicial mais alto do concreto é compensado pela sua durabilidade.

Enquanto o asfalto precisa de reparos frequentes, o concreto exige muito menos manutenção ao longo dos anos, o que significa que, a longo prazo, o custo-benefício pode ser vantajoso.

No entanto, a expansão desse modelo para outras rodovias brasileiras ainda depende de maior apoio financeiro e político, além de mudanças na mentalidade de gestores públicos.

Será o concreto o futuro das rodovias brasileiras?

Se a PRC-280 se provar um sucesso, o pavimento rígido de concreto pode se tornar uma tendência nas rodovias brasileiras.

Estados com alto fluxo de caminhões podem adotar a mesma abordagem, especialmente em trechos estratégicos de grande circulação de cargas.

Porém, é necessário avaliar caso a caso, já que nem todos os trechos rodoviários têm as mesmas necessidades e desafios logísticos.

Com o tempo, a análise de custos e benefícios deverá guiar essa escolha. Afinal, será que o concreto realmente oferece a resposta ideal para todos os problemas das rodovias brasileiras?

Ou o alto investimento inicial continuará sendo uma barreira para a implementação em larga escala?

O que você acha? Concreto é o caminho para o futuro das estradas brasileiras, ou o custo elevado ainda é um obstáculo insuperável? Deixe seu comentário e participe da discussão!

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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