Estado inova ao implementar rodovia de concreto que promete durar o dobro do asfalto. Com custos de R$ 188 milhões, a PRC-280 pode definir o futuro das estradas brasileiras.
As rodovias brasileiras enfrentam constantemente problemas de manutenção, principalmente em trechos com alta circulação de veículos pesados, como caminhões.
Com o asfalto tradicional exigindo reparos frequentes, a solução do concreto tem chamado a atenção.
No Paraná, o pavimento rígido já está sendo implementado na PRC-280, entre Palmas e Clevelândia.
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Este material promete não apenas dobrar a durabilidade das pistas, mas também melhorar a segurança.
O que é a PRC-280 e por que o Paraná optou pelo concreto?
A PRC-280 é uma das principais ligações rodoviárias entre o Sudoeste e o Sul do Paraná, com grande volume de tráfego diário, especialmente de caminhões.
Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), a escolha pelo concreto não é aleatória.
Essa opção vem da necessidade de uma pavimentação que suporte as cargas pesadas e ofereça maior durabilidade e menos manutenção ao longo dos anos.
De acordo com o DER/PR, o concreto é uma solução ideal para locais que exigem resistência extra.
O pavimento rígido, além de durar o dobro do asfalto, também é menos suscetível a deformações causadas por mudanças climáticas e suporta melhor o desgaste causado pelo trânsito pesado.
A técnica usada na PRC-280 é conhecida como whitetopping, onde o asfalto existente é reaproveitado como base para o concreto, otimizando custos e recursos.
A extensão e os detalhes da obra
A obra na PRC-280 compreende um trecho de aproximadamente 45 quilômetros, com um investimento total de R$ 188 milhões.
O projeto abrange desde o viaduto da Codapar, em Palmas, até a rotatória com a Avenida Nossa Senhora da Luz, em Clevelândia.
Segundo o governo do estado, no último dia 9 deste mês, o projeto, iniciado em abril de 2024, alcançou 75% de execução, com previsão de término em novembro, dependendo das condições climáticas.
O processo de pavimentação tem seguido um cronograma estratégico, com um sentido sendo pavimentado de cada vez para permitir a circulação de veículos no outro sentido, utilizando o sistema de pare-e-siga.
Essa abordagem minimiza o impacto no tráfego, mas também exige operações constantes para garantir a segurança dos motoristas e trabalhadores.
Vantagens do concreto sobre o asfalto
Mas o que faz do concreto uma escolha superior?
O pavimento rígido não só tem maior durabilidade, como também oferece uma série de vantagens em termos de segurança.
Ele tem uma melhor capacidade de drenagem, reduz o risco de derrapagem e apresenta menor deformação ao longo do tempo.
Esses aspectos são especialmente importantes para rodovias como a PRC-280, onde o tráfego de caminhões é intenso.
Além disso, o concreto exige menos manutenção, o que representa uma economia significativa para os cofres públicos a longo prazo.
O DER/PR destaca que, com o concreto, a necessidade de reparos é muito menor, uma vez que o material é mais resistente a impactos e temperaturas extremas.
Os próximos passos e serviços adicionais
Após a conclusão da pavimentação principal, que deve ocorrer até o final de novembro, a equipe se dedicará a serviços complementares previstos para o início de 2025.
Esses serviços incluem a instalação de sarjetas triangulares de concreto, plantio de grama e melhorias na sinalização horizontal e dispositivos de segurança.
Essas etapas adicionais são fundamentais para assegurar a durabilidade e a segurança da rodovia, além de atender a questões ambientais, como o escoamento adequado de águas pluviais.
A sinalização inclui placas e tachas refletivas, além de defensas metálicas que aumentam a proteção contra acidentes, sobretudo em trechos com curvas acentuadas e em condições de baixa visibilidade.
Por que o concreto ainda é uma escolha rara no Brasil?
Apesar das vantagens, o concreto é ainda uma escolha rara no Brasil devido ao custo inicial elevado, que pode ser até três vezes superior ao asfalto.
Entretanto, essa visão está mudando à medida que estados como o Paraná percebem que a economia em manutenção e os benefícios de segurança podem compensar o investimento inicial.
Especialistas apontam que o custo inicial mais alto do concreto é compensado pela sua durabilidade.
Enquanto o asfalto precisa de reparos frequentes, o concreto exige muito menos manutenção ao longo dos anos, o que significa que, a longo prazo, o custo-benefício pode ser vantajoso.
No entanto, a expansão desse modelo para outras rodovias brasileiras ainda depende de maior apoio financeiro e político, além de mudanças na mentalidade de gestores públicos.
Será o concreto o futuro das rodovias brasileiras?
Se a PRC-280 se provar um sucesso, o pavimento rígido de concreto pode se tornar uma tendência nas rodovias brasileiras.
Estados com alto fluxo de caminhões podem adotar a mesma abordagem, especialmente em trechos estratégicos de grande circulação de cargas.
Porém, é necessário avaliar caso a caso, já que nem todos os trechos rodoviários têm as mesmas necessidades e desafios logísticos.
Com o tempo, a análise de custos e benefícios deverá guiar essa escolha. Afinal, será que o concreto realmente oferece a resposta ideal para todos os problemas das rodovias brasileiras?
Ou o alto investimento inicial continuará sendo uma barreira para a implementação em larga escala?
O que você acha? Concreto é o caminho para o futuro das estradas brasileiras, ou o custo elevado ainda é um obstáculo insuperável? Deixe seu comentário e participe da discussão!