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Uma obra bilionária com tecnologia de ponta, túnel submarino e trens a 320 km/h na nova ferrovia
A modernização das ferrovias tem sido uma prioridade para os países do Sudeste Asiático. Investimentos bilionários estão sendo direcionados para projetos de alta velocidade, com o objetivo de tornar as viagens mais rápidas e eficientes. China, Japão, Vietnã e Coreia do Sul estão liderando essa revolução ferroviária, e a Índia não ficou para trás. O país está construindo uma nova ferrovia que promete transformar a conexão entre duas de suas maiores cidades.
A linha de alta velocidade Mumbai-Ahmedabad é um dos projetos mais ousados da história ferroviária da Índia. Com um custo estimado de US$ 15 bilhões, essa infraestrutura de 316 milhas (508 km) tem potencial para revolucionar o transporte na região, reduzindo drasticamente o tempo de viagem e impulsionando o desenvolvimento econômico.
A ferrovia de alta velocidade Mumbai-Ahmedabad
Essa nova ferrovia será composta por doze estações e permitirá que os trens alcancem velocidades de até 320 km/h. Um dos destaques da construção é a estrutura elevada, com trilhos posicionados entre 10 a 15 metros acima do solo. Essa abordagem não apenas otimiza o uso do espaço urbano, mas também reduz impactos ambientais e melhora a segurança.
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A previsão é que a primeira seção da linha entre em operação em dezembro de 2026. Esse avanço marca um grande passo para a Índia na adoção de tecnologias ferroviárias de ponta.
O impressionante túnel submarino entre Mumbai e Thane
Um dos trechos mais desafiadores e inovadores da ferrovia é o túnel de 1,9 km que passa sob o mar entre Mumbai e Thane. Para sua construção, foram utilizadas três mega tuneladoras, capazes de escavar e reforçar a estrutura simultaneamente. Esse túnel foi projetado para suportar a alta pressão do ambiente marinho e garantir uma viagem segura e eficiente.
A implementação dessa tecnologia representa um marco para a engenharia indiana, colocando o país no mesmo patamar de outras nações que já desenvolveram projetos ferroviários submarinos.
Financiamento e parceria com o Japão
Para tornar a nova ferrovia uma realidade, a Índia garantiu um financiamento de US$ 12,5 bilhões do Japão. Esse empréstimo, com juros de apenas 0,1% e prazo de 50 anos, é um exemplo da forte parceria entre os dois países. O reembolso está programado para começar 15 anos após a linha estar totalmente operacional, permitindo que a Índia usufrua dos benefícios econômicos antes de iniciar os pagamentos.
A National High-Speed Rail Corporation Limited (NHSRCL) é a empresa responsável pela implementação do projeto. Desde a cerimônia de lançamento, em 14 de setembro de 2017, avanços significativos foram feitos na infraestrutura, aproximando o país da sua primeira ferrovia de alta velocidade.
O futuro dos trens de alta velocidade na Índia
Inicialmente, a Índia planejava utilizar os trens japoneses Shinkansen E5, conhecidos por sua segurança e velocidade de até 354 km/h (220 mph). No entanto, recentes discussões sugerem que o país pode optar por seus próprios trens de alta velocidade Vande Bharat, que atingem 280 km/h (174 mph). Essa decisão está em análise, e relatos indicam que os trens Shinkansen podem só ser introduzidos no corredor ferroviário em 2032.
Com a inauguração da primeira fase da ferrovia prevista para 2026, a Índia se prepara para entrar no seleto grupo de nações com redes ferroviárias de alta velocidade. A nova ferrovia representa um salto para o futuro, conectando cidades de forma rápida, eficiente e inovadora.
