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A história secreta das ferrovias: de 600 a.C. à mente brilhante de um homem e aos trens de 580 km/h — uma viagem aos primórdios dessa invenção revolucionária

Publicado em 29/05/2025 às 16:48
Ferrovias, trens, Trilhos, História
Imagem ilustrativa: IA
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Dos trilhos de pedra na Grécia ao trem magnético japonês, a história das ferrovias revela séculos de inovação que transformaram a mobilidade terrestre no mundo inteiro

A história das ferrovias atravessa séculos, continentes e revoluções tecnológicas. Desde trilhos rudimentares usados na Antiguidade até os trens de alta velocidade do século XXI, o transporte ferroviário se consolidou como uma das formas mais marcantes de evolução na mobilidade terrestre.

Dos trilhos manuais à máquina a vapor

A primeira estrutura que lembra uma ferrovia surgiu por volta de 600 a.C., na Grécia Antiga. Conhecida como estrada de Diolkos, na região de Corinto, essa construção com cerca de 8 km permitia o transporte de embarcações com a ajuda de animais e escravos.

Séculos depois, no início do século XVI, a Alemanha desenvolveu os wagon ways, sistemas formados por trilhos de madeira e puxados por tração animal. Muito utilizados em minas, esses sistemas facilitaram o transporte de minérios e continuam com variações em uso nas mineradoras até hoje.

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Por volta de 1776, os trilhos de madeira foram substituídos por trilhos de ferro. Essa mudança marcou o início do que ficou conhecido como rail way, ou linha férrea.

O avanço mais significativo, no entanto, viria em 1804. Na cidade de South Wales, na Inglaterra, o engenheiro britânico Richard Trevithick apresentou a primeira locomotiva movida a vapor.

O teste transportou 18 toneladas de ferro e 70 homens por 14 km. Mas, ao atingir 8 km/h, os trilhos não aguentaram e se quebraram.

A ascensão das locomotivas e o transporte de passageiros

Com o tempo, as máquinas foram ganhando mais força e substituíram os cavalos. Isso aumentou a capacidade de carga e possibilitou o transporte de mais vagões.

A mobilidade se ampliou também para áreas urbanas. A Inglaterra saiu na frente novamente: em 1812, inaugurou a primeira composição destinada apenas ao transporte de passageiros, na cidade de Leeds.

Mas o marco decisivo veio em 1830. Nesse ano foi inaugurada a linha entre Liverpool e Manchester, primeira a operar com horários fixos e foco no transporte comercial de passageiros. O sucesso foi imediato: 460 mil pessoas utilizaram a linha no primeiro ano.

Outro passo importante foi dado em 1863. A Inglaterra criou a primeira linha subterrânea, formando o que mais tarde seria chamado de metroway. Esse modelo serviria de base para os sistemas de metrô modernos em todo o mundo.

Eletricidade, inovação e expansão

No fim do século XIX, os engenheiros alemães lideraram o desenvolvimento das primeiras linhas férreas movidas a eletricidade. Em 1883, a Áustria inaugurou a linha Mödling-Hinterbrühl Tram, a primeira do mundo a operar com eletricidade por cabos suspensos.

Ao mesmo tempo, o mundo vivia o avanço do neocolonialismo. Nações europeias expandiram suas áreas de exploração e construíram ferrovias nos países colonizados.

Mas, ao contrário do que acontecia nas metrópoles, essas estruturas tinham o único objetivo de escoar matérias-primas até os portos.

Ferrovias no Brasil e nos Estados Unidos

No Brasil, o modelo colonial se repetiu. A primeira ferrovia foi inaugurada em 1854, entre o Porto de Mauá e a cidade de Fragoso, no Rio de Janeiro.

Ela foi idealizada pelo empresário Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá. As linhas férreas no país surgiram em função do ciclo do café, para facilitar o escoamento da produção.

Nos Estados Unidos, o uso das ferrovias teve papel central na ocupação do território. As linhas se expandiram em direção ao oeste e à costa do Pacífico.

No início do século XX, o país já contava com 200 mil quilômetros de ferrovias. O Brasil, mesmo com área semelhante, construiu menos de 40 mil quilômetros.

Trens de alta velocidade revolucionam o setor

Um novo capítulo começou em 1964, no Japão. O país lançou o primeiro trem de alta velocidade do mundo, o Shinkansen, que alcançava 200 km/h. A partir da década de 1970, Inglaterra e França também iniciaram projetos de trens velozes.

A tecnologia evoluiu ainda mais em 1997, com o lançamento do Magnalev, no Japão. Esse sistema usa supercondutores e elimina o atrito entre o trem e os trilhos. No lançamento, ele atingiu 550 km/h. Japão, Alemanha e China já operam trens comerciais com essa tecnologia.

Recordes de velocidade e novos horizontes

O trem francês TGV mantém o recorde de velocidade em trilhos convencionais: 574,8 km/h. Já o trem japonês JR-Maglev detém o recorde absoluto, com 582 km/h, utilizando tecnologia de supercondutividade.

As ferrovias continuam evoluindo. Da Grécia Antiga ao trem magnético japonês, essa jornada mostra como a busca por mais velocidade, eficiência e alcance moldou a forma como o mundo se conecta por trilhos.

Com informações de Brasil Escola.

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Jaime
Jaime
02/06/2025 19:55

E aqui, destruiram o transporte ferroviário de passageiros e o de carga, quase. Um país enorme como o nosso e praticamente tudo e’ transportado por caminhões e um pouco por via aérea.. Que absurdo.

Macedo
Macedo
Em resposta a  Jaime
14/07/2025 08:56

Isso chama burrice dos nossos políticos e empresários da época… Falta de visão estratégia e planejamento ao longo prazo… República das bananas…

Romário Pereira de Carvalho

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