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Início A grande sacada! Brasil aproveita crise do etanol e triplica embarques do combustível para a Europa

A grande sacada! Brasil aproveita crise do etanol e triplica embarques do combustível para a Europa

21 de setembro de 2022 às 10:04
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Etanol, combustível, Europa
Foto: reprodução pixabay.com

O Brasil, em agosto de 2022, triplicou os volumes embarcados de etanol para o mundo todo sobre agosto de 2021. Foram quase 290 mil m³, ou 290 milhões de litros de combustível

O Brasil está ‘exportando’ a crise do etanol para a Europa. O excedente de etanol, que não está sendo consumido internamente, está sendo destinado às exportações, por exemplo, para a Europa, mesmo que a produção do etanol venha caindo e a produção de açúcar esteja em elevação.

Aumento da exportação de etanol

O alerta já chegou na Cropenergies, empresa alemã e a maior produtora de biocombustível na União Europeia (UE), a qual ameaça desligar algumas plantas, entre as quais a do Reino Unido.

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Juntamente com os custos de energia mais caros e o bloqueio ao gás russo, a empresa acusa a entrada maior do etanol brasileiro mais barato. Em agosto de 2022, as vendas aos Países Baixos, que são a porta de entrada da UE, ascenderam a 115 mil metros cúbicos.

Em agosto de 2022, o Brasil triplicou os volumes embarcados de etanol para o mundo todo sobre agosto de 2021. Foram quase 290 mil m³, ou 290 milhões de litros de combustível. Comparado com julho, a alta em volume atingiu 110 mil m³ de etanol.

Nos sete primeiros meses de 2022, se somaram 1,224 milhões de m³ de etanol, enquanto no ano inteiro de 2021 os embarques foram de 1,93 milhões, 27% inferior que em 2020.

Caso em setembro a alta das exportações seja relevante, com o biocombustível perdendo espaço para a gasolina, o que anda ocorrendo desde a baixa do ICMS e dos descontos dados pela Petrobras (PETR4), pelo menos um empate deve ser conduzido na comparação anual.

Entenda a crise energética na Europa

A crise energética na Europa obrigou gigantes da indústria da Europa, como ArcelorMital, Alcoa e Arc International, a suspenderem funcionários e diminuírem a produção. A produção industrial na eurozona caiu 2,3% no mês de julho em comparação ao mesmo período de 2021, a maior queda registrada em mais de dois anos. 

A multinacional do aço ArcelorMittal, por exemplo, assim que anunciou os cortes, disse que fechará algumas unidades na Alemanha e na Espanha. A siderúrgica utiliza energia de forma intensiva em seus altos-fornos, uma vez que produz mais de 3,65 milhões de toneladas ao ano em ambos os países. 

Reiner Blascheck, diretor-presidente responsável pelas sedes na Alemanha, disse que os altos custos do gás e da eletricidade estão pressionando fortemente a competitividade da empresa.

Em resposta às sanções impostas pelo Ocidente, os russos estão cortando cada vez mais a distribuição de gás natural para o restante da Europa.

O ministro da energia da Chéquia informou que vai propor a convocação de uma reunião extraordinária do Conselho da Energia da União Europeia o mais rápido possível. Já o governo português anunciou novas medidas para suavizar o aumento do gás natural.

Na França, que é um país altamente dependente da energia nuclear, o encerramento de numerosos reatores devido a necessidades de manutenção fez com que o custo por megawatt-hora subisse para dez vezes mais do que há um ano. Na Alemanha, que é fortemente dependente do gás russo, os cortes contínuos de abastecimento pela russa Gazprom e o encerramento previsto do gasoduto Nordstream apontaram um quadro semelhante.

Para complicar ainda mais a situação da Europa, as energias renováveis sofreram as consequências de um dos verões mais quentes e secos. Os rios estão com baixo volume, sem caudal para mover as centrais hidroelétricas em sua plena capacidade. O vento está ausente durante as sucessivas ondas de calor que abalaram o continente.

Leia mais sobre o etanol no Brasil:

Usinas no Brasil decidem produzir mais açúcar que etanol devido aos cortes drásticos de impostos sobre o combustível

Lucro com venda do etanol caiu em relação ao do açúcar, fazendo as usinas tirarem seus esforços produtivos do combustível.

Os cortes drásticos nos impostos dos combustíveis pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), principalmente sobre a gasolina, devem levar as usinas a evitar o biocombustível etanol e investir fortemente no açúcar.

Confira a matéria completa na íntegra, CLICANDO AQUI!

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