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A fusão Anglo American–Teck cria a maior mineradora dedicada ao cobre em mais de uma década, com valor de mercado acima de US$ 53 bilhões e economias projetadas de US$ 800 milhões anuais

Publicado em 09/09/2025 às 11:29
Fusão prevê economias anuais de US$ 800 milhões e reforça a disputa global por metais estratégicos em meio à corrida por carros elétricos e inteligência artificial
Fusão prevê economias anuais de US$ 800 milhões e reforça a disputa global por metais estratégicos em meio à corrida por carros elétricos e inteligência artificial
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Anglo e Teck criam gigante de US$ 53 bi focada em cobre; fusão prevê US$ 800 mi em economias e acelera disputa global por metal estratégico.

A fusão anunciada entre Anglo American e Teck Resources marca a criação da maior mineradora dedicada ao cobre em mais de uma década, com valor de mercado acima de US$ 53 bilhões. O acordo, ainda sujeito a aprovações regulatórias, prevê sinergias anuais de US$ 800 milhões e posiciona a nova companhia como peça central na corrida global por recursos críticos à transição energética e à economia digital, segundo o g1.

O negócio consolida a estratégia de longo prazo de ambas as mineradoras e sinaliza que o cobre passa a ocupar um lugar de protagonismo nas cadeias globais, especialmente diante da expansão dos veículos elétricos, da modernização de redes de energia e da construção de data centers para inteligência artificial.

Estrutura da fusão e governança compartilhada

Com sede no Canadá e listagem na Bolsa de Londres, a nova companhia será chamada Anglo Teck.

O acordo estabelece que os acionistas da Anglo ficarão com 62,4% da mineradora, enquanto os da Teck terão 37,6%. A liderança será compartilhada: Duncan Wanblad, CEO da Anglo, assumirá o comando global, e Jonathan Price, CEO da Teck, será o vice-presidente executivo.

O anúncio também incluiu um dividendo especial de US$ 4,5 bilhões aos acionistas da Anglo, sinalizando que a operação é vista como uma “fusão de iguais”, sem prêmio adicional em ações.

O objetivo declarado é unir forças para criar uma companhia com escala, flexibilidade e base financeira robusta, capaz de aproveitar oportunidades de alto retorno em um mercado competitivo.

Sinergias e operações estratégicas no Chile

Um dos destaques do acordo é a proximidade geográfica das operações das duas mineradoras no Chile, país que concentra algumas das maiores reservas de cobre do mundo.

Projetos como Quebrada Blanca (Teck) e Collahuasi (Anglo) podem gerar ganhos adicionais de eficiência, reduzindo custos e otimizando investimentos.

As sinergias operacionais são estimadas em US$ 800 milhões por ano até o quarto ano após a fusão, reforçando a expectativa de que a integração será vantajosa financeiramente.

Além disso, especialistas destacam que a Anglo Teck poderá consolidar presença em outros polos globais de mineração, aumentando a pressão competitiva sobre rivais como BHP e Glencore.

O cobre como metal estratégico do século XXI

O interesse no cobre não é por acaso. Considerado essencial para a transição energética e para o avanço da inteligência artificial, o metal é usado em cabos de transmissão, veículos elétricos, turbinas eólicas, painéis solares e centros de dados.

Com a expectativa de que a demanda global dobrará até 2035, segundo projeções de consultorias internacionais, a fusão Anglo–Teck é vista como uma jogada estratégica para garantir acesso a reservas e fortalecer a posição de mercado em um setor que deve enfrentar pressões de oferta nos próximos anos.

Reações do mercado e possíveis disputas

A fusão foi bem recebida por investidores. As ações da Anglo American subiram mais de 7% em Londres, no maior ganho diário em mais de um ano, enquanto os papéis da Teck avançaram 10,4% no pré-mercado dos EUA.

Ainda assim, analistas alertam para possíveis interferências de concorrentes.

O banco Berenberg destacou que a Glencore pode tentar reaparecer com uma oferta pela Teck, enquanto a BHP também teria interesse em disputar ativos de cobre estratégicos.

No entanto, a família Keevil, controladora da Teck, declarou apoio irrevogável ao acordo, reduzindo riscos internos de bloqueio.

Se aprovado pelos órgãos reguladores, o processo deve levar de 12 a 18 meses para ser concluído.

Quando finalizada, a fusão criará um dos maiores grupos globais de mineração, reposicionando o setor em torno do cobre como metal estratégico das próximas décadas.

E você, acredita que a criação da maior mineradora dedicada ao cobre vai acelerar a transição energética ou aumentar a concentração de mercado?

Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem acompanha de perto essa disputa global.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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