A Fragata Rademaker, navio da Classe Greenhalgh da Marinha do Brasil, une capacidade de combate e patrulha com atuação estratégica no Atlântico Sul.
A Marinha do Brasil conta com um importante reforço estratégico desde 1997: a Fragata Rademaker, navio da Classe Greenhalgh. Incorporada oficialmente em 30 de abril daquele ano, na Inglaterra, a embarcação foi escolhida por sua capacidade operacional de patrulhamento, defesa e busca no Atlântico Sul.
Seu nome homenageia o Almirante Augusto Hamann Rademaker Grünewald e simboliza a força e a tradição naval brasileira.
A fragata é equipada com sistemas de combate capazes de localizar e neutralizar ameaças aéreas, submarinas e de superfície.
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Em cenários de guerra, sua missão prioritária é o controle de áreas marítimas e a atuação como instrumento de dissuasão.
Construção e origem da Fragata Rademaker
A Fragata Rademaker foi construída pelo estaleiro Yarrow Shipbuilders Ltd., em Scotstoun, na Escócia. Antes de integrar a frota brasileira, ela era conhecida como HMS Battleaxe (F 89) e pertencia à Royal Navy, a Marinha do Reino Unido.
O contrato de compra foi assinado entre o governo brasileiro e o Ministério da Defesa britânico em 18 de novembro de 1994.
As transferências dos navios da Classe Greenhalgh ocorreram à medida que as embarcações foram desativadas pela marinha britânica.
Estrutura robusta e armamento poderoso
Com 131 metros de comprimento, 14 metros de boca e calado de 6,5 metros, a Fragata Rademaker desloca até 4.400 toneladas quando totalmente equipada. A bordo, opera uma tripulação de 274 militares.
Seu arsenal inclui mísseis Exocet MM-40, dois lançadores triplos de torpedos, dois canhões de 40 mm e metralhadoras de 20 mm.
Além do armamento, o navio dispõe de equipamentos modernos de sonar, comunicação submarina e capacidade para operações aéreas.
Atuação em missões estratégicas e exercícios internacionais
A Fragata Rademaker foi selecionada em diversas ocasiões para participar de operações complexas, como a ATLANTIS IV, realizada em parceria com a Armada do Uruguai.
Por estar próxima à costa de Montevidéu durante a operação, a fragata pôde atuar rapidamente em apoio à busca e salvamento (SAR – Search and Rescue).
A embarcação reúne todos os requisitos técnicos e logísticos para permanência prolongada em zonas de operação, o que a torna fundamental em ações de patrulhamento, apoio humanitário e presença dissuasiva em águas internacionais.
Papel estratégico da Fragata Rademaker no poder naval brasileiro
Além de sua versatilidade operacional, a Fragata Rademaker representa um componente essencial do poder naval brasileiro.
Sua presença em manobras e missões reforça a capacidade da Marinha de proteger a soberania marítima do país e contribuir com a segurança da navegação no Atlântico Sul.
A robustez da Fragata Rademaker, aliada à sua capacidade tecnológica, a mantém como um dos pilares do sistema de defesa naval do Brasil.
Seu desempenho comprova a importância de investimentos contínuos em modernização e presença estratégica no mar.
Fonte: Marinha do Brasil