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Mais letais que 500 mil Hiroshimas e com alcance de 13 mil km: a força nuclear dos EUA que pode devastar o planeta em menos de 15 minutos

Escrito por Jefferson Augusto
Publicado em 21/06/2025 às 09:21
Composição mostrando míssil balístico intercontinental, submarino com mísseis nucleares e bombardeiro furtivo representando a tríade da força nuclear dos EUA
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A força nuclear dos Estados Unidos conta com 5.550 ogivas, submarinos que operam por 90 dias seguidos e mísseis com alcance de 13 mil km prontos para lançamento imediato.

Em caso de ataque nuclear, o presidente dos EUA tem entre 10 e 15 minutos para ordenar uma retaliação com sua força nuclear capaz de mudar o destino do planeta. Por isso, o país mantém um sistema de três frentes, terra, mar e ar, projetado para garantir destruição em qualquer cenário

O poder nuclear dos EUA supera 5 mil ogivas e combina reserva, prontidão e mísseis de precisão global

Os Estados Unidos possuem cerca de 5.550 ogivas nucleares, segundo estimativas que somam arsenais ativos e reservas estratégicas. Dentro desse volume estão cerca de 650 bombas B83, armas de gravidade projetadas para destruir alvos subterrâneos altamente fortificados.

Além das bombas, o arsenal americano inclui dois tipos principais de mísseis com capacidade nuclear: os Minuteman III, lançados de silos terrestres, e os Trident II, instalados em submarinos. Ambos são peças centrais da tríade nuclear, a base da estratégia de dissuasão dos EUA.

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Como funciona a tríade nuclear: mísseis em silos, submarinos ocultos e bombardeiros em alerta

A tríade é formada por três componentes estratégicos:

  • 400 mísseis Minuteman III em silos nos estados de Montana, Dakota do Norte, Wyoming, Colorado e Nebraska. Cada um tem alcance superior a 13.000 km e potência de até 475 quilotons.
  • 14 submarinos da classe Ohio, com 20 mísseis Trident II cada, patrulham os oceanos a partir de bases em Washington e na Geórgia. Esses mísseis têm alcance de 12.000 km e precisão inferior a 100 metros.
  • Bombardeiros estratégicos, como o B-2 Spirit e o B-52, que podem lançar bombas nucleares de bases em solo americano ou estrangeiro.

Essa estrutura garante a capacidade de resposta mesmo que uma ou duas frentes sejam neutralizadas.

Sistema de detecção via satélite e radares em solo identifica mísseis em segundos

Um ataque nuclear contra os EUA acionaria um sistema de alerta em três fases. A fase de impulso detecta o lançamento com sensores infravermelhos em órbita, através do Space-Based Infrared System (SBIRS). Logo depois, radares em terra confirmam a ameaça com base no Ground-Based Midcourse Defense.

Durante a fase intermediária, o míssil atinge o espaço, viajando a Mach 20, cerca de 24 mil km/h. Este é o momento crítico para tentar interceptações. Já na fase terminal, a ogiva reentra na atmosfera e o impacto se torna quase inevitável.

Presidente dos EUA pode autorizar retaliação em até 15 minutos com códigos guardados no “Football”

A resposta a um ataque nuclear é centralizada no presidente. Ele dispõe de um período entre 10 e 15 minutos para autorizar a retaliação, usando o sistema conhecido como “Football”, uma maleta com códigos e planos de ataque.

Dentro dela estão:

  • O “biscuit”, cartão de autenticação do presidente.
  • O “livro negro”, com múltiplas opções de ataque: limitado, selecionado ou total.
  • Canal direto com o Centro Nacional de Comando Militar (NMCC).

Se o presidente estiver incapacitado, a cadeia de comando passa automaticamente ao vice-presidente ou outro oficial designado, garantindo a continuidade da decisão de resposta.

Plano nuclear histórico previa 3.200 ogivas e mais de 285 milhões de mortos em ataque total

O plano de guerra nuclear dos EUA, conhecido como SIOP (Single Integrated Operational Plan), foi criado em 1961 e vigorou até 2003. Sua primeira versão, a SIOP-62, previa o uso de todas as 3.200 ogivas nucleares da época em um ataque contra URSS, China e aliados.

O total de energia seria equivalente a 8.000 megatons de TNT, ou mais de 500 mil bombas de Hiroshima. A estimativa de baixas ultrapassava 285 milhões de mortos apenas nos alvos principais. Mesmo países menores como a Albânia seriam completamente destruídos por abrigarem ativos militares soviéticos.

Nas décadas seguintes, o plano foi adaptado para ataques graduais, preservando opções menos destrutivas. Mas simulações recentes, como a da Universidade de Princeton, sugerem que mesmo uma guerra “limitada” entre Rússia e EUA causaria mais de 90 milhões de mortos e feridos nas primeiras horas.

A ameaça nuclear ainda define o equilíbrio global, mesmo 60 anos após a criação do SIOP. Você acredita que esse tipo de armamento ainda pode garantir a paz? Compartilhe com quem precisa entender o peso dessas decisões.

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Jefferson Augusto

Profissional com experiência militar no Exército, Inteligência Setorial e Gestão do Conhecimento no Sebrae-RJ e no Mercado Financeiro por meio de um escritório da XP Investimentos. Trago um olhar único sobre a indústria energética, conectando inovação, defesa e geopolítica. Transformo cenários complexos em conteúdo relevante sobre o futuro do setor de petróleo, gás e energia. Envie uma sugestão de pauta para: jasgolfxp@gmail.com

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