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A floresta de um só tronco: o maior cajueiro do mundo desafia a ciência e se torna símbolo do Nordeste brasileiro no livro dos recordes

Escrito por Noel Budeguer
Publicado em 01/07/2025 às 11:17
A floresta de um só tronco: o maior cajueiro do mundo desafia a ciência e se torna símbolo do Nordeste brasileiro no livro dos recordes
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Descubra o impressionante cajueiro de Pirangi, em Natal-RN: curiosidades, preços de entrada e a disputa pelo título de maior do Brasil

No coração do Nordeste, a poucos quilômetros de Natal, ergue-se uma das maiores maravilhas naturais do Brasil: o maior cajueiro do mundo! Imagine uma árvore com copa tão vasta que parece uma pequena floresta, esse gigante verde, com espaço para abrigar centenas de visitantes, é o verdadeiro protagonista da Praia de Pirangi do Norte, no Rio Grande do Norte. E atenção: além de sua imponência, ela carrega uma disputa acirrada no Livro dos Recordes, mantendo seu prestígio desde 1994.

Como chegar ao maior cajueiro do mundo e conhecer o gigante verde do RN

O gigantesco cajueiro está em Parnamirim, município vizinho a Natal, a apenas 12km do centro da capital. Bem próximo à Praia de Pirangi do Norte, o local é acessível por carro, ônibus urbano ou até transporte por aplicativo. Ali, você desembarca diante deste espetáculo natural, pronto para explorar um dos cartões-postais mais charmosos do Nordeste.

Um crescimento que desafia a lógica

  1. Seus galhos crescem paralelos ao solo, não para cima.
  2. Quando esses ramos encostam na terra, geram novas raízes, e se multiplicam como novos troncos.

O resultado? Uma copa que ocupa cerca de 9.000 m², equivalente a 1,3 campo de futebol! Esse mecanismo criou a ilusão de várias árvores, mas cientistas confirmam: são apenas duas, sendo que uma domina 95% da área total. O principal mestre dessa expansão foi um pescador local, Luís Inácio de Oliveira, que plantou a semente original em 1888, e descansou à sombra da planta que plantou, aos 93 anos.

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Cajueiro de Pirangi enfrenta rival gigante no Piauí

Em 1994, o cajueiro entrou oficialmente para o Guinness Book of World Records como o maior cajueiro do planeta, com cerca de 8.500 m². No entanto, um novo concorrente surge do Piauí: o “Cajueiro-Rei” de Barra Grande, estimado hoje em 8.832 m² e com respaldo de estudos da Unespi, embora ainda não registrado no Guinness oficial.

Um dos autores do estudo, o botânico Francisco Soares Santos Filho, afirma:

“Há um documento que existe há pelo menos três anos provando isso e já foi entregue ao secretário de Turismo do Piauí. ”Ainda assim, até que o correio oficial atue novamente, quem reina é nosso colosso potiguar.

Visitação, sabores e desafios: entre castanhas, mirante e a polêmica da poda

O complexo ambiental onde o cajueiro está aberto diariamente, das 7h30 às 17h30; a entrada custa apenas R$ 8, com meia para estudantes, idosos e crianças de 7 a 12 anos, Crianças menores de 6 anos entram de graça. Por ali, há um mirante suspenso que oferece visão panorâmica do “cajueiro”, caindo no mar tranquilo da Praia de Pirangi.

Durante o passeio guiado, aprendemos sobre genética, mitos locais e receitas regionais,  além da oferta de sucos frescos, castanhas e artesanato com caju, tudo sustentado pela renda da visitação. Na safra, entre novembro e janeiro, a produção pode chegar a 70 000 frutos, chegando a cerca de 2,5 toneladas, embora em 2021 tenha sido registrada apenas 15.000 cajus, segundo estimativas regionais.

Com o crescimento orgânico vindo do solo, os galhos começaram a invadir casas vizinhas e a comprometer a Rota do Sol. Para conter a expansão, uma estrutura metálica foi erguida em 2012, a chamada “barreira”, que sustenta os galhos e evita acidentes. Embora haja quem defenda poda para preservar trajetos e residências, a maioria da comunidade teme que cortes possam afetar a vitalidade do cajueiro.

136 anos de história: uma celebração ao símbolo vivo do Nordeste

No final de 2024, o Parque do Cajueiro de Pirangi celebrou seu 136º aniversário com uma programação especial: apresentações culturais, rodas de conversa, distribuição de mudas e campanha ambiental “RN + Limpo”. O evento reuniu cerca de 300 mil visitantes e foi aberto gratuitamente para comemorar a importância patrimonial da árvore, destacada pela gestora regional Iracy Wanderley.

O Cajueiro de Pirangi é mais que uma árvore, é um ícone vivo do Brasil e do nordeste, uma joia ecológica que dialoga com ciência, cultura e turismo. Mesmo cercado por disputas no Livro dos Recordes, segue firme como patrimônio do Rio Grande do Norte. Se você ainda não conhece, vale planejar uma visita para sentir o cheiro de caju, caminhar entre galhos enraizados e absorver uma aula de história natural.

O que você acha?

Já conhecia essa maravilha? Conte nos comentários qual foi sua parte favorita da visita! E se gostou, compartilhe com seus amigos exploradores e ajude a espalhar esse tesouro verde.

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Noel Budeguer

Sou jornalista argentino, baseado no Rio de Janeiro, especializado em temas militares, tecnologia, energia e geopolítica. Busco traduzir assuntos complexos em conteúdos acessíveis, com rigor jornalístico e foco no impacto social e econômico.

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