Com obras em andamento pela Infra S.A., o Tramo 2 da FIOL, uma nova ferrovia estratégica, prepara-se para integrar o corredor FICO/FIOL. Conheça o status e as perspectivas
O Tramo 2 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) é um projeto de infraestrutura crucial para a Bahia e para a logística nacional. Esta nova ferrovia ligará importantes polos de mineração e produção agrícola no estado. Atualmente em construção sob responsabilidade da estatal Infra S.A., o trecho se prepara para uma nova fase, com sua inclusão em um futuro leilão.
Contrariando informações anteriores, o Tramo 2 não está concedido à BAMIN. Este artigo foca exclusivamente neste segmento, detalhando seu progresso, desafios e o papel estratégico que desempenhará na malha ferroviária brasileira.
O que é a FIOL Tramo 2, a nova ferrovia estratégica do oeste baiano?
A FIOL Tramo 2 é um segmento da Ferrovia de Integração Oeste-Leste com 485 km de extensão. Seu traçado conecta o município de Caetité, no sul da Bahia, a Barreiras, no oeste do estado. O propósito principal desta nova ferrovia é conectar as regiões de mineração às áreas produtoras de grãos do Oeste da Bahia, permitindo o escoamento da produção através do FIOL Tramo 1 até o futuro Porto Sul, em Ilhéus.
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Avanços e desafios da nova ferrovia sob gestão pública

As obras do Tramo 2 da FIOL foram iniciadas em janeiro de 2011 e estão sob a gestão da estatal Infra S.A. (anteriormente Valec). Segundo informações recentes do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), o trecho apresenta aproximadamente 66% de suas obras executadas.
Um avanço significativo ocorreu em dezembro de 2024, quando um acordo judicial de R$ 105 milhões com comunidades quilombolas de Bom Jesus da Lapa permitiu a liberação de 17 km de frentes de obra que estavam bloqueadas. No entanto, o projeto ainda requer “estudos complementares solicitados pelo IBAMA” e tem uma “Revisão de projeto em análise pela SUPRO”, indicando que o licenciamento ambiental e estudos técnicos permanecem ativos.
O futuro em trilhos, a FIOL Tramo 2 no leilão do estratégico corredor FICO/FIOL
É fundamental esclarecer que, diferentemente do Tramo 1 (concedido à BAMIN), o Tramo 2 da FIOL não está atualmente concedido a nenhuma empresa privada. O planejamento do governo federal é incluir este segmento no futuro leilão do corredor FICO/FIOL, que também abrangerá o Tramo 3 da FIOL e trechos da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO).
Audiências públicas para este leilão foram realizadas entre fevereiro e março de 2025, e a previsão é que o leilão ocorra no segundo semestre de 2025. A estratégia governamental é concluir grande parte das obras do Tramo 2 com recursos públicos e, então, transferi-lo ao vencedor da nova concessão, tornando o pacote mais atrativo para investidores.
Investimento e cronograma da nova ferrovia Tramo 2
Informações iniciais sobre um investimento de R$ 6 bilhões especificamente para o Tramo 2 não são diretamente confirmadas pelo texto base. Esse valor foi associado anteriormente ao FIOL Tramo 3 ou a um plano combinado dos Tramos 1 e 2. O corredor FICO/FIOL como um todo tem um investimento estimado em R$ 14 bilhões.
Quanto ao cronograma, as obras do Tramo 2, conduzidas pela Infra S.A., têm uma previsão de conclusão para aproximadamente 2026. Após o leilão do corredor FICO/FIOL e o início da nova concessão (prevista para 2027), a operação integrada do corredor, incluindo o FIOL Tramo 2, é esperada para 2030. Portanto, uma operação em 2028, como sugerido em informações preliminares para o Tramo 2 isoladamente, parece otimista no contexto do projeto mais amplo.
A importância da FIOL Tramo 2 para a integração logística nacional e o Novo PAC
O Tramo 2 da FIOL desempenha um papel vital na visão de um corredor logístico Leste-Oeste. Ele servirá como elo entre o Tramo 1 (Caetité-Ilhéus), focado no minério de ferro e no acesso ao Porto Sul, e o futuro Tramo 3, que conectará a FIOL à Ferrovia Norte-Sul e à FICO.
Esta nova ferrovia é um projeto prioritário dentro do Novo PAC, o que sinaliza o apoio federal para sua continuidade e conclusão. A estratégia de adiantar sua construção com recursos públicos visa não apenas acelerar o projeto, mas também torná-lo um ativo mais atraente e com menor risco para a futura concessão privada do corredor FICO/FIOL, essencial para a infraestrutura de transporte do Brasil.



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