Com sensores, mapas preditivos e automação inédita, a John Deere lança a Série S7, colheitadeira que promete elevar eficiência, reduzir perdas e garantir mais qualidade ao produto final, transformando a experiência da colheita no campo.
A John Deere apresentou a Série S7 com foco em automação preditiva para grãos.
O sistema lê a lavoura até 8,5 metros à frente e, com apoio de imagens via satélite, antecipa o cenário de colheita para ajustar, sozinho, velocidade e parâmetros internos.
Segundo a fabricante, a combinação de sensores e algoritmos pode elevar a eficiência operacional em até 20%, reduzir perdas em até 10% e cortar o consumo por hectare em até 4,5%, mantendo a qualidade do produto colhido.
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Automação preditiva antecipa cenários de colheita
Diferentemente de ajustes reativos, a S7 trabalha com automação preditiva de velocidade.
As câmeras frontais embarcadas mapeiam o volume de massa que chegará à alimentação; em paralelo, o Operations Center processa dados de satélite e gera um mapa preditivo de rendimento.
Essas camadas de informação alimentam os algoritmos de controle para que a máquina adeque o ritmo e preserve o fluxo estável de material.
A arquitetura prevê variações com até 3,6 segundos de antecedência, o que ajuda a evitar gargalos, manter o rotor no regime ideal e impedir oscilações que impactem o separador e as peneiras.
Na prática, a alimentação constante reduz picos de carga e contribui para menos grãos quebrados, menor presença de impurezas e melhor uniformidade.
Ganhos operacionais medidos no campo
A proposta da Série S7 mira indicadores típicos de gestão da colheita: hectares por hora, perdas e litros por hectare.
Ao sincronizar a velocidade com a condição da lavoura, a máquina aproveita melhor as janelas climáticas curtas e áreas heterogêneas sem exigir intervenção contínua do operador.
Além disso, o ajuste automático dos sistemas internos atua na qualidade de limpeza, na eficiência do rotor e na abertura do côncavo conforme metas definidas previamente.
A redução de perdas depende de calibragem dirigida por metas.
Quando o sistema identifica tendência de ultrapassar o limite configurado, corrige parâmetros de forma autônoma e prioriza a integridade do grão.
Ainda assim, o operador mantém o comando estratégico do processo, definindo as prioridades de desempenho em cada talhão.
Ajustes automáticos sob controle do operador
O monitor G5 Plus concentra as decisões. Nele, o produtor estipula limites máximos para perdas, impurezas e grãos quebrados.
A partir dessas metas, a S7 executa ajustes no rotor, no côncavo e nas peneiras para manter o lote conforme o padrão estabelecido.
Se houver mudança de condições — como variação de umidade ou cultivar — os parâmetros podem ser alterados rapidamente, mantendo a lógica preditiva.
O sistema ISS (Configurações Inteligente Inicial) acelera a preparação da máquina.
Ele compara dados de outras colheitadeiras conectadas num raio de até 80 km e sugere automaticamente um ponto de partida adequado ao contexto local.
Essa referência inicial diminui o tempo de tentativa e erro e padroniza a operação em frotas maiores.
Cabine, potência e eficiência energética
A Série S7 combina automação com conforto e rendimento mecânico. A nova cabine adota ergonomia revista e multimídia compatível com Android Auto e Apple CarPlay, além de redução de ruído em 20%.
O objetivo é sustentar o nível de atenção em turnos longos e melhorar a comunicação entre equipes.
No trem de força, a família traz motores 13,6 L com rotação nominal de 2.000 rpm, priorizando eficiência e estabilidade.
Em cenários de variação de carga, a automação contribui para manter o conjunto na faixa de maior rendimento, favorecendo a relação entre produtividade e consumo.
Para reduzir desgaste de componentes, o sistema de desligamento automático dos sem-fins atua quando não há necessidade de transferência, preservando a vida útil dos mecanismos.
Eletrônica, dados e conectividade em tempo real
A nova arquitetura eletrônica de 32 bits com cabo Ethernet agiliza a troca de dados entre módulos e facilita diagnósticos.
Em operações distribuídas, a telemetria torna-se central: a conectividade JDLink Boost vem integrada de fábrica, com internet satelital para visibilidade da operação em tempo real.
Gestores conseguem acompanhar indicadores em painéis, ajustar metas no monitor e alinhar decisões entre colheita e logística de transporte.
A S7 foi pensada para operar como nó de uma cadeia conectada. Informações de desempenho alimentam históricos, apoiam auditorias de safra e subsidiam comparações entre áreas e safras.
Isso ajuda na tomada de decisão para regulagens futuras e no planejamento da próxima temporada.
Plataforma, espalhamento e fluxo de material
A Série S7 recebe a plataforma HDF de 50 pés com tecnologia de flutuação e controle de altura, projetada para manter contato com o terreno.
Na sequência, o Premium Powercast distribui a palha de forma uniforme, reduzindo contrapressão e melhorando o espalhamento na largura total de trabalho.
Esse conjunto mantém o fluxo de material sem picos e auxilia no preparo do solo para operações de pós-colheita.
Quanto mais estável o fluxo, mais fiel é a resposta do algoritmo e mais consistentes se tornam os ganhos de desempenho.
Operação integrada do plantio à colheita
O fabricante posiciona a S7 como parceira da lavoura do plantio à colheita, reforçando a estratégia de unir hardware, software e conectividade.
O Operations Center centraliza imagens e históricos, o JDLink garante o tráfego de dados e a automação fecha o ciclo no campo.
Em frotas com diferentes níveis de experiência, a padronização proporcionada pelo ISS e pelos alvos definidos no G5 Plus reduz a dependência de regulagens empíricas e acelera a curva de aprendizado.
A proposta operacional da S7 é entregar resultados consistentes em horas críticas de janela, apoiar decisões de logística e simplificar o dia de trabalho do operador, mantendo o controle nas mãos do gestor.
Para a sua realidade, qual ajuste automático teria maior impacto imediato: o controle preditivo de velocidade ou o gerenciamento autônomo de perdas e qualidade?