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A colheitadeira que ‘prevê’ o futuro: nova John Deere S7 ajusta tudo sozinha com sensores de 8,5m, mapa preditivo via satélite, motor 13,6L e até 20% mais produtividade com menos perdas

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 18/08/2025 às 14:27
John Deere lança a colheitadeira S7 com sensores de 8,5m, automação preditiva e até 20% mais produtividade com menor perda.
John Deere lança a colheitadeira S7 com sensores de 8,5m, automação preditiva e até 20% mais produtividade com menor perda.
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Com sensores, mapas preditivos e automação inédita, a John Deere lança a Série S7, colheitadeira que promete elevar eficiência, reduzir perdas e garantir mais qualidade ao produto final, transformando a experiência da colheita no campo.

A John Deere apresentou a Série S7 com foco em automação preditiva para grãos.

O sistema lê a lavoura até 8,5 metros à frente e, com apoio de imagens via satélite, antecipa o cenário de colheita para ajustar, sozinho, velocidade e parâmetros internos.

Segundo a fabricante, a combinação de sensores e algoritmos pode elevar a eficiência operacional em até 20%, reduzir perdas em até 10% e cortar o consumo por hectare em até 4,5%, mantendo a qualidade do produto colhido.

Automação preditiva antecipa cenários de colheita

Diferentemente de ajustes reativos, a S7 trabalha com automação preditiva de velocidade.

As câmeras frontais embarcadas mapeiam o volume de massa que chegará à alimentação; em paralelo, o Operations Center processa dados de satélite e gera um mapa preditivo de rendimento.

Essas camadas de informação alimentam os algoritmos de controle para que a máquina adeque o ritmo e preserve o fluxo estável de material.

A arquitetura prevê variações com até 3,6 segundos de antecedência, o que ajuda a evitar gargalos, manter o rotor no regime ideal e impedir oscilações que impactem o separador e as peneiras.

Na prática, a alimentação constante reduz picos de carga e contribui para menos grãos quebrados, menor presença de impurezas e melhor uniformidade.

John Deere lança a colheitadeira S7 com sensores de 8,5m, automação preditiva e até 20% mais produtividade com menor perda. (Foto: deere)
John Deere lança a colheitadeira S7 com sensores de 8,5m, automação preditiva e até 20% mais produtividade com menor perda. (Foto: deere)

Ganhos operacionais medidos no campo

A proposta da Série S7 mira indicadores típicos de gestão da colheita: hectares por hora, perdas e litros por hectare.

Ao sincronizar a velocidade com a condição da lavoura, a máquina aproveita melhor as janelas climáticas curtas e áreas heterogêneas sem exigir intervenção contínua do operador.

Além disso, o ajuste automático dos sistemas internos atua na qualidade de limpeza, na eficiência do rotor e na abertura do côncavo conforme metas definidas previamente.

A redução de perdas depende de calibragem dirigida por metas.

Quando o sistema identifica tendência de ultrapassar o limite configurado, corrige parâmetros de forma autônoma e prioriza a integridade do grão.

Ainda assim, o operador mantém o comando estratégico do processo, definindo as prioridades de desempenho em cada talhão.

Ajustes automáticos sob controle do operador

O monitor G5 Plus concentra as decisões. Nele, o produtor estipula limites máximos para perdas, impurezas e grãos quebrados.

A partir dessas metas, a S7 executa ajustes no rotor, no côncavo e nas peneiras para manter o lote conforme o padrão estabelecido.

Se houver mudança de condições — como variação de umidade ou cultivar — os parâmetros podem ser alterados rapidamente, mantendo a lógica preditiva.

O sistema ISS (Configurações Inteligente Inicial) acelera a preparação da máquina.

Ele compara dados de outras colheitadeiras conectadas num raio de até 80 km e sugere automaticamente um ponto de partida adequado ao contexto local.

Essa referência inicial diminui o tempo de tentativa e erro e padroniza a operação em frotas maiores.

Cabine, potência e eficiência energética

A Série S7 combina automação com conforto e rendimento mecânico. A nova cabine adota ergonomia revista e multimídia compatível com Android Auto e Apple CarPlay, além de redução de ruído em 20%.

O objetivo é sustentar o nível de atenção em turnos longos e melhorar a comunicação entre equipes.

No trem de força, a família traz motores 13,6 L com rotação nominal de 2.000 rpm, priorizando eficiência e estabilidade.

Em cenários de variação de carga, a automação contribui para manter o conjunto na faixa de maior rendimento, favorecendo a relação entre produtividade e consumo.

Para reduzir desgaste de componentes, o sistema de desligamento automático dos sem-fins atua quando não há necessidade de transferência, preservando a vida útil dos mecanismos.

Eletrônica, dados e conectividade em tempo real

A nova arquitetura eletrônica de 32 bits com cabo Ethernet agiliza a troca de dados entre módulos e facilita diagnósticos.

Em operações distribuídas, a telemetria torna-se central: a conectividade JDLink Boost vem integrada de fábrica, com internet satelital para visibilidade da operação em tempo real.

Gestores conseguem acompanhar indicadores em painéis, ajustar metas no monitor e alinhar decisões entre colheita e logística de transporte.

A S7 foi pensada para operar como nó de uma cadeia conectada. Informações de desempenho alimentam históricos, apoiam auditorias de safra e subsidiam comparações entre áreas e safras.

Isso ajuda na tomada de decisão para regulagens futuras e no planejamento da próxima temporada.

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John Deere lança a colheitadeira S7 com sensores de 8,5m, automação preditiva e até 20% mais produtividade com menor perda.

Plataforma, espalhamento e fluxo de material

A Série S7 recebe a plataforma HDF de 50 pés com tecnologia de flutuação e controle de altura, projetada para manter contato com o terreno.

Na sequência, o Premium Powercast distribui a palha de forma uniforme, reduzindo contrapressão e melhorando o espalhamento na largura total de trabalho.

Esse conjunto mantém o fluxo de material sem picos e auxilia no preparo do solo para operações de pós-colheita.

Quanto mais estável o fluxo, mais fiel é a resposta do algoritmo e mais consistentes se tornam os ganhos de desempenho.

Operação integrada do plantio à colheita

O fabricante posiciona a S7 como parceira da lavoura do plantio à colheita, reforçando a estratégia de unir hardware, software e conectividade.

O Operations Center centraliza imagens e históricos, o JDLink garante o tráfego de dados e a automação fecha o ciclo no campo.

Em frotas com diferentes níveis de experiência, a padronização proporcionada pelo ISS e pelos alvos definidos no G5 Plus reduz a dependência de regulagens empíricas e acelera a curva de aprendizado.

A proposta operacional da S7 é entregar resultados consistentes em horas críticas de janela, apoiar decisões de logística e simplificar o dia de trabalho do operador, mantendo o controle nas mãos do gestor.

Para a sua realidade, qual ajuste automático teria maior impacto imediato: o controle preditivo de velocidade ou o gerenciamento autônomo de perdas e qualidade?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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