Mesmo com alterações em design, itens de conforto e preços, a Citroën segue atrás dos concorrentes: nenhum modelo da marca superou 2.000 vendas em um mês neste ano.
A Citroën anunciou em setembro de 2025 uma série de mudanças em seus principais modelos no Brasil após meses de críticas de jornalistas especializados e consumidores.
A reação veio apenas depois de resultados fracos de vendas e da repercussão negativa de detalhes básicos, como chave simplificada, ausência de botão de vidro elétrico nas portas traseiras e acabamentos considerados abaixo da média do mercado nacional.
O que mudou no Citroën C3
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Entre as novidades estão painel digital em algumas configurações e acabamento em couro em partes do painel e portas, melhorias vistas como avanços em relação à linha anterior.
Ainda assim, algumas limitações permanecem.
Os passageiros traseiros continuam sem comandos de vidros nas portas, recurso que segue concentrado no console central.
Essa solução é considerada pouco prática frente aos rivais diretos, que oferecem controles individualizados desde as versões de entrada.
Basalt: a grande aposta que não decolou
O Citroën Basalt foi lançado como o SUV compacto que deveria reposicionar a marca no Brasil.
Ele conta agora com quatro versões, entre elas a topo de linha Black, com preços que variam de R$ 93.990 a R$ 108.990.
Uma das mudanças mais celebradas foi a realocação dos botões dos vidros para as portas, atendendo a uma das principais críticas. Mesmo assim, o desempenho comercial não correspondeu às expectativas. No melhor mês, abril, o Basalt vendeu 1.958 unidades, mas em agosto caiu para apenas 991 emplacamentos.
Apesar do baixo volume, o modelo ganhou espaço junto a locadoras e motoristas de aplicativo, chegando a ser aceito até na categoria Uber Black, um feito incomum para veículos recém-lançados.
Aircross tenta, mas não convence
Outro produto revisto foi o Citroën Aircross, SUV de cinco ou sete lugares.
A versão de cinco assentos passou a custar R$ 94.860, enquanto as opções de sete lugares variam de R$ 117.990 a R$ 126.990.
O modelo recebeu ajustes de acabamento e novas entradas USB-C, mas mesmo assim não deslanchou.
Entre janeiro e agosto de 2025, acumulou apenas 3.876 unidades vendidas, resultado considerado modesto em um segmento bastante competitivo.
Cenário geral da Citroën no Brasil
No acumulado até agosto de 2025, os números da marca mostram o tamanho do desafio:
Basalt: 12.621 unidades;
C3: 8.254 unidades;
Aircross: 3.876 unidades.
Mesmo somando os principais modelos, a Citroën ocupa posições discretas no ranking nacional.
Para efeito de comparação, veículos da mesma faixa de preço como Chevrolet Montana, Chery Tiggo 7 Pro e até a Spin superaram com folga o desempenho do Basalt, que ocupa apenas a 38ª posição entre os mais vendidos.
Críticas transformadas em mudanças, mas não em vendas
Os ajustes feitos pela Citroën mostram que a pressão de consumidores e jornalistas especializados surtiu efeito.
Porém, os resultados deixam claro que design, acabamento e status ainda pesam mais do que preço isolado no mercado brasileiro.
Sem uma estratégia mais robusta e com mudanças limitadas a detalhes, a marca francesa segue restrita a um nicho, distante dos líderes do setor.
E você, acredita que as mudanças da Citroën são suficientes para reconquistar consumidores ou a marca continuará apagada no Brasil? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive isso no dia a dia do mercado automotivo.