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A Cidade mais alta do planeta, onde condições são tão precárias que as pessoas mal chegam aos 35 anos — sem hospitais, esgoto e ao lado de doenças

Publicado em 08/09/2025 às 08:15
La Rinconada, Cidade mais alta do planeta
Imagem: Divulgação
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Em La Rinconada, cidade mais alta do mundo, a promessa de ouro convive com doenças, contaminação, violência e expectativa de vida reduzida

Localizada a 5.100 metros de altitude nos Andes peruanos, La Rinconada é conhecida como a cidade habitada mais alta do planeta. Com população entre 30 mil e 50 mil pessoas, surgiu na corrida do ouro e hoje simboliza, em meio à precariedade, os extremos de viver em condições inóspitas.

Apelidada de “paraíso do diabo”, ela retrata a falta quase total de infraestrutura. Não há água encanada, esgoto, coleta de lixo, hospitais ou estradas asfaltadas.

A economia gira em torno da mineração informal, no sistema chamado cachorreo. Nele, os trabalhadores não recebem salário, mas podem ficar com parte do ouro encontrado.

Essa prática, no entanto, cobra um preço alto. O processo de separação do metal exige uso intenso de mercúrio, contaminando solo, ar e água. Portanto, os impactos ambientais e humanos se acumulam.

O fardo da altitude extrema

Viver a mais de cinco mil metros do nível do mar significa lidar com ar rarefeito, contendo cerca de 50% menos oxigênio.

Esse déficit provoca o chamado mal de montanha crônico. Os sintomas incluem fadiga, dores de cabeça, insônia e perda de apetite.

Além disso, estima-se que até 20% dos habitantes sofram com a condição. O corpo reage aumentando os níveis de hemoglobina, muitas vezes acima de 20 g/dL, e expandindo a massa sanguínea.

Essa adaptação ajuda na sobrevivência, mas impõe desgaste severo ao coração e aos pulmões. O resultado é maior risco de doenças graves.

Contaminação e violência

O cenário se agrava com a mineração artesanal. Acidentes de trabalho são frequentes, assim como casos de exploração e violência.

Facções disputam áreas de extração, e a exposição constante ao mercúrio atinge não só os mineradores, mas também crianças, idosos e fontes glaciais de água.

A expectativa de vida despenca. Entre mineradores, varia de 30 a 35 anos, pouco mais da metade da média nacional do Peru.

Um retrato de contradições na cidade mais alta do planeta

Apesar do abandono estrutural e dos riscos permanentes, milhares continuam migrando para La Rinconada.

A promessa de riqueza move pessoas de diferentes regiões. Crianças aparecem trabalhando nas minas, o contrabando floresce e a sobrevivência depende de estratégias fora de qualquer regulamentação formal.

Em La Rinconada, onde o ar é rarefeito, a esperança insiste em sobreviver. Porém, cada sopro de vida vem acompanhado de perigo e contradição.

Com informações de Diário do Litoral.

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Romário Pereira de Carvalho

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