No auge do Império, a cidade de Roma Antiga alcançou uma população de até 1,2 milhão de pessoas em apenas 24 km², superando em densidade até grandes metrópoles modernas e revelando um nível de urbanização sem precedentes para o mundo antigo
Durante o auge do Império Romano, a cidade de Roma Antiga foi o maior centro urbano do planeta e a primeira metrópole da história a ultrapassar a marca de 1 milhão de habitantes. Esse feito, alcançado há mais de dois mil anos, é tão impressionante que, se a capital imperial existisse com a mesma população hoje, estaria entre as 10 maiores cidades da Europa, superando metrópoles como Viena, Hamburgo e Varsóvia.
Mais do que um símbolo de poder político, Roma foi uma demonstração de engenharia, administração e planejamento urbano sem paralelo. A cidade concentrou, em apenas 24 quilômetros quadrados, uma densidade populacional de mais de 40 mil pessoas por km², superando até regiões contemporâneas como Manhattan ou Paris intramuros.
A metrópole do mundo antigo
No auge de seu poder, entre o final da República e o início do Império (séculos I a.C. e I d.C.), Roma chegou a reunir entre 800 mil e 1,2 milhão de habitantes, segundo estimativas de historiadores.
-
Adeus às tomadas comuns: Solução inovadora que esconde cabos e leva USB-C à parede ganha espaço por evitar obras complicadas
-
Mansão de Cristiano Ronaldo em Portugal, avaliada em € 20 milhões, terá 900 m², quarto de 300 m² e piscina subterrânea de vidro — um palácio em construção à altura do craque mais rico do mundo
-
A mansão de 1.700 m² de Paolla Oliveira e Diogo Nogueira na Barra da Tijuca une luxo, natureza integrada e arquitetura envidraçada; conheça
-
Como é viver neste ‘paraíso nacional’ de só 2 bairros, tão pequeno que todos se conhecem pelo nome e não há homicídios há 60 anos? Conheça Serra da Saudade
Esse número é ainda mais impressionante se comparado com outras cidades da Antiguidade, como Alexandria, Antioquia e Cartago, que raramente ultrapassavam 300 mil moradores.
Para os padrões da época, sustentar um milhão de pessoas em um mesmo espaço urbano era um feito monumental.
O império precisou desenvolver sistemas complexos de abastecimento, transporte e saneamento para garantir o funcionamento da cidade, que se tornara o coração administrativo, militar e cultural do mundo romano.
Infraestrutura que desafiava a lógica da época
A infraestrutura urbana da Roma Antiga era tão avançada que inspirou modelos de engenharia ainda usados como referência.
O sistema de aquadutos, que transportava milhões de litros de água diariamente, abastecia banhos públicos, fontes e residências, garantindo a higiene e o bem-estar da população.
Outro marco era a Cloaca Maxima, um sistema de esgoto subterrâneo que drenava águas residuais para o rio Tibre. Essa rede complexa permitiu que a cidade funcionasse com relativa salubridade, mesmo com uma densidade populacional altíssima.
Além disso, as insulae, edifícios de apartamentos com até seis andares, acomodavam a população urbana, enquanto as elites viviam em casas espaçosas conhecidas como domus.
Uma densidade comparável às megacidades atuais
A densidade populacional da Roma Antiga atingia cerca de 41.500 pessoas por km², índice superior ao de muitas metrópoles modernas.
Para comparação, Manhattan tem cerca de 28 mil habitantes por km², e Paris, 21 mil.
Isso mostra que Roma viveu, há dois milênios, uma experiência urbana que só seria igualada séculos depois com a Revolução Industrial.
A vida urbana era intensa: ruas movimentadas, mercados lotados, teatros, templos e banhos públicos formavam o cotidiano da cidade.
A economia local girava em torno do comércio, da política e do entretenimento, e o Coliseu, símbolo máximo da Roma imperial, podia receber até 50 mil pessoas em eventos públicos.
O declínio da metrópole e o renascimento histórico
Com o colapso do Império Romano do Ocidente no século V, a população de Roma entrou em colapso.
As invasões bárbaras, a instabilidade política e o declínio econômico reduziram a cidade a menos de 50 mil habitantes, e por volta do ano 1000, restavam menos de 20 mil moradores.
A antiga metrópole transformou-se em uma cidade quase rural, repleta de ruínas e vestígios de sua grandiosidade.
Ainda assim, o legado da cidade de Roma Antiga permaneceu vivo: suas técnicas de engenharia, seu urbanismo e suas leis influenciaram profundamente o desenvolvimento das cidades europeias medievais e modernas.
Muitos dos princípios de planejamento urbano e infraestrutura contemporâneos têm raízes diretas nas práticas desenvolvidas pelos romanos.
O que Roma representaria hoje
Se a cidade de Roma Antiga existisse hoje com o mesmo número de habitantes que teve em seu auge, figuraria entre as dez maiores cidades da Europa, à frente de capitais como Berlim, Budapeste e Lisboa.
O número de um milhão de habitantes, embora modesto diante das megacidades contemporâneas, continua sendo um marco de organização social, tecnológica e política para qualquer civilização.
Mais do que números, Roma representa a capacidade humana de construir uma metrópole funcional e vibrante em um mundo sem eletricidade, máquinas ou concreto moderno.
Sua estrutura urbana complexa, sua administração eficiente e seu legado arquitetônico fazem dela um exemplo atemporal de poder, planejamento e resistência histórica.