De cidades inteligentes que superam o Vale do Silício a fábricas que produzem um carro por minuto, a China redefine o futuro tecnológico, segundo o canal Joe HaTTab.
A China não é mais apenas a “fábrica do mundo” focada em produtos de baixo custo; ela se transformou em uma potência de inovação e ideias que moldam o futuro. De Shenzhen, o “Vale do Silício do Oriente”, a centros de robótica avançada em Hangzhou e Shandong, o país asiático demonstra avanços que desafiam diretamente a hegemonia tecnológica dos Estados Unidos.
Uma investigação aprofundada do canal Joe HaTTab revela como a China está silenciosamente “reorganizando o baralho” global. O foco passa por supercarros elétricos que nadam, robôs humanoides hiper-realistas e cidades onde drones entregam café e pagamentos são feitos com a palma da mão, levantando a questão: a América está preparada para essa nova realidade?
BYD: o pesadelo da Tesla que nasceu em um apartamento
A maior ameaça à Tesla não veio da Europa ou dos EUA, mas da China. A BYD (Build Your Dreams) é, hoje, a maior empresa de carros elétricos do mundo, tendo superado as vendas da gigante de Elon Musk. O canal Joe HaTTab visitou suas instalações em Shenzhen e destacou o supercarro de $250.000, que não só demonstra velocidade extrema, mas possui recursos de entretenimento como “dançar” e girar 360 graus no mesmo lugar.
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O que realmente impressiona é a engenharia de emergência. A fonte revela que um dos modelos da BYD pode literalmente nadar. Em testes, o veículo flutua e se move na água, sendo capaz de atravessar inundações por até 30 minutos sem que a água invada a cabine, uma funcionalidade impensável para a maioria dos veículos atuais, embora a empresa alerte que não funciona em água salgada.
O segredo do sucesso da BYD, segundo apurado por Joe HaTTab, é sua origem e integração vertical. A empresa começou em 1995 como uma fabricante de baterias em um pequeno apartamento. Hoje, ela produz tudo internamente, incluindo seus próprios trens (como o SkyShuttle usado em São Paulo, Brasil) e a revolucionária “Blade Battery”. Esta bateria de fosfato de ferro-lítio é o coração de sua vantagem competitiva e permite um carregamento ultrarrápido: 400 quilômetros de autonomia em apenas cinco minutos.
Os números da BYD são astronômicos. A empresa possui mais de 1 milhão de funcionários e 100.000 engenheiros, com um “muro de patentes” exibido em seu museu. A fábrica visitada produz um carro elétrico por minuto, totalizando 1.400 veículos por dia, exportados para mercados-chave como Brasil e Tailândia. É uma escalada que poucos previam quando a mídia e até Elon Musk zombaram de suas primeiras tentativas de entrar no setor automotivo.
Shenzhen: a cidade do futuro onde se paga com a palma da mão
A revolução da China é mais visível em Shenzhen. A cidade, que décadas atrás era uma vila de pescadores, é hoje o epicentro da inteligência artificial do país. O canal Joe HaTTab destaca uma diferença cultural e de segurança gritante em comparação com cidades como São Francisco: ruas limpas, ausência de moradores de rua e criminalidade, e uma infraestrutura tecnológica onipresente.
Na prática, isso se traduz em conveniência. É possível pedir um café pelo aplicativo WeChat e recebê-lo minutos depois por um drone. Carros autônomos, sem motorista (apenas um boneco de teste), circulam pelas ruas como táxis. Além disso, sistemas de pagamento biométrico via WeChat Pay permitem que os cidadãos paguem por produtos usando apenas a palma da mão em lojas de conveniência, eliminando a necessidade de cartões ou celulares.
O exército de robôs humanoides da China
Em Hangzhou, a Unitree Robotics compete diretamente com a americana Boston Dynamics. O vídeo de Joe HaTTab apresenta o G1, um robô humanoide avançado vendido por $16.000. Com 1,27m de altura e pesando 35kg, o robô demonstra flexibilidade impressionante, capaz de executar movimentos de Kung Fu, dançar e até ficar de ponta-cabeça. Embora sua bateria dure apenas duas horas, ele já é adquirido por empresas de tecnologia e influenciadores.
A fronteira mais assustadora da robótica na China, no entanto, está em Shandong, na fábrica da EX-Robot. O local, raramente aberto a estrangeiros, está construindo o que o canal Joe HaTTab descreve como um “exército” de robôs hiper-realistas. A empresa afirma ter alcançado 98% de semelhança humana, com pele de silicone detalhada e movimentos faciais complexos.
O fundador da EX-Robot explicou que o futuro verá robôs construindo outros robôs, em um ciclo que “nunca para”. A aplicação desses humanoides, segundo a empresa, será em setores como educação, turismo e, principalmente, saúde, onde poderão auxiliar idosos e até participar de operações médicas. A visão é que eles se tornem parte integrante da sociedade.
A China avança silenciosamente enquanto outras potências globais se concentram em conflitos, como aponta Joe HaTTab. A velocidade da sua transformação tecnológica, da produção em massa de EVs à robótica humanoide, levanta questões sérias sobre a futura liderança global.
Você concorda com essa mudança? Acha que isso impacta o mercado? Deixe sua opinião nos comentários, queremos ouvir quem vive isso na prática.