1. Início
  2. / Energia Renovável
  3. / A China não para: já instalou 10.000 km de tubulações submarinas — e quer muito mais — em busca de um grande objetivo que deixará o gigante asiático ainda mais forte
Tempo de leitura 4 min de leitura Comentários 0 comentários

A China não para: já instalou 10.000 km de tubulações submarinas — e quer muito mais — em busca de um grande objetivo que deixará o gigante asiático ainda mais forte

Publicado em 09/10/2025 às 09:10
Cabos submarinos, Tubulações submarinas, China, Independência energética
Imagem: Wikimedia Commons
  • Reação
Uma pessoa reagiu a isso.
Reagir ao artigo

Com mais de 10.000 quilômetros de tubulações instaladas sob o mar, a China acelera a construção de sua rede energética submarina e mira a autossuficiência, reduzindo dependência externa e ampliando o domínio em energia offshore

A expansão das redes submarinas da China atingiu um marco impressionante: mais de 10.000 quilômetros de tubulações foram instalados sob o mar, impulsionando o avanço do país rumo à autossuficiência energética.

A infraestrutura, essencial para conectar plataformas de energia offshore, é peça-chave nos planos de Pequim para garantir abastecimento próprio e reduzir a dependência de importações.

O avanço da energia offshore

A China, conhecida por sua imensa malha terrestre e projetos de energia solar e hidrelétrica, agora mira com força o ambiente marítimo.

A estratégia é clara: explorar o potencial do mar para gerar energia eólica, solar flutuante, gás natural e petróleo.

Essa nova fronteira energética vem acompanhada de megaprojetos, como o parque eólico de Chaozhou e amplas usinas solares instaladas sobre a água.

Além disso, o país realiza perfurações em busca de petróleo em profundidades cada vez maiores.

Essas iniciativas buscam dois objetivos estratégicos. O primeiro é ampliar a autonomia energética nacional. O segundo é impulsionar a descarbonização, com fontes renováveis que ajudem a reduzir a emissão de gases de efeito estufa.

Portanto, as tubulações submarinas tornam-se vitais para conectar a infraestrutura marítima com as plantas de processamento em terra.

Uma rede tubulações submarinas que se estende pelo mar

A nova malha chinesa se destaca tanto pela extensão quanto pela profundidade. Entre 2021 e 2025, mais de 1.500 quilômetros de tubulações foram adicionados ao sistema nacional.

Algumas se estendem por regiões ultraprofundas, chegando a 1.500 metros abaixo da superfície do oceano.

Essas tubulações variam bastante de tamanho. Há modelos com menos de três centímetros de diâmetro e outros com até 120 centímetros — o equivalente à largura de uma TV de 50 polegadas.

Essa variedade permite que o país transporte diferentes tipos de combustível e se adapte às condições marítimas mais extremas.

O projeto da Baía de Hohai e o campo Deep Sea No.1

Entre os empreendimentos de destaque está o da Baía de Hohai. Essa área abriga a rede mais densa de tubulações do país, com mais de 3.200 quilômetros destinados ao transporte de petróleo bruto e gás natural.

Outro marco é o projeto Deep Sea No.1, o primeiro campo de gás ultraprofundos desenvolvido totalmente pela China.

Localizado a 1.500 metros de profundidade, ele simboliza a capacidade técnica nacional de operar em ambientes antes dominados por empresas estrangeiras.

Para dar conta de tamanha demanda, o país criou o navio Hai Yang Shi You 201 — um guindaste marítimo especializado na instalação de tubulações em profundidades de até 3.000 metros.

Com ele, a China passou a realizar, sozinha, operações que antes dependiam de tecnologia internacional.

Engenharia de resistência extrema

As tubulações instaladas precisam suportar condições severas. Elas são projetadas para resistir à pressão e às altas temperaturas das profundezas oceânicas.

Além disso, recebem tratamento anticorrosivo e são capazes de transportar fluidos que chegam a 120 °C.

Cada segmento da rede tem cerca de quatro centímetros de espessura, o que garante a durabilidade necessária para operar em regiões hostis e com grandes variações de temperatura.

Essa robustez técnica é fundamental porque a meta chinesa envolve ampliar ainda mais a rede.

Tubulações submarinas: rumo a 13 mil quilômetros até 2030

O país não pretende desacelerar. Até 2030, a meta é ultrapassar os 13.000 quilômetros de tubulações submarinas.

A ampliação reforçará o transporte energético e garantirá o abastecimento constante das usinas offshore, que se multiplicam ao longo da costa.

Além disso, a China já estuda o uso dessas tubulações para transportar combustíveis considerados “verdes”, como o hidrogênio e o gás de xisto.

Este último ganhou relevância após recentes descobertas de grandes reservas que podem fortalecer a transição energética do país.

No fim das contas, as tubulações submarinas chinesas representam muito mais do que engenharia.

Elas são um símbolo do avanço tecnológico, da ambição energética e da busca por independência total no setor mais estratégico da economia mundial.

Com informações de Xataka.

Banner quadrado em fundo preto com gradiente, destacando a frase “Acesse o CPG Click Petróleo e Gás com menos anúncios” em letras brancas e vermelhas. Abaixo, texto informativo: “App leve, notícias personalizadas, comentários, currículos e muito mais”. No rodapé, ícones da Google Play e App Store indicam a disponibilidade do aplicativo.
Inscreva-se
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Romário Pereira de Carvalho

Já publiquei milhares de matérias em portais reconhecidos, sempre com foco em conteúdo informativo, direto e com valor para o leitor. Fique à vontade para enviar sugestões ou perguntas

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x