Desvendando o mundo dos carros elétricos e híbridos no Brasil: O que você precisa saber antes de fazer a escolha
À medida que a popularidade dos carros elétricos cresce, também aumentam as expectativas e as dúvidas sobre suas reais vantagens e desafios. Embora muitos considerem os veículos elétricos uma alternativa promissora e ecológica, a verdade sobre sua utilização pode ser bem diferente do que se imagina. Saiba mais sobre como é ter a posse, como é operar veículos elétricos e saiba como é “adotar” um carro elétrico no cenário atual, de acordo com o vídeo do canal Atila Lamarino.
Expectativas versus Realidade
Quando os carros elétricos chineses começaram a ser anunciados em 2023, oferecendo modelos bem equipados por até R$ 150.000, muitos acreditaram que era o momento ideal para adquirir um carro elétrico. No entanto, após realizar pesquisas e comparações, surgiram alguns sinais de que a experiência de dirigir um carro elétrico no Brasil poderia ser mais complicada do que se imagina, mesmo nas cidades com melhor infraestrutura, como São Paulo.
Por exemplo, ao procurar por carros elétricos usados, foram encontrados veículos com menos de 10.000 km rodados sendo vendidos por até R$ 100.000 a menos do que o preço de um novo. Isso sugere que a experiência com esses veículos foi tão insatisfatória para alguns proprietários que optaram por vendê-los rapidamente, mesmo assumindo um grande prejuízo financeiro.
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Tipos de carros eletrificados
Ao contrário do que muitos sites de vendas e revistas automotivas sugerem, carros elétricos e híbridos não são a mesma coisa e, muitas vezes, não é apropriado compará-los diretamente. Carros híbridos, por exemplo, podem utilizar um motor elétrico para auxiliar o motor a combustão, mas as baterias têm capacidades variadas. Existem os híbridos leves (MHEV), que possuem baterias pequenas que não permitem a condução exclusivamente em modo elétrico, oferecendo apenas um impulso adicional ao motor a combustão. Esses veículos podem não oferecer economia significativa de combustível.
Já os híbridos convencionais (HEV) têm baterias que permitem a condução de alguns quilômetros no modo elétrico, embora o motor a combustão entre em ação durante acelerações mais intensas ou em longas distâncias. Isso pode resultar em alguma economia de combustível, mas também tem um impacto ambiental devido ao peso adicional das baterias.
Os híbridos plug-in (PHEV), por outro lado, possuem baterias que permitem a condução por 20 a 100 km no modo elétrico antes que o motor a combustão seja acionado. Eles oferecem o melhor dos dois mundos e são ideais para quem dirige principalmente na cidade e deseja economizar combustível. No entanto, essa tecnologia tem um custo elevado, tanto na aquisição quanto na manutenção.
Desafios com carros 100% elétricos
Para carros puramente elétricos, a autonomia e o tempo de recarga são aspectos cruciais, mas frequentemente mal compreendidos. Embora alguns veículos ofereçam até 300 km de autonomia, essa faixa ideal geralmente está entre 20% e 80% da capacidade da bateria para prolongar sua vida útil, reduzindo a autonomia real para cerca de 180 km.
Outro desafio significativo é a infraestrutura de carregamento. Embora carregar o carro em casa possa ser uma solução prática para aqueles que possuem um ponto de carregamento, muitos edifícios antigos não têm essa infraestrutura. Isso obriga os proprietários a depender de pontos de carregamento públicos, que muitas vezes são de baixa potência e podem levar horas para recarregar o veículo.
Em São Paulo, por exemplo, a maioria dos carregadores disponíveis em mercados e shoppings tem uma potência de 7 kW, o que pode levar até 10 horas para uma carga completa, dependendo da capacidade da bateria. Mesmo encontrando um carregador disponível, a espera por um ponto de recarga rápido pode ser longa, com filas comuns durante horários de pico.