Ouro faz máxima histórica em setembro: Morgan Stanley cita alta média de 6% após cortes, prata encosta em topo de 15 anos e ETFs compram.
O ouro voltou ao centro das atenções em setembro ao alcançar nova máxima histórica, sustentado por uma combinação de fatores que vão além da euforia de mercado. De acordo com análise citada pela economista Nanda Guardian, a valorização recente está ligada à sazonalidade de compras na Índia, à expectativa de cortes de juros, à demanda física crescente e ao forte fluxo para ETFs (fundos de índice que replicam metais preciosos).
Esse avanço não ocorreu isoladamente. A prata encostou no maior patamar em 15 anos, puxada pela procura industrial e pela aceleração da energia solar, enquanto platina e paládio, ligados à indústria automotiva, também registraram recuperação.
Para analistas, o cenário indica que a alta dos metais não é apenas especulação, mas reflexo de fundamentos sólidos.
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Por que setembro costuma ser positivo para o ouro
A análise mostra que o comportamento do ouro segue uma tendência histórica: setembro e janeiro são meses tradicionalmente fortes.
Um dos fatores é a temporada de casamentos na Índia, quando a demanda por joias dispara e pressiona os preços globais do metal. Esse efeito sazonal ajuda a explicar o rompimento da barreira de preços em 2025.
Além disso, o relatório do Morgan Stanley citado no conteúdo destaca que, em episódios anteriores, o ouro subiu em média 6% nos 60 dias seguintes a cortes de juros, chegando a 14% em alguns casos.
A expectativa de flexibilização monetária nos EUA reforça a percepção de que o movimento atual pode se prolongar.
ETFs e demanda física ampliam a pressão compradora
Outro ponto relevante é o comportamento dos ETFs de metais preciosos, como o GLD (ouro) e o SLV (prata).
Esses fundos registraram aumento de posições, sinalizando que investidores institucionais também estão reforçando sua exposição.
Do lado da demanda física, houve crescimento de 11% no consumo global, segundo o material analisado.
Compras de bancos centrais e de investidores individuais em busca de proteção contra incertezas econômicas também colaboraram para o avanço das cotações.
A força da prata e o papel industrial
Embora a prata seja vista como ativo de preservação de valor, seu diferencial está no uso industrial.
Painéis solares, aplicações médicas e tecnologias emergentes estão elevando a procura pelo metal, que atingiu seu maior preço em 15 anos.
Isso explica a maior volatilidade em relação ao ouro e reforça o potencial de valorização em períodos de expansão produtiva.
Platina e paládio, usados em catalisadores de motores a combustão, também registraram alta, ainda distante dos picos de 2021.
O movimento é atribuído à retomada gradual da demanda automotiva em alguns mercados.
Ouro como proteção em tempos de incerteza
Historicamente, o ouro tem se destacado em períodos de turbulência. O levantamento exibido no vídeo indica que, em oito recessões recentes, o metal superou o S&P 500 em seis ocasiões, reforçando seu papel de ativo defensivo em carteiras de investimento.
Mesmo com a valorização recente, analistas apontam que a alocação em metais deve considerar o ciclo econômico.
Em setembro, por exemplo, o desempenho positivo dos metais contrasta com o enfraquecimento das bolsas, abrindo espaço para rebalanceamento de carteiras.
A alta do ouro em setembro não é resultado apenas de hype, mas de fatores estruturais como sazonalidade, demanda física e fluxo institucional.
Com a prata próxima do topo de 15 anos e outros metais em recuperação, o cenário sugere que os investidores estão buscando proteção e diversificação em meio às incertezas globais.
E você, considera que o ouro deve ser prioridade em tempos de instabilidade ou vê a alta atual como passageira?
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