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BRICS cresce e ganha novos aliados: conheça todos os países membros e como essa união pode mudar o futuro da economia mundial

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 13/08/2025 às 09:16
BRICS cresce e ganha novos aliados: conheça todos os países membros e como essa união pode mudar o futuro da economia mundial
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BRICS se expande com novos países e aumenta seu peso político e econômico, podendo redefinir o futuro da economia mundial.

O BRICS — formado originalmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — acaba de passar pela maior expansão desde sua criação, consolidando-se como um dos blocos mais influentes do cenário global. Em 2024 e 2025, o grupo abriu suas portas para cinco novos países: Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos, Irã e Indonésia. Com essa ampliação, o BRICS agora reúne economias que representam aproximadamente 46% da população mundial e mais de 29% do PIB global.

Essa expansão não é apenas simbólica. Com mais membros, o bloco aumenta seu peso político, seu poder de negociação em fóruns internacionais e sua influência sobre cadeias de fornecimento de energia, alimentos e tecnologia. Na prática, o BRICS passa a ter mais força para pressionar por reformas em instituições como o FMI e o Banco Mundial, além de acelerar projetos de integração econômica entre países emergentes. Conheça também o BRICS Pay: o “Pix mundial” que almeja reduzir a dependência do dólar e transformar o comércio internacional

Quem são os membros do BRICS e seu papel no bloco

O BRICS nasceu em 2009 com Brasil, Rússia, Índia e China — a África do Sul entrou em 2010. Cada membro original desempenha um papel estratégico:

  • Brasil: potência agrícola e energética, grande exportador de soja, carne, minério e petróleo.
  • Rússia: gigante energético e militar, fornecedor de gás e petróleo para vários mercados.
  • Índia: economia em rápido crescimento, centro de tecnologia e serviços.
  • China: segunda maior economia do mundo, principal motor industrial do bloco.
  • África do Sul: porta de entrada para investimentos na África e exportadora de minerais estratégicos.

Agora, os novos integrantes reforçam ainda mais a diversidade e a capacidade do grupo:

  • Egito: hub logístico e comercial no Mediterrâneo e no Canal de Suez.
  • Etiópia: mercado africano emergente, com rápido crescimento e potencial industrial.
  • Emirados Árabes Unidos: potência financeira e exportadora de petróleo, conectando Oriente Médio e Ásia.
  • Irã: grande produtor de petróleo e gás, buscando ampliar mercados apesar de sanções ocidentais.
  • Indonésia: maior economia do Sudeste Asiático, rica em recursos naturais e com enorme mercado consumidor.

O que motiva o crescimento do BRICS

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A expansão do BRICS é motivada por um objetivo claro: aumentar a cooperação entre economias emergentes, reduzir a dependência de países e instituições ocidentais e criar novas rotas de comércio, investimento e tecnologia.

A inclusão de países estratégicos em regiões diferentes fortalece a rede de influência do bloco, criando um eixo econômico Sul-Sul mais integrado.

Além disso, a conjuntura global favorece o movimento. Com tensões comerciais, guerra de sanções e instabilidade nos mercados, vários países buscam alternativas para não ficarem vulneráveis ao dólar e às decisões políticas dos Estados Unidos ou União Europeia.

Como essa união pode mudar o futuro da economia mundial

O novo BRICS ampliado tem potencial para mudar as regras do jogo na economia global de várias formas:

Mais influência no comércio internacional
Com a entrada de novos exportadores de energia, alimentos e tecnologia, o BRICS aumenta seu peso nas negociações de acordos comerciais e tarifários.

Alternativas financeiras ao dólar
O bloco acelera iniciativas como o uso de moedas locais em transações internacionais e o desenvolvimento de sistemas de pagamento próprios, como o BRICS Pay, para reduzir custos e evitar sanções.

Integração em infraestrutura e logística
Países como Egito e Emirados Árabes trazem rotas comerciais estratégicas, enquanto Brasil, Indonésia e Índia fortalecem cadeias de produção de alimentos e bens industriais.

Cooperação em tecnologia e energia limpa
O BRICS já investe em projetos conjuntos de pesquisa, desde satélites até energias renováveis, o que pode aumentar a competitividade frente a países desenvolvidos.

    O impacto para o Brasil

    Para o Brasil, a expansão do BRICS abre novas oportunidades. O país pode ampliar suas exportações para mercados que antes eram menos acessíveis, como Irã e Etiópia, além de estreitar laços comerciais com Emirados Árabes e Indonésia.

    No setor de energia, parcerias com Irã e Rússia podem gerar investimentos em refino e infraestrutura. Já no agronegócio, mercados como Egito e Índia tendem a aumentar a demanda por alimentos brasileiros, especialmente grãos e carnes.

    Outro ponto importante é a possibilidade de acesso a linhas de crédito do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) do BRICS, que financia obras de infraestrutura sem as exigências rígidas impostas por instituições financeiras tradicionais.

    Desafios de um bloco tão diverso

    Apesar do potencial, o BRICS ampliado também enfrenta desafios. As diferenças políticas, culturais e econômicas entre os membros podem dificultar a tomada de decisões rápidas. Há também o risco de tensões geopolíticas entre países que possuem alianças externas diferentes ou que competem pelos mesmos mercados.

    Além disso, para realmente mudar a economia mundial, o bloco precisará transformar acordos políticos em projetos concretos — algo que nem sempre é fácil quando há tantos interesses distintos em jogo.

    Um novo centro de poder econômico?

    A expansão do BRICS é um sinal claro de que o eixo econômico global está mudando. Ao incluir novos membros estratégicos, o bloco se posiciona como alternativa aos modelos dominados pelo Ocidente, ampliando sua capacidade de influenciar políticas comerciais, monetárias e de desenvolvimento.

    Se conseguir manter a coesão interna e avançar em projetos concretos, o BRICS poderá, nas próximas décadas, se consolidar como um dos principais polos econômicos do mundo, capaz de competir diretamente com grupos como o G7 e a União Europeia.

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    Valdemar Medeiros

    Formado em Jornalismo e Marketing, é autor de mais de 20 mil artigos que já alcançaram milhões de leitores no Brasil e no exterior. Já escreveu para marcas e veículos como 99, Natura, O Boticário, CPG – Click Petróleo e Gás, Agência Raccon e outros. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras (empregabilidade e cursos), Economia e outros temas. Contato e sugestões de pauta: valdemarmedeiros4@gmail.com. Não aceitamos currículos!

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