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O Zíper – De invenção rejeitada à presença em bilhões de roupas no mundo

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 25/06/2025 às 14:08
Zíper metálico prateado, detalhe em macro, com o cursor posicionado na parte inferior, mostrando os dentes se separando em um fundo branco e limpo. A imagem foca na textura e nos elementos mecânicos do fecho, transmitindo a ideia de abertura e funcionalidade.
Um zíper metálico em close-up, capturado no momento exato de sua abertura, destacando a complexidade e a beleza de sua engenharia.
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O zíper – presente em bilhões de peças hoje – começou como um ato de gentileza para ajudar um amigo com dor nas costas. Mas foi rejeitado por 30 anos: indústria desconfiada, Igreja contra, falências, até dois inventores teimosos transformarem essa ideia na revolução que mudou como nos vestimos.

Você já considerou a praticidade que o zíper proporciona em situações cotidianas, como vestir uma calça jeans rapidamente ou acessar objetos em sua mochila com facilidade? Essa funcionalidade que hoje consideramos natural tem uma história fascinante por trás. Certamente você ficará surpreso ao descobrir que a trajetória do zíper é repleta de reviravoltas extraordinárias e desafios inesperados.

Acredite se quiser, essa invenção que hoje parece tão óbvia foi rejeitada durante décadas. As pessoas achavam que o zíper era uma coisa estranha e desnecessária. Eles se enganaram. Hoje, bilhões de peças ao redor do mundo dependem dessa genial criação. E o mais incrível é que a história toda começou porque um homem queria ajudar um amigo com dor nas costas.

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Zíper de metal dourado em uma calça jeans azul, com costura contrastante e a textura do tecido denim em destaque.
Um zíper de metal em tom dourado complementa a textura robusta e as costuras de uma peça de jeans azul clássico.

A história começou com um ato de gentileza que quase deu errado

Essa história começa em 1891, quando um americano chamado Whitcomb Judson viu seu amigo penando para amarrar as botas por causa de uma dor terrível nas costas. É quando você fica com dó de alguém e pensa “poxa, tem que ter um jeito mais fácil”? Foi exatamente isso que aconteceu com o Whitcomb. Ele ficou pensando que tinha que existir uma forma mais prática de fechar sapatos e roupas.

Daí que em 1893, nosso herói registrou a patente do que chamou de “Clasp Locker” – um nome bem pomposo para o que seria o bisavô do zíper. A primeira versão era muito ruim, travava toda hora, abria sozinha e era um pesadelo para fabricar. As pessoas olhavam para aquilo e pensavam que era melhor ficar com os botões mesmo.

Mas Judson não desistiu fácil. Ele até montou uma empresa, a Universal Fastener Company, e ficou anos tentando melhorar sua invenção. Contudo, às vezes temos uma excelente ideia, mas o momento não é o adequado para sua implementação. É importante mencionar que Judson enfrentou sérias dificuldades financeiras em decorrência de todos esses desafios.

Chega o herói da história: Gideon Sundback salva o dia

Em 1906, entra em cena um jovem engenheiro sueco que tinha acabado de se mudar para os Estados Unidos. O nome dele era Gideon Sundback. Ele era brilhante! Ele foi trabalhar na empresa do Judson e logo se interessou por aquele desafio do fechamento que não funcionava direito.

Em 1913, o Sundback teve uma revelação engenhosa. Ele percebeu que o problema não era só ajustar o que já existia, mas repensar tudo do zero. É como você está montando um móvel e de repente para tudo e fala “espera, acho que tem um jeito melhor de fazer isso”. E Foi isso!

Ele praticamente reinventou o zíper. Ele criou aquele sistema de dentinhos que se encaixam que a gente conhece hoje. E não parou por aí – ele também inventou uma máquina especial para fabricar os zíperes em massa.

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O Zíper A complexa história da sua criação e a sua lenta aceitação no mercado

As pessoas não estavam preparadas para tanta inovação

Mesmo com todas as melhorias do Sundback, as pessoas continuavam desconfiadas do zíper. A indústria da moda era super conservadora – eles tinham usado botões por séculos.

Muita gente achava o zíper complicado demais. Outros achavam que era coisa de maluco. Mas é isso. Inovação sempre assusta um pouco no começo.

Mas aí, em 1923, a empresa B.F. Goodrich resolveu apostar no zíper e criou as “Zipper Boots” – botas de borracha com fechamento rápido. E foi um sucesso! Os trabalhadores amaram porque podiam calçar e tirar as botas mais rápido. Foi aí que nasceu o nome “zipper”, que significa “fechamento rápido”.

Finalmente o mundo descobriu essa maravilha

Depois do sucesso com as botas, outras empresas começaram a prestar atenção no zíper. Primeiro vieram as fábricas de malas e mochilas. Depois foi a vez dos equipamentos esportivos. E assim, devagarzinho, o zíper foi ganhando seu espaço no mundo.

Mas o grande momento de glória chegou nos anos 1930, quando os estilistas finalmente “caíram na real”. A revista Vogue – que era super influente na época, como a Netflix da moda – publicou um artigo elogiando os zíperes como “novos e inteligentes”. Imagina o alívio das pessoas que trabalhavam com isso.

Então os designers de alta costura começaram a usar zíperes não só por praticidade, mas como elemento decorativo também. Finalmente o zíper estava sendo reconhecido como a genialidade que sempre foi.

Zíper de plástico vermelho com dentes grandes e visíveis, com o puxador na parte inferior central, sobre um fundo branco puro.
Um robusto zíper de plástico vermelho, com seus dentes proeminentes, se apresenta aberto ao centro em um fundo branco, evidenciando sua estrutura.

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A Segunda Guerra Mundial mudou tudo

Quando estourou a Segunda Guerra, o zíper provou que era indispensável mesmo. Os militares precisavam de uniformes e equipamentos que pudessem ser vestidos e tirados rapidamente.

Foi nessa época que a produção de zíperes explodiu e a tecnologia ficou ainda mais refinada. Era questão de vida ou morte – literalmente! Essa necessidade toda fez com que os fabricantes aprimorassem ainda mais o produto, tornando-o super confiável e durável.

Depois da guerra, quando os soldados voltaram para casa, eles já estavam acostumados com a praticidade dos zíperes. E aí não teve mais volta – o zíper finalmente conquistou seu lugar no guarda-roupa de todo mundo.

A evolução nunca para: tipos de zíper para todos os gostos

Hoje em dia, quando você vai numa loja de aviamentos fica até tonto com a variedade de zíperes. Tem zíper invisível para quando você quer que ninguém veja, zíper à prova d’água para quem pratica esportes ao ar livre, e até zíper magnético para facilitar a vida de quem tem dificuldades motoras.

Lembra dos primeiros zíperes que eram só de metal? Hoje tem de plástico colorido, de nylon super resistente, e até alguns com sensores eletrônicos para aplicações tecnológicas. É impressionante como uma ideia simples pode evoluir tanto.

E existe zíper dupla-face para jaquetas que podem virar do avesso, extra-resistente para malas que vão levar paulada no aeroporto, e até zíperes inteligentes que se conectam com o celular. É futuro chegando!

Três zíperes de náilon coloridos (azul-claro, terracota e azul-marinho), cada um com seu respectivo puxador, dispostos diagonalmente sobre um fundo branco.
Um conjunto de três zíperes de nylon em tons de azul-claro, terracota e azul-marinho, dispostos paralelamente e ligeiramente abertos sobre uma superfície branca.

O zíper virou um gigante da economia mundial

Imaginem no tamanho dessa indústria. A produção de zíperes movimenta bilhões de dólares por ano. Quantas pessoas trabalham fabricando, vendendo e criando novos tipos de zíper pelo mundo todo. É de dar orgulho numa invenção que começou com um homem querendo ajudar um amigo.

E não é só o dinheiro que impressiona. O zíper mudou nossa relação com as roupas e objetos do dia a dia. Ele tornou possível criar roupas mais ajustadas e funcionais. Aquela calça skinny seria impossível sem o zíper. E a praticidade que ele trouxe para nossas vidas é imensurável.

É notável como o zíper se destaca por sua natureza democrática. Diferentemente dos botões diminutos, que frequentemente representam um desafio considerável para crianças e idosos, a funcionalidade do zíper se mostra acessível a praticamente qualquer indivíduo. Isso deu muito mais independência para milhões de pessoas ao redor do mundo.

Curiosidades que vão te surpreender

Primeiramente, sabia que a Igreja Católica já foi contra o uso de zíperes? Pois é, eles achavam que facilitava demais na hora de tirar a roupa e consequentemente consideravam isso “indecente”.

Além disso, tem mais: por outro lado, a NASA desenvolveu zíperes especiais para os trajes dos astronautas. Afinal, imagina a responsabilidade – porque se o zíper falhasse no espaço, certamente era uma tragédia. Portanto, eles criaram versões ultra-resistentes com materiais super especiais e também sistemas de segurança.

Ademais, aqui vai uma curiosidade: surpreendentemente, o zíper mais longo já feito tinha mais de 2 quilômetros. Na verdade, era para uma aplicação industrial específica. Por sua vez, já o menor tinha apenas alguns milímetros e inclusive foi desenvolvido para cirurgias delicadas.

Zíper de metal dourado sobre um fundo branco, conectando tecidos com cores vibrantes: laranja, verde-limão e amarelo, mostrando a funcionalidade do fecho.
Um zíper com cursor dourado une elegantemente três faixas de tecido nas cores laranja, verde-limão e amarelo, destacando a transição cromática.

O que vem por aí: o futuro do nosso zíper

Mesmo depois de mais de 100 anos, o zíper continua evoluindo! Tem gente desenvolvendo zíperes inteligentes que se conectam com o celular e avisam se você esqueceu sua mochila aberta. Outros conseguem regular a temperatura, abrindo e fechando automaticamente conforme o clima.

E não podemos esquecer da sustentabilidade, né? Hoje em dia, as empresas estão criando zíperes ecológicos feitos com materiais reciclados e processos mais limpos. Alguns até são biodegradáveis!

Tem até protótipos de zíperes com “memória” que aprendem suas preferências e se ajustam sozinhos. Imagina um zíper que já sabe exatamente como você gosta que sua jaqueta fique.

É incrível pensar em como uma invenção tão simples e onipresente como o zíper possui uma história tão rica e fascinante. Da próxima vez que você fechar sua calça favorita, abrir sua mochila ou vestir aquela jaqueta que te deixa com um ótimo visual, vale a pena lembrar toda a jornada e o impacto duradouro que essa engenhosa peça trouxe ao nosso cotidiano.

O que essa história pode fazer pela sua vida

O zíper nos ensina uma lição valiosa sobre não desistir dos nossos sonhos. Se o Judson tivesse desistido na primeira dificuldade ou se o Sundback não tivesse tido a coragem de repensar tudo, hoje nossa vida seria muito mais complicada sem essa invenção maravilhosa.

A história do zíper também nos mostra que às vezes as melhores ideias precisam de tempo para serem aceitas. Se você tem uma ideia inovadora que parece estar “fora do seu tempo”, não desanime! Pode ser que ela só esteja esperando o momento certo para brilhar.

Agora eu quero saber de você! Compartilhe este artigo com seus amigos e vamos espalhar essa história incrível. Aposto que muita gente vai ficar surpresa ao descobrir tudo isso sobre o zíper. E nos comentários aqui embaixo, me conta: qual foi a parte da história que mais te impressionou? Você conhece algum uso inusitado do zíper que eu não mencionei?

Que outras invenções do nosso dia a dia você gostaria de conhecer a história? Tenho certeza de que cada objeto comum tem suas próprias aventuras para contar. Deixa suas sugestões aqui que eu adoraria compartilhar mais histórias assim com vocês!

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Dúvidas Sobre o Zíper Respondidas

Quem foi o verdadeiro inventor do zíper?

Na verdade, foram dois heróis! Whitcomb Judson criou a primeira versão em 1893, mas foi Gideon Sundback quem desenvolveu o zíper que conhecemos hoje, registrando sua patente em 1917.

Por que demorou tanto para o zíper fazer sucesso?

Foi uma combinação de fatores! As primeiras versões tinham problemas técnicos, as pessoas eram céticas (como sempre acontece com novidades), a indústria da moda era conservadora, e tem mais: até a igreja era contra! Às vezes uma boa ideia precisa esperar o momento certo.

Onde o zíper foi usado com sucesso pela primeira vez?

O primeiro grande sucesso foram as botas de borracha da B.F. Goodrich em 1923. Eles chamaram de “Zipper Boots” e os trabalhadores adoraram a praticidade. Foi aí que nasceu o nome “zipper” que usamos até hoje!

Quantos zíperes são feitos por ano no mundo?

São bilhões! A indústria do zíper movimenta uma fortuna e emprega milhões de pessoas pelo mundo todo. É impressionante pensar que tudo começou com um homem querendo ajudar um amigo com dor nas costas.

Existem tipos diferentes de zíper?

Existem dezenas! Tem zíper invisível, à prova d’água, extra-resistente, magnético, dupla-face, e até zíperes inteligentes com tecnologia. Cada um foi criado para uma necessidade específica.

O zíper ainda está evoluindo?

Com certeza! Hoje tem zíperes inteligentes que se conectam com o celular, versões sustentáveis feitas com materiais reciclados, e até alguns que regulam temperatura.

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Paulo Nogueira

Eletrotécnica formado em umas das instituições de ensino técnico do país, o Instituto Federal Fluminense - IFF ( Antigo CEFET), atuei diversos anos na áreas de petróleo e gás offshore, energia e construção. Hoje com mais de 8 mil publicações em revistas e blogs online sobre o setor de energia, o foco é prover informações em tempo real do mercado de empregabilidade do Brasil, macro e micro economia e empreendedorismo. Para dúvidas, sugestões e correções, entre em contato no e-mail informe@clickpetroleoegas.com.br. Vale lembrar que não aceitamos currículos neste contato.

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