Thiago Nigro ensina como calcular o patrimônio ideal para cada idade com base em custo de vida e percentual de poupança.
Existe uma fórmula prática para calcular se você está no caminho certo rumo à liberdade financeira. Quem explica isso de forma simples é Thiago Nigro, o Primo Rico.
No vídeo publicado em seu canal, ele detalha como identificar o patrimônio ideal para cada idade com base em três variáveis: custo de vida mensal, idade e percentual de poupança.
Custo mensal real, e não de sobrevivência
A primeira variável é o custo mensal de vida. Mas, como explica Thiago Nigro, não se trata apenas do mínimo para sobreviver.
-
A nova febre imobiliária no litoral nordestino: a corrida de investidores por terrenos e condomínios de luxo que se compara à ‘bolha’ da Flórida
-
O segredo dos motoristas de app: o sedan que saiu de linha em 2021 e virou o ‘rei do custo-benefício’ com seu motor 1.0 confiável e porta-malas de 460 litros
-
A pequena cidade do Rio de Janeiro que virou gigante do petróleo e uma das que mais enriqueceram no Brasil
-
A máquina de 3.000 toneladas que consome 625 litros de diesel para percorrer apenas 1 km, mais diesel que 40 caminhões juntos, e funciona apenas por uma hora
A conta considera o valor necessário para manter o estilo de vida atual, incluindo lazer, viagens, passeios e conforto. O objetivo é preservar a qualidade de vida no futuro, e não apenas garantir que haja comida na mesa.
Idade muda tudo
A segunda variável é a idade. Uma pessoa com 20 anos tem mais tempo para investir, errar e se recuperar.
Já quem está com 60 ou 70 anos tem menos tempo e precisa ser mais eficiente com seus recursos. Por isso, a idade é um componente central da fórmula.
Capacidade de poupança entre 10% e 15%
A terceira variável é o percentual de poupança. Thiago Nigro sugere uma faixa entre 10% e 15% da renda mensal.
Empreendedores ou autônomos podem usar a média de ganhos anuais dividida por 12 para chegar ao valor de referência.
A fórmula em prática
A fórmula completa é:
Patrimônio ideal por idade = custo mensal × 12 × idade × percentual de poupança
No vídeo, ele exemplifica com a história da Nicole. Ela tem 28 anos, um custo mensal de R$ 3.000 e consegue poupar 10% da sua renda. Aplicando a fórmula:
3.000 × 12 × 28 × 10% = R$ 100.800
Ou seja, Nicole deveria ter, aos 28 anos, cerca de R$ 100 mil guardados para estar em linha com um plano de liberdade financeira.
Se tiver mais, está adiantada. Se tiver menos, vai precisar fazer um esforço extra nos próximos anos.
Alterando o percentual de poupança
Se Nicole aumentar sua poupança para 12%, o patrimônio ideal dela muda:
3.000 × 12 × 28 × 12% = R$ 120.960
Segundo Thiago Nigro, cada ponto percentual a mais faz diferença, porque impacta diretamente no valor que será acumulado ao longo dos anos.
Outros exemplos reais
Ele também cita Alexandre, com 47 anos, custo de vida de R$ 9.800 e poupança de 15%.
Cálculo: 9.800 × 12 × 47 × 15% = R$ 829.800
Esse seria o valor que ele deveria ter acumulado aos 47 anos.
Outro exemplo é Rafael, com 21 anos, custo mensal de R$ 2.100 e poupança de 15%.
2.100 × 12 × 21 × 15% = R$ 79.380
Tabela para facilitar
Thiago sugere criar uma tabela onde no eixo X esteja a idade e no eixo Y o custo mensal de vida. Com isso, seria possível ver o valor ideal de patrimônio sem fazer as contas sempre.
Por exemplo, uma pessoa de 35 anos com custo de R$ 7.500 deveria ter R$ 315.000 guardados, considerando poupança de 10%.
Já uma pessoa de 50 anos com custo de R$ 2.000, precisaria ter cerca de R$ 1.200.000. Quem está abaixo disso deve acelerar os aportes para manter o padrão de vida na aposentadoria.
Como calcular a liberdade financeira
Na segunda parte do vídeo, Thiago apresenta outra fórmula: o valor necessário para atingir a liberdade financeira. Esse valor é chamado de Patrimônio Investido para Liberdade Financeira (PILF).
A fórmula é:
PILF = custo mensal × 12 ÷ rentabilidade anual
Se alguém gasta R$ 5.000 por mês, isso dá R$ 60.000 ao ano. Se a pessoa consegue uma rentabilidade de 10% ao ano, precisaria de R$ 600.000 investidos para gerar essa renda passiva.
Casos práticos
Nicole, com custo de R$ 3.000 e rentabilidade de 14% ao ano, precisaria de:
36.000 ÷ 14% = R$ 257.142
Alexandre, com custo de R$ 9.800 e rentabilidade de 8,8%, precisaria de:
117.600 ÷ 8,8% = R$ 1.470.000
Rafael, com custo de R$ 2.100 e rentabilidade de 6,5%, precisaria de:
25.200 ÷ 6,5% = R$ 387.692
Quando essas pessoas atingiriam a liberdade?
Usando a mesma fórmula da primeira parte, é possível descobrir a idade em que eles atingiriam a liberdade financeira:
Idade = PILF ÷ (custo mensal × 12 × percentual de poupança)
Para Nicole:
257.142 ÷ (3.000 × 12 × 10%) = 71,4 anos → 72 anos
Para Alexandre:
1.470.000 ÷ (9.800 × 12 × 15%) = 83,6 anos → 84 anos
Para Rafael:
387.000 ÷ (2.100 × 12 × 15%) = 102,3 anos → 103 anos
Segundo Thiago, esses prazos mostram que só poupar não basta. A rentabilidade também precisa ser considerada.
Rentabilidade muda tudo
Se Alexandre aumentar sua rentabilidade de 8,8% para 14% ao ano, o patrimônio necessário cai para R$ 840.000.
Se ele mantiver a poupança de 15%, vai atingir a liberdade financeira aos 48 anos — muito antes dos 84 calculados antes.
A inflação também importa
Thiago lembra que a rentabilidade deve ser acima da inflação. Se você ganha 10%, mas a inflação foi 5%, seu ganho real é só 5%. Se gastar todo o rendimento sem considerar isso, o poder de compra será corroído ano a ano.
Thiago Nigro encerra o vídeo reforçando que o objetivo não é assustar, mas dar clareza. Saber onde se está e onde se quer chegar é o primeiro passo. A fórmula ajuda a definir metas reais.
Ele finaliza convidando os interessados para uma formação de 33 dias, onde promete ensinar como investir melhor, diversificar e aumentar a rentabilidade de forma segura. Segundo ele, mesmo pequenas melhorias de 1% ou 2% ao ano já fazem grande diferença no longo prazo.