Uma descoberta incrível! Um fóssil de ovo de dinossauro intacto com 80 milhões de anos foi encontrado e estudado com técnicas inovadoras que preservam sua estrutura. Descubra como essa descoberta pode trazer novas informações sobre os dinossauros!
Um fóssil de ovo de dinossauro medindo apenas 29 milímetros de comprimento foi descoberto em Ganzhou, na Província de Jiangxi, no leste da China. Este é o menor ovo fossilizado completo já encontrado até hoje, pertencente a uma nova espécie de dinossauro dentro da família de ovos de formato oval, segundo a agência de notícias Xinhua.
Batizado de “Ganzhou Mini Egg”, o fóssil representa um marco importante na paleontologia, pois traz informações valiosas sobre a reprodução e diversidade dos dinossauros. A pesquisa foi recentemente publicada na revista acadêmica Historical Biology, contribuindo significativamente para o estudo da evolução dos dinossauros.
A Bacia de Ganzhou, localizada no sul da China, é um dos mais ricos sítios de fósseis de ovos do Cretáceo Superior, sendo amplamente reconhecida por suas abundantes ninhadas de ovos fossilizados.
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Esse local tem se destacado pela produção de ovos embrionários e ninhadas requintadas, especialmente de oviraptorossauros, um grupo de dinossauros conhecidos por seus bicos e penas. Além dos oviraptorossauros, fósseis de ovos de outras espécies, como hadrossauros e troodontídeos, também foram descobertos, embora em menor quantidade.
Esses ovos variam consideravelmente em sua morfologia, refletindo a diversidade das espécies que habitaram a região durante o Cretáceo Superior. Entretanto, uma característica comum entre muitos deles é o tamanho relativamente grande.
Comparação com descobertas anteriores
O “Ganzhou Mini Egg” superou o recorde anterior de menor ovo fossilizado, detido pelo “Jingguo Micro Ellipsoid Egg”, descoberto na Província de Zhejiang, também na China, que tinha dimensões de aproximadamente 45,5 mm × 40,4 mm × 34,4 mm.
O fóssil foi encontrado em 2021 por uma equipe liderada por Lou Fasheng, engenheiro-chefe do Instituto de Pesquisa e Exploração Geológica de Jiangxi.
Durante escavações em um canteiro de obras na cidade de Meilin, no distrito de Ganxian, foi descoberto um ninho bem preservado contendo quase seis ovos de dinossauro intactos.
Ovo de dinossauro: O estudo do fóssil
Após três anos de estudo, em colaboração com especialistas da Universidade de Geociências da China e do Instituto de Paleontologia de Vertebrados da Academia Chinesa de Ciências, a equipe conseguiu confirmar que os fósseis eram, de fato, ovos de dinossauro. Os ovos eram datandos do período Cretáceo Tardio, cerca de 80 milhões de anos atrás.
O estudo incluiu o uso de técnicas como a microscopia eletrônica de varredura e difração de elétrons retro espalhados para analisar a microestrutura da casca do ovo.
Com base no formato macroscópico e na ornamentação da casca, além da estrutura básica das unidades da casca, os pesquisadores classificaram o fóssil dentro da família dos ovos elipsoidais de dinossauro.
A nova espécie
O novo fóssil apresentou diferenças significativas em relação aos ovos conhecidos anteriormente, como o tamanho, espessura da casca, sistema de poros e ultraestrutura. Essas diferenças permitiram aos cientistas criar um novo gênero e espécie para o ovo.
Segundo Han Fenglu, professor associado de paleontologia de vertebrados da Universidade de Geociências da China, a análise dos fósseis sugere que esses ovos pertenciam a um pequeno dinossauro terópode.
Essa descoberta contribui para o entendimento das estratégias reprodutivas desses dinossauros e da diversidade dos ovos no Cretáceo Tardio.
Próximos passos da pesquisa
O próximo passo da pesquisa é utilizar a técnica de micro-CT para reconstruir o estado geral de sepultamento dos ovos fossilizados, o que pode fornecer mais detalhes sobre o processo de formação dos ovos e ajudar a identificar o tipo exato de dinossauro que os colocou, além de estudar seus comportamentos reprodutivos.
Essa nova fase de estudos promete revelar ainda mais sobre a vida e ecologia dessas criaturas antigas, oferecendo uma janela única para o passado distante.