Com 62% de probabilidade apontada por especialistas, saiba quem tem mais chances de vencer as eleições americanas. Será Donald Trump ou Kamala Harris o próximo presidente?
A uma semana das eleições dos Estados Unidos, as casas de apostas e as pesquisas de opinião pública estão em desacordo quanto às chances de vitória de Donald Trump e Kamala Harris nas eleições americanas.
Analistas de uma das maiores plataformas de apostas do mundo, apontam que as previsões para a vitória de Trump estão mais favoráveis do que nunca. Segundo eles, Trump possui 62% de chances de conquistar a Casa Branca, uma probabilidade significativamente superior às estimativas de 2016 e 2020, quando as casas de apostas subestimaram seu apoio.
Essa avaliação, que considera dados em tempo real dos mercados de apostas eleitorais, contrasta com as sondagens nacionais. Desde que assumiu a candidatura, Kamala Harris lidera, ainda que por uma margem estreita, as pesquisas de intenção de voto a nível nacional.
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A disputa acirrada reflete um cenário político polarizado, onde cada voto nos estados de “campo de batalha” pode definir o resultado final.
Histórico das apostas e o “Fenômeno Trump” nas eleições americanas
Em 2016, Trump desafiou os prognósticos das casas de apostas nas eleições americanas, que lhe davam apenas 26% de chance de vitória faltando uma semana para as eleições. Contudo, o republicano surpreendeu o mundo ao vencer Hillary Clinton e, em 2020, apesar de não ter repetido o mesmo sucesso, as apostas indicavam um apoio modesto de 34% antes da eleição.
Agora, com a contagem regressiva para 5 de novembro, os analistas apostadores afirmam que o cenário é inédito: Trump aparece com 62% de chances nos mercados de apostas. Essa confiança reflete-se especialmente nos sete estados indecisos, que historicamente oscilam entre democratas e republicanos.
Um dos apostadores comentou sobre o momento favorável para o candidato republicano. Segundo ele, o atual cenário lembra as vésperas das eleições de 2016, porém com um apoio ainda mais consolidado entre os apostadores. “Com uma semana restante, as probabilidades estão a favor de Trump. Sua campanha ganhou um impulso nas apostas, indicando que a disputa está mais apertada do que muitos analistas previam inicialmente,” afirmou.
Análise das pesquisas Nacionais: Harris x Trump
A dinâmica das pesquisas também apresenta nuances importantes. Desde que Harris entrou oficialmente na corrida, sua média de intenção de voto nacional apresenta uma leve vantagem, com margens que variaram ao longo de agosto e setembro. Essa liderança discreta, no entanto, não reflete necessariamente uma vitória garantida.
Como os EUA utilizam o sistema de colégio eleitoral, cada estado possui um peso diferente, tornando fundamental o desempenho em estados-chave, onde os eleitores oscilam entre ambos os partidos.
Em termos de popularidade nacional, Harris viu seus números subirem logo após sua entrada na corrida. A candidata ganhou quase quatro pontos percentuais nas pesquisas até o final de agosto.
No entanto, essa vantagem inicial estabilizou-se, e após o debate único entre os dois candidatos, realizado em 10 de setembro, as diferenças voltaram a se estreitar. Esse fenômeno, observado tanto por especialistas quanto pelo público, aponta que a corrida pela Casa Branca ainda está em aberto.
Os estados de campo de Batalha
Nos sete estados indecisos – Arizona, Geórgia, Nevada, Carolina do Norte, Michigan, Pensilvânia e Wisconsin – as pesquisas mostram uma disputa extremamente equilibrada. Até o momento, Trump possui uma ligeira vantagem em Arizona, Geórgia, Nevada e Carolina do Norte.
Já Harris liderou em Michigan, Pensilvânia e Wisconsin, onde conseguiu sustentar uma média de vantagem até meados de agosto. Contudo, nas últimas semanas, a liderança de Harris nesses estados ficou mais frágil, com Trump ultrapassando-a brevemente na Pensilvânia.
Historicamente, esses estados foram essenciais para a vitória de Trump em 2016, especialmente na região do chamado “cinturão da ferrugem”, que inclui Pensilvânia, Michigan e Wisconsin.
Caso Harris consiga reconquistar esses redutos democratas, como fez Biden em 2020, ela terá chances consideráveis de obter os 270 votos necessários no colégio eleitoral para vencer.
As Limitações e a margem de erro nas pesquisas
Embora as pesquisas forneçam uma visão abrangente da preferência popular, elas não são infalíveis. Nos últimos ciclos eleitorais, pesquisas nacionais e estaduais subestimaram o apoio a Trump, falhando em captar nuances do eleitorado conservador e rural.
Em resposta a isso, muitas empresas de pesquisa têm ajustado suas metodologias para refletir melhor a composição do eleitorado americano. Contudo, esses ajustes dependem de suposições que podem não se concretizar na prática.
A incerteza aumenta com fatores como a taxa de comparecimento dos eleitores. A participação eleitoral pode ser influenciada por diversos aspectos, desde o entusiasmo em relação aos candidatos até questões logísticas e barreiras no dia da votação. Em eleições anteriores, a base de eleitores de Trump se mostrou particularmente engajada, desafiando previsões de baixa adesão.