5G privado: saiba como a tecnologia vai funcionar e afetar os portos brasileiros

Empresa de TI fecha parceria com a Nokia para oferecer serviços 5G aos terminais portuários do país

A chegada do 5G no Brasil tem gerado expectativas em diferentes áreas, inclusive no setor portuário. E isso acontece pelas possibilidades que a tecnologia permite, o que deve garantir mais rapidez e agilidade nas operações.

Apesar de parecer a mesma coisa, o 5G utilizado nos portos é diferente do que usamos em casa ou em aparelhos celulares, tablets, entre outros, que é chamado de uso doméstico.

Segundo o engenheiro de computação, professor universitário e um dos diretores da T2S Tecnologia, Rodrigo Lopes Salgado, o que o 5G possibilita aos portos é muito maior e mais amplo por ser uma solução privada.

Salgado explica que no porto se implantam antenas proprietárias, ou seja, o terminal compra as antenas e instala dentro da sua área de alcance, funcionando apenas dentro daquela rede, como se fosse uma nova operadora de celular. A rede é privada e precisa da licença da Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações para operar dentro do terminal.

O profissional também diz que a tecnologia permite um número maior de equipamentos conectados a uma antena de rede móvel. “É muito maior, com a possibilidade de milhares de equipamentos na mesma antena de 5G. É desse ganho que falamos, da velocidade e quantidade de equipamentos nas antenas ao mesmo tempo, sem impacto”, declara. 

De acordo com o engenheiro de computação, professor universitário e também diretor da T2S, Ricardo Pupo Larguesa, o 5G será 20 vezes mais rápido que as tecnologias usadas atualmente.

Outro ponto importante, conforme o profissional, é a quantidade de dispositivos que podem ser conectados ao mesmo tempo. Por exemplo, enquanto no 4G a cobertura é de 10 mil dispositivos por km², o 5G conecta até 1 milhão de dispositivos por km².

Vantagens do 5G nos portos

A expectativa do 5G nos portos do Brasil ocorre justamente pela tecnologia significar uma transformação digital, trazendo algumas vantagens, como a melhora na conectividade.

Ricardo Pupo diz que em um terminal portuário existem muitos veículos transitando e por isso o sinal é instável e lento, algo que não acontece com redes celulares. “Então, tanto o LTE, que é uma tecnologia que já existe e está em operação, quanto o 5G vão permitir que os equipamentos tenham uma comunicação mais eficiente”, explica.

Além disso, a ação deve aumentar a produtividade dos sistemas, que operam nessa rede com mais eficiência e podem garantir uma comunicação mais ágil e assertiva. Um exemplo disso é que contêineres com dispositivos conectados ao 5G podem permitir o registro de toda a operação em tempo real, desde o posicionamento no pátio, a entrega dele para uma carreta, até o rastreamento da carga dentro do navio.

Algumas ações já estão em andamento. No Porto de Santos a previsão é que a primeira rede privada 5G seja implantada ainda este ano.

Parceria

Com a intenção de preparar os terminais portuários, a empresa T2S Tecnologia fechou parceria com a multinacional Nokia, e vai levar o 5G aos terminais brasileiros, dando a chance das empresas se atualizarem e investirem na principal tendência dos próximos anos.

A parceria começa para oferecer ao setor soluções de redes em substituição ao Wi-Fi.

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