Advogada previdenciária Tais Santos explica como quatro documentos podem acelerar a aposentadoria antecipada e melhorar o cálculo da renda mensal.
A busca pela aposentadoria antecipada é um dos maiores desejos dos trabalhadores brasileiros, mas poucos sabem que existem mecanismos legais que podem adiantar esse direito em até oito anos. De acordo com a advogada previdenciária Tais Santos, quatro documentos pouco conhecidos podem mudar completamente o cálculo do tempo de contribuição e até aumentar o valor do benefício.
Esses documentos, quando corretamente apresentados ao INSS, permitem que situações especiais de trabalho ou de vida sejam reconhecidas, garantindo que o segurado se aposente mais cedo e com uma renda mais justa.
A especialista destaca que conhecimento é poder e que muitos brasileiros deixam de aproveitar direitos simplesmente por não conhecerem a legislação.
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Quais são os documentos que garantem aposentadoria antecipada?
Segundo Tais Santos, existem quatro documentos principais que podem abrir caminho para a aposentadoria antecipada: o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), a carteira de trabalho com vínculos anteriores a 1995, a certidão de serviço militar e o relatório médico que comprove deficiência.
Cada um deles funciona como prova de situações que dão direito a contagem diferenciada no tempo de contribuição.
Esses registros podem representar até oito anos de antecipação na aposentadoria.
Além disso, dependendo da regra aplicada, o segurado pode conseguir um benefício maior do que teria direito apenas com a contagem simples do tempo de serviço.
PPP: Perfil Profissiográfico Previdenciário
O primeiro documento essencial para a aposentadoria antecipada é o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP). Esse formulário é preenchido pela empresa e registra se o trabalhador esteve exposto a agentes nocivos, como ruído excessivo, calor, frio, eletricidade acima de 250 volts ou produtos químicos.
Muitas vezes, segundo alerta de Tais Santos, as empresas omitem informações importantes no PPP, o que prejudica diretamente o segurado.
Nessas situações, é necessário recorrer a um advogado especialista em direito previdenciário para garantir que os dados corretos sejam reconhecidos judicialmente.
Caso o trabalhador comprove exposição a condições insalubres, terá direito a contagem de tempo especial, o que antecipa a aposentadoria e aumenta o valor do benefício.
Carteira de trabalho e vínculos anteriores a 1995
O segundo documento é a carteira de trabalho. Profissões exercidas até 28 de abril de 1995 tinham enquadramento automático como atividade especial.
Isso significa que, apenas pelo exercício da profissão, já era possível antecipar a aposentadoria.
De acordo com Tais Santos, categorias como eletricistas, enfermeiros, médicos, dentistas, pedreiros da construção civil e trabalhadores da indústria cerâmica estão entre as que possuíam esse direito.
Se a carteira de trabalho comprovar vínculos em uma dessas áreas, o segurado pode ter acesso à aposentadoria antecipada sem precisar apresentar o PPP.
Certidão de serviço militar
O terceiro documento é a certidão de serviço militar. Homens que serviram ao Exército, à Marinha ou à Aeronáutica podem usar o período de serviço como tempo de contribuição, aumentando a contagem total e garantindo antecipação na aposentadoria.
Mesmo que o documento original tenha se perdido, é possível solicitar uma segunda via junto às Forças Armadas. Segundo Tais Santos, esse é um direito muitas vezes desconhecido, mas reconhecido pelo INSS e de grande impacto no cálculo final da aposentadoria.
Relatório médico que comprove deficiência
O quarto documento é o relatório médico que comprove deficiência. Pessoas que trabalharam durante a vida nessa condição podem ter direito a aposentadoria antecipada por idade ou por tempo de contribuição reduzido.
Cada ano trabalhado como pessoa com deficiência gera um efeito positivo no cálculo, permitindo não só se aposentar mais cedo, mas também com melhores condições financeiras.
Caso o segurado também tenha atuado em atividades insalubres, os benefícios podem ser cumulativos, acelerando ainda mais o direito.
Vale a pena buscar esses documentos?
De acordo com Tais Santos, a resposta é sim. Cada um desses documentos pode representar anos de antecipação e valores mais altos no benefício final.
Muitos segurados desconhecem que têm direito a esses registros e, por isso, acabam aceitando aposentadorias com valor inferior ao que poderiam receber.
A advogada reforça que, diante de qualquer dúvida, é essencial buscar orientação profissional. Isso porque o INSS pode negar o reconhecimento administrativo, mas a Justiça tem garantido o direito aos trabalhadores quando os documentos são apresentados corretamente.
A possibilidade de obter aposentadoria antecipada em até oito anos depende do conhecimento e da utilização correta de quatro documentos-chave: o PPP, a carteira de trabalho com vínculos até 1995, a certidão de serviço militar e o relatório médico de deficiência.
Esses registros podem transformar a vida do trabalhador, permitindo não apenas parar de trabalhar mais cedo, mas também garantir uma renda maior na aposentadoria.
E você, já sabia da importância desses documentos? Acredita que a maioria dos brasileiros consegue acesso fácil a essas provas ou o sistema ainda dificulta o reconhecimento dos direitos?
Deixe sua opinião nos comentários queremos ouvir a experiência de quem vive essa realidade na prática.
Drama tenho uma reservista desde o ano de 1982 a 1984 +2 meses do exército + carteira de trabalho de 1986 a 1988assinoua carteira como auxiliar de eletricista ,depois fui demitido já como eletricista tenho a rescisão de trabalho e tenho dois PPPdo nos anos de 1988a 2000 e ppp em 2006 a 2008 e falta +2 pppentre 2010 e 2011 e outro 2 quer trabalhei 3 meses na 1 primeira empresa e na 2 segunda empresa 19 meses como eletricista tudo na carteira e na atual empresa eestou há 12 anos e seis meses no auxílio doenças no B31 e vou fazer uma perícia em 13/03/2026 já estar marcada
Dra eu estou afastada do trabalho que foi diagnosticado tendinite e bursite. Por favor me ajude.
Sem mais
Márcia
Autista diagnosticado no meio da carreira e contribuinte do RPPS. Professor. Também tem redução?