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4 carros que parecem bons negócios, mas quem comprar vai se arrepender, segundo mecânicos e relatos no Reclame Aqui

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 18/10/2025 às 16:21
Descubra 4 carros usados que parecem bons negócios, mas escondem defeitos graves e alto custo de manutenção, segundo mecânicos.
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Alguns modelos populares usados chamam atenção pelo preço baixo e visual atraente, mas escondem defeitos crônicos e manutenção cara, segundo relatos de donos e análises de mecânicos especializados.

Carros usados que parecem “muita coisa por pouco dinheiro” podem esconder defeitos crônicos e custos altos de manutenção, alertam mecânicos e consumidores que relatam experiências no Reclame Aqui.

Em modelos populares na faixa de preço acessível, o barato frequentemente se explica pelo histórico de falhas e pela dificuldade de reparo.

A seguir, quatro exemplos que exigem atenção redobrada de quem está de olho em um seminovo.

Jeep Renegade 1.8 Flex AT Longitude 2018 — R$ 73.441

O Renegade com motor E.torQ 1.8 flex (139 cv e 19,3 kgfm) e câmbio automático de seis marchas domina as vitrines de usados e, ao mesmo tempo, soma relatos de dor de cabeça.

O ponto mais citado por mecânicos é o trocador de calor, componente que deveria resfriar o fluido da transmissão e termina por misturar o óleo do câmbio com o líquido de arrefecimento.

Quando isso acontece, o óleo adquire aspecto leitoso, perde propriedades e inicia uma sequência de sintomas.

Nas oficinas, aparecem queixas de trancos, dificuldade de engate, superaquecimento e perda de eficiência do câmbio.

Em casos avançados, a contaminação gera danos internos onerosos.

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A correção costuma envolver a substituição do trocador por uma peça revisada ou a adoção de radiador externo para isolar o circuito do óleo.

Embora o restante do conjunto tenha robustez aceitável no uso urbano, esse calcanhar de Aquiles pesa no custo total, sobretudo quando o proprietário descobre o problema apenas após a compra.

Caoa Chery Tiggo 2 1.5 Flex Look AT 2020 — R$ 66.023

No papel, o Tiggo 2 entrega o que muita gente procura em um SUV compacto barato: posição de dirigir elevada, espaço razoável e conjunto simples de motor 1.5 flex (115 cv e 14,9 kgfm) com câmbio automático de quatro marchas.

Na prática, os primeiros anos do modelo acumulam falhas elétricas e mecânicas que derrubam a experiência de uso.

Entre as reclamações mais recorrentes estão problemas de chicote, infiltrações que afetam módulos e conectores, ferrugem prematura e desgaste de componentes antes do esperado.

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Proprietários também relatam desligamentos repentinos do motor, falhas de troca no câmbio e dificuldade de localizar peças específicas em algumas praças.

Enquanto a marca evoluiu nos projetos mais recentes, com eletrônica melhor depurada e rede de pós-venda ampliada, as unidades do Tiggo 2 exigem vistoria minuciosa e laudo eletrônico antes de fechar negócio.

Volkswagen Golf 1.4 TSI Highline AT 2014 — R$ 76.780

Condução afiada, acabamento caprichado e motor turbo de 140 cv e 25,5 kgfm fazem o Golf 1.4 TSI parecer um achado entre os hatchbacks médios usados.

O conjunto, porém, perde pontos com o câmbio DSG de sete marchas e embreagem dupla a seco, presente nas primeiras unidades dessa geração.

Em condições típicas de ruas brasileiras — buracos, calor e trânsito intenso — o sistema apresenta superaquecimento, trancos e desgaste precoce das embreagens.

A dificuldade adicional reside no custo de reparo quando o problema evolui para substituição de embreagens ou da mecatrônica.

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Em 2016, a Volkswagen migrou esse modelo para um automático convencional de seis marchas, mais adequado ao uso local.

Para quem considera um Golf anterior a essa mudança, é prudente checar o histórico de manutenção, eventuais intervenções no câmbio e realizar teste prolongado para identificar sintomas após aquecimento.

Ford Focus 2.0 Titanium AT 2018 — R$ 70.975

Bem equipado, bonito e com desempenho convincente do 2.0 flex de 178 cv e 21,5 kgfm, o Focus 2.0 Titanium atrai pelo pacote.

O obstáculo é conhecido: o câmbio PowerShift, um automatizado de dupla embreagem a seco compartilhado com outros modelos da Ford no período.

Proprietários e oficinas relatam superaquecimento, perda de potência, trancos e desgaste precoce de embreagens, quadro que também pode ser agravado por fragilidades no sistema de arrefecimento.

Descubra 4 carros usados que parecem bons negócios, mas escondem defeitos graves e alto custo de manutenção, segundo mecânicos.
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Mesmo após atualizações e campanhas de fábrica, o PowerShift permaneceu como ponto sensível no custo de propriedade.

Em compras de usados, é indispensável verificar se houve trocas de embreagem, reprogramações e, principalmente, como o carro se comporta no anda e para do trânsito.

Um diagnóstico preventivo por especialista em transmissões automatizadas ajuda a separar unidades saudáveis daquelas propensas a reincidir.

Como esses negócios seduzem no mercado de usados

Valores aparentemente baixos na Tabela Fipe e a boa imagem de equipamentos seduzem compradores que buscam “carro completo” sem extrapolar o orçamento.

Entretanto, preço atrativo não elimina o risco de falhas endêmicas.

Em muitos casos, consumidores só descobrem o problema depois do test-drive básico, quando o veículo enfrenta calor, engarrafamento e piso irregular — situações que expõem limitações de câmbio e arrefecimento.

Outro ponto é a disponibilidade de peças e a experiência das oficinas com certos sistemas.

Transmissões de dupla embreagem, trocadores de calor integrados e eletrônica sensível exigem reparadores especializados e scanners atualizados.

Quando a rede técnica conhece pouco o defeito específico do modelo, o conserto tende a se alongar e encarecer, ampliando a frustração de quem esperava um custo de uso semelhante ao de rivais mais simples.

O que observar antes da compra

Vistoria criteriosa reduz o risco, mas não substitui a avaliação de transmissão e arrefecimento sob carga.

Em Renegade 1.8, inspeção do fluido de câmbio e do reservatório pode revelar contaminação. No Golf com DSG a seco, testes após aquecimento ajudam a flagrar trancos e mensagens de erro.

No Focus com PowerShift, saídas em baixa velocidade e manobras repetidas expõem patinação.

No Tiggo 2, análise de chicotes, sinais de infiltração e pontos de corrosão é indispensável. Documentos de manutenção são igualmente relevantes.

Registros de substituição de embreagens, trocadores de calor, mecatrônica ou radiadores externos indicam que o proprietário anterior tratou problemas típicos.

Já a ausência de histórico confiável pode ser um sinal de alerta, especialmente em carros com quilometragem compatível com o surgimento desses sintomas.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas e também editor do portal CPG. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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