Alguns modelos que saíram dos holofotes ainda oferecem desempenho, conforto e bom custo-benefício. Mesmo com vendas modestas, mantêm atrativos que os tornam boas opções no mercado de carros novos e seminovos.
Apesar de ofuscarem nas vitrines, alguns modelos seguem entregando boa relação entre espaço, desempenho e equipamentos, com preços competitivos e consumo dentro do esperado para suas propostas.
A seguir, os quatro “esquecidos” que ainda rendem bons negócios — e um bônus no fim.
Os volumes de emplacamentos citados foram informados pelo levantamento da Fenabrave referente a setembro, usado como base desta seleção.
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Citroën Aircross: SUV compacto de 7 lugares e bom custo-benefício
Único SUV compacto nacional com até sete lugares, o Aircross se apoia no motor 1.0 Turbo 200 flex e no câmbio automático CVT para combinar uso urbano com versatilidade familiar.
O conjunto rende desempenho suficiente para levar a família sem grandes sobressaltos e ainda conter custos de manutenção, ajudando no custo-benefício frente a minivans e SUVs maiores.
Nos números de eficiência energética, os dados oficiais do Inmetro indicam 10,6 km/l na cidade e 12,0 km/l na estrada (gasolina), ou 7,4 km/l e 8,6 km/l (etanol), resultados coerentes com o porte e a proposta de sete assentos.
Em dimensões, são 4,32 m de comprimento e 2,675 m de entre-eixos, medidas que explicam o bom espaço interno.
O porta-malas tem 493 litros com a terceira fileira removida e volume bastante reduzido quando os sete bancos estão em uso, adequado apenas a bagagens pequenas.
Ainda no pacote, itens como central multimídia, assistente de partida em rampas e DRLs em LED aparecem desde as configurações de entrada.
Para quem busca utilidade a preço contido, o fato de oferecer sete lugares numa carroceria B-SUV permanece como principal trunfo frente à Chevrolet Spin, mais conhecida, porém de concepção diferente.
Renault Oroch: picape robusta e racional
A picape da Renault soma uma década no mercado e segue valorizada por quem prioriza robustez de chassi e caçamba útil.
A linha atual trabalha com o motor 1.6 SCe flex e câmbio manual, solução que agrada a frotistas e a quem não precisa de números altos de torque, embora possa restringir o apelo entre usuários urbanos que preferem transmissão automática.
Nos ensaios de eficiência do Inmetro, a Oroch 1.6 registra 7,6 km/l na cidade e 8,1 km/l na estrada (etanol), ou 11,3 km/l e 11,7 km/l (gasolina).
A caçamba de 683 litros e a capacidade de carga que chega a 650 kg a 680 kg, conforme a versão, garantem utilidade real para trabalho e lazer.
Em equipamentos, controles de tração e estabilidade, controle de velocidade e visual aventureiro compõem a lista de série.
O posicionamento de preços costuma ser um chamariz, ficando abaixo das rivais que oferecem motor turbo e câmbio automático.
Para quem faz contas de propriedade e prioriza estrutura simples, a picape ainda entrega um pacote racional.
Mitsubishi Eclipse Cross: SUV médio com nome forte e pacote completo
Na seara dos SUVs médios, o Eclipse Cross mantém o motor 1.5 turbo a gasolina de 165 cv com CVT, além de versões com tração 4×2 ou 4×4.
A configuração Rush, por exemplo, já traz sete airbags, piloto automático e multimídia de 10″, oferecendo um conjunto fechado por preços que geralmente ficam abaixo dos líderes do segmento.
Segundo o Inmetro, as médias oficiais de consumo do modelo ficam em 10,3 km/l na cidade e 11,3 km/l na estrada (gasolina), números alinhados ao porte e ao foco em conforto.
Em tamanho, são 4,54 m de comprimento e 2,67 m de entre-eixos, com porta-malas na casa de 473 litros, suficientes para a família e bagagens de fim de semana.
A combinação de direção leve, bom isolamento acústico e pacote de segurança amplo sustenta a proposta de conforto — mesmo com vendas bem menores que as do Jeep Compass.
Para quem quer sair do óbvio, a relação entre conteúdo e preço é um argumento recorrente, especialmente nas configurações de entrada, que já entregam o essencial sem inflacionar a conta.
Peugeot 2008: visual sofisticado e motor semi-híbrido eficiente
Entre os SUVs compactos, o Peugeot 2008 ganhou fôlego com a chegada do conjunto semi-híbrido de 12V associado ao motor 1.0 turbo de 130 cv nas versões de topo, mantendo as opções com o mesmo 1.0 sem eletrificação em outras configurações.
O desenho externo e o acabamento interno seguem como diferenciais percebidos em showroom, mas é no consumo que o modelo atualizado mais evoluiu.
De acordo com o Inmetro, a versão GT T200 Hybrid anota 9,0 km/l na cidade e 9,6 km/l na estrada (etanol); com gasolina, faz 13,0 km/l e 13,7 km/l nos mesmos ciclos.
As medidas — 4,30 m de comprimento e 2,61 m de entre-eixos — colocam o 2008 no coração do segmento, com bom uso do espaço e porta-malas compatível com a proposta familiar.
Itens como freio de estacionamento eletrônico, rodas de 17″ e multimídia atualizada estão presentes, e a rede costuma trabalhar com campanhas de preço nas versões mais equipadas.
Para quem dirige majoritariamente na cidade, o sistema de 12V ajuda em retomadas e arrancadas curtas, contribuindo para a eficiência sem alterar a experiência de uso.
Carro bônus: Nissan Versa, o sedã racional e econômico
Entre os sedãs compactos, o Nissan Versa aparece como alternativa de preço, espaço traseiro e consumo.
O motor 1.6 flex de 113 cv trabalha com câmbio CVT, priorizando suavidade.
Os números oficiais do Inmetro ficam em 7,9 km/l na cidade e 10,5 km/l na estrada (etanol), ou 11,5 km/l e 15,0 km/l (gasolina), desempenho que interessa a quem roda muito e quer previsibilidade de gastos.
No tamanho, o sedã mede 4,49 m de comprimento, tem 2,62 m de entre-eixos e porta-malas de 482 litros (padrão VDA), ponto alto da carroceria três volumes para famílias e motoristas de aplicativo.
Equipamentos como direção elétrica, assistente de partida em rampa e bancos com tecnologia Zero Gravity aparecem na gama, reforçando conforto e ergonomia sem elevar o preço ao patamar de sedãs maiores.
Em um cenário com vitrines lotadas e marketing concentrado nos campeões de venda, esses modelos oferecem argumentos concretos de uso real — seja na versatilidade dos sete lugares, na robustez de caçamba, no pacote fechado de um SUV médio ou no consumo contido de um sedã racional.
Na sua situação, qual desses “esquecidos” te parece o melhor negócio hoje?