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3 motores que mais recebem reclamações no Brasil, segundo levantamentos de oficinas independentes, registros do Procon e relatos frequentes

Publicado em 15/08/2025 às 23:53
Ford Ka, Polo, Virtus e Strada compartilham problema: motores promissores que decepcionam com falhas recorrentes e revisões além do previsto
Ford Ka, Polo, Virtus e Strada compartilham problema: motores promissores que decepcionam com falhas recorrentes e revisões além do previsto
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Ford 1.0 Dragon, Volkswagen 1.0 TSI e Fiat 1.3 Firefly acumulam registros de falhas, altos custos de reparo e insatisfação de proprietários

Levantamentos de oficinas independentes, registros no Procon e relatos de consumidores apontam que existem motores que mais recebem reclamações no Brasil por falhas recorrentes e manutenção cara. A busca por eficiência, downsizing e redução de emissões levou montadoras a lançarem propulsores menores e modernos, mas alguns não entregaram a confiabilidade esperada.

Entre os mais citados, destacam-se o Ford 1.0 Dragon, o Volkswagen 1.0 TSI e o Fiat 1.3 Firefly. Todos têm boa proposta técnica, mas se tornaram alvo de críticas pela durabilidade questionável e pelos custos de reparo acima do esperado.

Ford 1.0 Dragon — superaquecimento e desgaste precoce

O Ford 1.0 3 cilindros Dragon foi utilizado em modelos como Ka, Ka Sedan e EcoSport entre 2017 e 2021. Desenvolvido para competir no segmento de entrada com mais potência e eficiência, o motor entrega até 136 cv, mas logo surgiram reclamações de superaquecimento, queima de junta do cabeçote e consumo excessivo de óleo.

Muitos proprietários relatam falhas logo após o fim da garantia, com reparos que ultrapassam R$ 5.000 em concessionárias. Como consequência, esses modelos perderam valor de revenda no mercado de usados, já que o risco de problemas graves afastou potenciais compradores.

Volkswagen 1.0 TSI — potência e economia com dor de cabeça

O Volkswagen 1.0 TSI foi elogiado ao chegar ao Brasil em 2015 por unir desempenho e baixo consumo em carros como Up! TSI, Polo, Virtus, T-Cross e Nivus. Com até 128 cv e torque de 20,4 kgfm, entrega respostas rápidas e eficiência no consumo. Porém, tornou-se um dos motores que mais recebem reclamações no Brasil.

As principais críticas envolvem consumo excessivo de óleo, falhas em bobinas e bicos injetores e o desgaste precoce da correia dentada banhada em óleo. Esse sistema, apesar de moderno, exige substituições caras, que podem chegar a R$ 4.000 em autorizadas, frustrando quem esperava custo de manutenção mais baixo.

Fiat 1.3 Firefly — tecnologia nova, mas contestada

O Fiat 1.3 Firefly, lançado em 2017, equipa modelos como Argo, Cronos, Strada e Toro. O motor foi projetado para substituir a antiga família Fire, oferecendo mais eficiência e redução de emissões. No entanto, relatos frequentes de proprietários apontam vibração acima do normal, consumo irregular de óleo e até quebra da corrente de comando.

Embora seja moderno e eficiente, a confiabilidade do Firefly é questionada em unidades mais rodadas. Quando há falhas na corrente de comando, o reparo pode ultrapassar R$ 6.000, elevando os custos de manutenção e tornando-se um dos fatores que o colocam entre os motores que mais recebem reclamações no Brasil.

Comparativo direto

MotorProblema mais graveModelos afetadosCusto médio de reparo
Ford 1.0 DragonSuperaquecimento e junta queimadaKa, Ka Sedan, EcoSportR$ 4.500–6.000
VW 1.0 TSIConsumo excessivo de óleo e correia banhada em óleoUp!, Polo, Virtus, T-Cross, NivusR$ 3.500–4.500
Fiat 1.3 FireflyCorrente de comando e vibraçãoArgo, Cronos, Strada, ToroR$ 5.500–7.000

Os três exemplos mostram como a pressa em lançar motores modernos pode resultar em problemas recorrentes e altos custos para o consumidor. Apesar de entregarem eficiência, potência e tecnologia, são propulsores que exigem manutenção rigorosa e inspeções frequentes. Para quem procura um carro usado com tranquilidade, é essencial avaliar o histórico de revisões, exigir laudos mecânicos e considerar esses riscos antes da compra.

Você já teve um carro com algum desses motores? Teve problemas ou conseguiu rodar sem dores de cabeça? Deixe seu relato nos comentários — sua experiência pode ajudar outros motoristas a evitar prejuízos.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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