Ford 1.0 Dragon, Volkswagen 1.0 TSI e Fiat 1.3 Firefly acumulam registros de falhas, altos custos de reparo e insatisfação de proprietários
Levantamentos de oficinas independentes, registros no Procon e relatos de consumidores apontam que existem motores que mais recebem reclamações no Brasil por falhas recorrentes e manutenção cara. A busca por eficiência, downsizing e redução de emissões levou montadoras a lançarem propulsores menores e modernos, mas alguns não entregaram a confiabilidade esperada.
Entre os mais citados, destacam-se o Ford 1.0 Dragon, o Volkswagen 1.0 TSI e o Fiat 1.3 Firefly. Todos têm boa proposta técnica, mas se tornaram alvo de críticas pela durabilidade questionável e pelos custos de reparo acima do esperado.
Ford 1.0 Dragon — superaquecimento e desgaste precoce
O Ford 1.0 3 cilindros Dragon foi utilizado em modelos como Ka, Ka Sedan e EcoSport entre 2017 e 2021. Desenvolvido para competir no segmento de entrada com mais potência e eficiência, o motor entrega até 136 cv, mas logo surgiram reclamações de superaquecimento, queima de junta do cabeçote e consumo excessivo de óleo.
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Muitos proprietários relatam falhas logo após o fim da garantia, com reparos que ultrapassam R$ 5.000 em concessionárias. Como consequência, esses modelos perderam valor de revenda no mercado de usados, já que o risco de problemas graves afastou potenciais compradores.
Volkswagen 1.0 TSI — potência e economia com dor de cabeça
O Volkswagen 1.0 TSI foi elogiado ao chegar ao Brasil em 2015 por unir desempenho e baixo consumo em carros como Up! TSI, Polo, Virtus, T-Cross e Nivus. Com até 128 cv e torque de 20,4 kgfm, entrega respostas rápidas e eficiência no consumo. Porém, tornou-se um dos motores que mais recebem reclamações no Brasil.
As principais críticas envolvem consumo excessivo de óleo, falhas em bobinas e bicos injetores e o desgaste precoce da correia dentada banhada em óleo. Esse sistema, apesar de moderno, exige substituições caras, que podem chegar a R$ 4.000 em autorizadas, frustrando quem esperava custo de manutenção mais baixo.
Fiat 1.3 Firefly — tecnologia nova, mas contestada
O Fiat 1.3 Firefly, lançado em 2017, equipa modelos como Argo, Cronos, Strada e Toro. O motor foi projetado para substituir a antiga família Fire, oferecendo mais eficiência e redução de emissões. No entanto, relatos frequentes de proprietários apontam vibração acima do normal, consumo irregular de óleo e até quebra da corrente de comando.
Embora seja moderno e eficiente, a confiabilidade do Firefly é questionada em unidades mais rodadas. Quando há falhas na corrente de comando, o reparo pode ultrapassar R$ 6.000, elevando os custos de manutenção e tornando-se um dos fatores que o colocam entre os motores que mais recebem reclamações no Brasil.
Comparativo direto
Motor | Problema mais grave | Modelos afetados | Custo médio de reparo |
---|---|---|---|
Ford 1.0 Dragon | Superaquecimento e junta queimada | Ka, Ka Sedan, EcoSport | R$ 4.500–6.000 |
VW 1.0 TSI | Consumo excessivo de óleo e correia banhada em óleo | Up!, Polo, Virtus, T-Cross, Nivus | R$ 3.500–4.500 |
Fiat 1.3 Firefly | Corrente de comando e vibração | Argo, Cronos, Strada, Toro | R$ 5.500–7.000 |
Os três exemplos mostram como a pressa em lançar motores modernos pode resultar em problemas recorrentes e altos custos para o consumidor. Apesar de entregarem eficiência, potência e tecnologia, são propulsores que exigem manutenção rigorosa e inspeções frequentes. Para quem procura um carro usado com tranquilidade, é essencial avaliar o histórico de revisões, exigir laudos mecânicos e considerar esses riscos antes da compra.
Você já teve um carro com algum desses motores? Teve problemas ou conseguiu rodar sem dores de cabeça? Deixe seu relato nos comentários — sua experiência pode ajudar outros motoristas a evitar prejuízos.