Amsterdã, Nova Orleans e Jacarta enfrentam riscos crescentes com o avanço do mar e recorrem à engenharia para evitar tragédias
Três cidades abaixo do nível do mar vivem em alerta máximo por causa do aumento do nível das águas e da frequência de eventos climáticos extremos. São regiões urbanas que desafiam a geografia e dependem de soluções tecnológicas e planejamento rigoroso para manter milhões de pessoas a salvo.
Segundo dados do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), cidades como Amsterdã, Nova Orleans e Jacarta estão entre as mais vulneráveis do mundo. Elas adotam diques, bombas e muros costeiros para conter a água, mas enfrentam limites técnicos diante do avanço do mar.
Amsterdã: a cidade que vive com os pés na água

Localizada abaixo do nível do mar em até 6 metros, Amsterdã vive em alerta máximo desde a Idade Média. Para proteger seus 900 mil habitantes, os Países Baixos criaram o sistema de diques mais complexo do planeta. O projeto Delta Works inclui barreiras móveis que fecham canais inteiros em tempestades.
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Mesmo com o sistema avançado, o governo holandês já discute realocar populações em caso de eventos extremos. O KNMI, serviço meteorológico oficial, prevê que o nível do mar na região pode subir até 1,2 metro até o fim do século.
Nova Orleans: tragédia recente molda vigilância constante

Nova Orleans também vive em alerta máximo desde que o furacão Katrina devastou a cidade em 2005. Mais de 1.800 pessoas morreram, após os diques que protegiam a cidade falharem. Localizada entre o rio Mississippi e o Lago Pontchartrain, parte da cidade está até 2,5 metros abaixo do mar.
Desde então, os Estados Unidos investiram mais de US$ 14 bilhões no reforço dos sistemas de contenção. A cidade agora conta com bombas automatizadas e muros hidráulicos, mas especialistas alertam que a subsidência do solo agrava o risco a cada ano.
Jacarta: cidade afunda enquanto o mar sobe

Com cerca de 10 milhões de habitantes, Jacarta vive em alerta máximo porque enfrenta dois problemas ao mesmo tempo: o mar avança e o solo afunda. Estudos do governo indonésio indicam que partes da cidade afundam até 25 cm por ano, consequência da retirada excessiva de água subterrânea.
O projeto “Grande Dique Marítimo”, uma gigantesca barreira costeira, está em construção para conter o mar. Mas especialistas como os da Deltares, consultoria holandesa que auxilia no plano, alertam que a obra precisa ser concluída até 2030 para evitar perdas irreversíveis.
Na sua opinião, o Brasil está preparado para enfrentar cenários parecidos em cidades costeiras como Santos e Recife?


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