1. Início
  2. / Energia Renovável
  3. / 21 Centrais Hidrelétricas de geração de energia chegarão ao Paraná em até 5 anos, segundo dados da Aneel
Localização PR Tempo de leitura 3 min de leitura

21 Centrais Hidrelétricas de geração de energia chegarão ao Paraná em até 5 anos, segundo dados da Aneel

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 29/08/2022 às 23:45
Hidrelétrica, energia, Paraná
Foto: reprodução www.gov.br

O Paraná já possui algumas centrais hidrelétricas de geração de energia e, com essas, o estado vai contar com 39 PCHs, conforme a Aneel

O Paraná deverá receber mais do que a metade do número de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) existentes em seu território em apenas 5 anos, totalizando 21 empreendimentos a mais de energia ao grupo de 39 existentes até o ano de 2027. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que também mostram que nove empreendimentos, que juntam 19 obras, são hoje consideradas em andamento. Outros 12, que envolvem 29 obras, ainda não foram iniciados.

As Pequenas Centrais Hidrelétricas de energia são como usinas com capacidade de geração entre 5 megawatts (MW) e 30 MW, uma potência maior do que a que é produzida pelas Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs), que desenvolvem até 5 MW de energia. Juntas, as potências desenvolvidas por esses dois tipos de Hidrelétricas no Paraná geram apenas 3% do montante total no estado.

Mas, juntas, PCHs e CGHs representam 98% de toda a potência desenvolvida entre as formas menos dispendiosas de se obter energia no Paraná (532 MW), uma região que conta ainda com usinas eólicas e fotovoltaicas. A maior parte da produção ainda é feita pelas grandes hidrelétricas e termelétricas, quase 17 mil MW.

Construção das Pequenas Centrais Hidrelétricas no Paraná

Das hidrelétricas que estão sendo desenvolvidas no Paraná, a São Luís, cujo proprietário é a Tito Produtora de Energia Elétrica, apresenta três obras de 10 MW cada, alcançando 30 MW de potência, com previsão de início de operação para maio de 2025, nos municípios de Clevelândia e Honório Serpa.

Também, em segundo lugar, estão as duas hidrelétricas da Confluência Energia S/A, na região de Prudentópolis e no Turvo. Juntas, elas vão gerar mais de 27 MW, tendo início a operação para julho de 2023. As nove construções de hidrelétricas que ainda se encontram em andamento, e que envolvem 19 obras associadas, devem adicionar 117 MW de energia ao sistema.

De julho do ano passado até este momento, sete novas hidrelétricas compuseram o sistema, sendo quatro delas liberadas para operar neste ano. São elas: Foz do Estrela, Dois Saltos, Taguá e Invernadinha.

No Paraná, atualmente há, em operação, 39 PCHs e 72 CGHs, que totalizam 547 MW outorgados, termo que corresponde ao potencial de geração de energia permitido pelo órgão ambiental ao empreendimento no ato do licenciamento.

Potencial de geração das Hidrelétricas

De acordo com dados mais atuais da Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas e CGHs (ABRAPCH), a partir de informações da Aneel, o Paraná teria potencial para a construção de 162 PCHs e CGHs, com aproximadamente 1,7 mil MW de energia inexplorada ainda no estado, que poderiam significar R$ 12 bilhões em investimentos e 100 mil empregos diretos gerados.

O Paraná, de acordo com a associação, tem sido um dos estados que mais está avançando no licenciamento ambiental de pequenas usinas de energia, com 191 documentos emitidos pelo Instituto Água e Terra, vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, entre Licença Prévia, de Instalação e de Operação, para mais de 60 empreendimentos.

Apesar dessa agilidade de geração de energia, a presidente da ABRAPCH, Alessandra Torres, diz que o licenciamento ambiental permanece sendo um grande entrave para o desenvolvimento do setor de energia elétrica.

“Juntamente com a cultura de demonização de hidrelétricas e seus reservatórios”, declara a presidente, que cita como um diferencial essencial, em relação a outras fontes de energia renovável, a energia hídrica ser uma energia firme, que pode e deve complementar as energias desenvolvidas de origem eólica e solar, que sofrem com a intermitência.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

Compartilhar em aplicativos