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20 BILHÕES e 5 MIL empregos! Governo autoriza projeto que promete revolução no Brasil e pode tornar Nordeste em uma potência jamais vista em energia limpa

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 26/10/2024 às 11:32
Brasil autoriza megaprojeto de hidrogênio verde que promete criar 5 mil empregos e transformar o Nordeste em potência em energia limpa.
Brasil autoriza megaprojeto de hidrogênio verde que promete criar 5 mil empregos e transformar o Nordeste em potência em energia limpa.

Brasil está pronto para receber um investimento de R$ 20 bilhões para a produção de hidrogênio verde no Nordeste. Com a promessa de transformar a região em um polo de energia sustentável e criar milhares de empregos, o projeto marca um novo passo para a descarbonização do país.

O futuro da energia no Brasil está mais próximo do que nunca de uma revolução verde de proporções inéditas.

Um ambicioso projeto, que visa transformar o Nordeste em um polo de energia limpa, promete benefícios bilionários e milhares de empregos.

O Complexo Industrial e Portuário do Pecém, na região metropolitana de Fortaleza (CE), foi escolhido como o palco para a instalação da maior planta de produção de hidrogênio verde do país.

Com um investimento estimado em R$ 20 bilhões e a expectativa de gerar 5 mil vagas de trabalho, o projeto da multinacional australiana Fortescue avança com o apoio do governo federal e estadual.

O projeto, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), conta com autorização do governo e destaca-se como o maior investimento de produção de hidrogênio verde (H2V) no Brasil.

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O hidrogênio verde é uma forma de combustível sustentável que utiliza processos que não emitem carbono, resultando em uma alternativa mais limpa aos combustíveis fósseis.

Em um cenário de crescente demanda por energia limpa, a iniciativa tem tudo para colocar o Brasil em destaque na transição energética global.

A preparação para as obras começa ainda neste ano, com a empresa conduzindo estudos de impactos ambientais e de engenharia.

A decisão final de investimento, que dará sinal verde para a construção, está prevista para 2025, conforme informou a Fortescue.

A primeira fase do projeto prevê a criação de uma planta com capacidade de produção de 1,2 gigawatts (GW) anuais, que poderá chegar a 2,1 GW em uma etapa futura.

Para efeito de comparação, a usina de Itaipu, uma das maiores hidrelétricas do mundo, tem capacidade de 14 GW.

Fortescue: da mineração à energia verde

Fundada em 2003 como uma mineradora, a Fortescue Metals Group, agora chamada apenas de Fortescue, passou a investir em energia verde em sua recente guinada sustentável.

Listada na Bolsa de Valores da Austrália, a companhia reportou uma receita de US$ 16 bilhões em 2023 e tem projetos em andamento nos Estados Unidos, Austrália, Marrocos, Omã, entre outros países.

Segundo o country manager da Fortescue no Brasil, Luis Viga, “O Brasil foi escolhido como um dos projetos prioritários pela empresa no mundo. Nossa planta de hidrogênio verde será um marco para a neoindustrialização do país.”

A empresa segue ativa no setor de mineração, mas vem se destacando pelo compromisso em descarbonizar suas operações, sendo pioneira nesse compromisso entre mineradoras, conforme informado ao site IstoÉ Dinheiro.

Entenda o que é o hidrogênio verde

O hidrogênio, embora seja o elemento mais abundante no universo, não é encontrado em estado puro e precisa ser isolado, o que demanda grande quantidade de energia.

Através de um processo chamado hidrólise, é possível extrair o hidrogênio a partir de água ou biomassa, desde que utilizando fontes renováveis.

Este hidrogênio produzido sem emissões de carbono é considerado “verde” e, assim, ecologicamente vantajoso.

O uso do hidrogênio verde não se limita a uma única aplicação.

Ele pode abastecer setores industriais com necessidades energéticas específicas, como a queima direta em fornos e aquecedores, e também é utilizado como combustível para foguetes e até em veículos movidos a H2.

No Brasil, o H2V ainda é usado principalmente no refino de petróleo e na produção de fertilizantes.

Com a sua característica de não emitir carbono, ele se torna uma das principais apostas para a descarbonização do planeta.

Na União Europeia, o Banco Europeu de Hidrogênio financia iniciativas envolvendo esse combustível, refletindo o potencial do hidrogênio verde em promover uma mudança mundial para fontes de energia mais limpas.

Pecém: localização estratégica para a exportação

A escolha do Pecém como local para o projeto não é coincidência.

O complexo, resultado de uma parceria entre o governo do Ceará e o Porto de Rotterdam, da Holanda, tem fácil acesso ao mercado internacional e posição vantajosa para exportação, especialmente para os Estados Unidos e Europa.

Além disso, a infraestrutura já existente no local e a presença de 100 parques eólicos no Ceará tornam o Pecém uma escolha estratégica.

Atualmente, o Ceará lidera a produção de hidrogênio verde no Brasil, concentrando 41% dos investimentos, cerca de R$ 110,6 bilhões, de acordo com dados da CNI.

Em todo o país, o setor de H2V contabiliza mais de R$ 188 bilhões em investimentos.

Outras áreas próximas a portos também atraem projetos do tipo, como os portos de Parnaíba (PI), Suape (PE) e Açu (RJ), que somam bilhões em investimentos e seguem impulsionando o desenvolvimento do H2V para exportação.

Hidrogênio verde e o futuro do mercado brasileiro

A Fortescue aposta também no crescimento do mercado interno de hidrogênio verde, prevendo que futuramente o combustível seja utilizado na produção de fertilizantes para o agronegócio no Centro-Oeste, além de aplicações no setor de aço, cimento e combustíveis ecológicos distribuídos por todo o país.

A expectativa é que o desenvolvimento do mercado nacional também viabilize a distribuição em larga escala de produtos sustentáveis, trazendo benefícios econômicos e ambientais para diversas regiões.

Este projeto coloca o Brasil em uma posição de destaque no setor de energia limpa global, com potencial para atrair investimentos, gerar emprego e consolidar o país como referência no desenvolvimento de tecnologias sustentáveis.

Será que o hidrogênio verde finalmente transformará o Brasil em uma potência sustentável global?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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