Hyundai Creta 2017 e Honda HR-V 2015/2016 se destacam entre os SUVs com motor confiável, aliando baixo índice de panes, custos sob controle e liquidez no mercado de usados
Os SUVs com motor confiável seguem no topo da lista de quem precisa de carro para a rotina, viagens e trabalho, sem dor de cabeça na oficina. Nesta faixa de até R$ 75 mil, dois nomes aparecem com frequência entre compradores e lojistas: Hyundai Creta 2017 (1.6) e Honda HR-V 2015/2016 (1.8). Eles combinam mecânica robusta, peças disponíveis e histórico positivo de pós-venda.
No radar de quem pensa em revenda, ambos preservam valor acima da média do segmento, com procura constante nos classificados. A regra de ouro continua valendo: histórico de manutenção em dia pesa mais do que qualquer detalhe de acabamento. A seguir, o que muda entre eles — e qual faz mais sentido para cada perfil.
Por que estes dois? Critérios de confiabilidade e custo real
Escolhemos modelos com motores amplamente conhecidos na rede independente, sem soluções exóticas e com ampla oferta de componentes.
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No Creta 1.6, o propulsor Gamma flex prioriza simplicidade, enquanto o HR-V aproveita o 1.8 i-VTEC consagrado pela durabilidade.
Ambos são reconhecidos por exigir poucas intervenções corretivas quando a preventiva é respeitada.
Outro ponto foi a liquidez. Creta e HR-V mantêm boa saída no mercado, ajudados por reputação sólida e uso urbano predominante.
Isso reduz o risco de ficar com o carro parado quando chegar a hora de vender, um detalhe que impacta o custo total de propriedade.
Hyundai Creta 2017 (1.6): robustez simples que funciona
O Creta de primeira geração estreou no Brasil em 2017 com proposta clara: entregar confiabilidade e espaço.
O motor 1.6 Gamma flex (130 cv/16,5 kgfm no etanol) é conhecido por sua construção simples e resistente.
Com câmbio manual ou automático de 6 marchas, atende bem ao uso cotidiano; nas retomadas mais exigentes, o 1.6 pode parecer “curto de fôlego”, mas compensa na previsibilidade.
Por dentro, o Creta oferece bom espaço e porta-malas de 431 litros, adequado para família e malas de viagem.
O acerto de suspensão privilegia conforto, filtrando bem os buracos do dia a dia.
Na manutenção, costuma ser mais em conta, com disponibilidade ampla de peças e mão de obra conhecida.
Ponto de atenção: o consumo urbano não é referência, especialmente no automático; na estrada, ele se aproxima de rivais.
Para quem é: motorista que valoriza custo de manutenção baixo, espaço e rotina urbana/rodoviária sem pressa.
Para quem não é: quem exige respostas mais vigorosas em ultrapassagens frequentes ou roda sempre carregado.
Honda HR-V 2015/2016 (1.8): versatilidade e durabilidade com toque de eficiência
O HR-V ganhou fama de “inimigo do mecânico” graças ao 1.8 i-VTEC flex (até 140 cv/17,4 kgfm) e ao conjunto robusto.
A transmissão CVT prioriza suavidade e consumo, mantendo o motor em giros baixos em velocidade de cruzeiro.
Em acelerações fortes, o ruído contínuo do CVT é característica do sistema, não defeito.
O grande trunfo está no interior versátil: o Magic Seat permite múltiplas configurações, levando objetos longos ou altos sem sofrimento.
O porta-malas de 437 litros e o entre-eixos de 2,61 m ampliam a sensação de espaço. A manutenção costuma ser pouco frequente, mas peças originais podem custar mais que as do Hyundai.
Pontos de atenção relatados por proprietários incluem módulo do ABS e desgaste de coxim de motor (que gera vibrações), ambos mitigáveis com revisão criteriosa e histórico em dia.
Para quem é: quem busca versatilidade interna real, consumo mais estável em rodovia e revenda muito forte.
Para quem não é: quem prefere câmbio tradicional com trocas “perceptíveis” ou quer custo de peça sempre mais baixo.
Motores e câmbios: como entregam na prática
No Creta, o 1.6 Gamma com comando variável duplo (Dual VTVT) foi feito para durar e simplificar.
É um conjunto “sem manha”, fácil de diagnosticar e consertar, e aceita bem tanto câmbio manual quanto automático de 6 marchas. A calibragem privilegia progressividade.
No HR-V, o 1.8 i-VTEC deriva de aplicações vastas da Honda.
Entregue com CVT, o foco é eficiência, favorecendo médias melhores de consumo em estrada. Em uso urbano pesado, o ganho é menor, mas ainda competitivo.
Resumo honesto: Creta é o “feijão com arroz confiável”; HR-V oferece um passo a mais em eficiência e versatilidade, com custo de peça potencialmente superior.
Consumo, espaço e uso real: o que esperar
Em ciclo urbano, as médias de Creta 1.6 e HR-V 1.8 são próximas, variando conforme trânsito e ar-condicionado.
Em estrada, o HR-V tende a levar vantagem, graças ao CVT que segura giros em cruzeiro. Se seu roteiro semanal inclui rodovias, o Honda costuma render um custo por quilômetro ligeiramente menor.
Nas medidas, o HR-V é um pouco maior (4.330 mm de comprimento e 2.610 mm de entre-eixos) e usa o Magic Seat para turbinar a usabilidade.
O Creta (4.270 mm/2.590 mm) compensa com acesso fácil à caçamba interna e acabamento honesto, priorizando o que importa no dia a dia.
Em ambos, quatro adultos viajam confortáveis; no HR-V, cinco vão melhor graças ao espaço traseiro.
Manutenção, peças e revenda: onde entra o dinheiro
Manutenção preventiva é barata e previsível no Creta 1.6 — filtros, velas, fluídos e pastilhas estão amplamente disponíveis.
No HR-V, a periodicidade costuma ser maior (pelo menor índice de panes), mas peças originais tendem a custar mais.
A matemática final depende do estado do exemplar escolhido: histórico, notas de serviço e laudo cautelar valem ouro.
Na revenda, os dois têm liquidez, com o Honda historicamente um degrau acima pela percepção de durabilidade e pelo apelo da marca.
Para quem pensa em ficar dois ou três anos, isso reduz depreciação e acelera a troca.
Qual levar para a garagem?
Se você prioriza manutenção simples, rede ampla e custo por peça mais baixo, o Hyundai Creta 2017 (1.6) é o caminho lógico.
Se a prioridade é versatilidade, consumo mais estável em rodovia e revenda ainda mais forte, o Honda HR-V 2015/2016 (1.8) faz mais sentido.
Em ambos os casos, o estado do carro manda no veredito final: priorize exemplares com revisões carimbadas, sem sinistro e com laudo 100% aprovado.
Entre SUVs com motor confiável, você ficaria com o Creta 1.6 pela manutenção mais barata ou com o HR-V 1.8 pela versatilidade e revenda? Qual média de consumo você tem visto na prática? Conte sua experiência — seu relato ajuda outros leitores a decidir sem sustos.