Um robô projetado para saltar mais alto que a Estátua da Liberdade está sendo desenvolvido por engenheiros, e um dia poderá ser enviado ao espaço. Descubra como essa invenção pode revolucionar a robótica e as viagens espaciais!
Uma equipe de engenheiros revelou o projeto de um robô inovador, capaz de saltar impressionantes 120 metros de altura. Esse salto seria alto o suficiente para superar a Estátua da Liberdade, um dos monumentos mais icônicos do mundo.
O potencial desse robô não para por aí: ele pode alcançar até 200 metros de altura em locais com menor gravidade, como a Lua.
Por que o robô saltador é importante?
A principal aplicação deste robô seria em terrenos acidentados, como cavernas e florestas densas, onde robôs convencionais enfrentam dificuldades.
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O robô tem pernas prismáticas exclusivas equipadas com molas extensíveis, que maximizam a eficiência na transformação de energia elástica em energia cinética durante o salto.
De acordo com os pesquisadores, o robô pode saltar a alturas muito superiores ao próprio tamanho, chegando a atingir mais de seis vezes o recorde atual de robôs saltadores. Esses avanços foram publicados em maio de 2024 na revista científica Mechanism and Machine Theory.
O design inovador do robô
O protótipo de 40 cm de altura já demonstrou a eficiência do projeto, sendo capaz de realizar saltos de mais de 1,6 metros. Mesmo que robôs saltadores já existam, o desenvolvimento desse projeto enfrenta o desafio de alcançar alturas maiores com eficiência energética.
Segundo John Lo, um dos pesquisadores responsáveis, o projeto inovador pode revolucionar o desempenho de robôs saltadores, principalmente aqueles movidos por molas.
A tecnologia existente em robôs com rodas ou pernas, como os modelos Atlas e Spot, da Boston Dynamics, não é ideal para terrenos complicados.
Robôs com pernas saltadoras, entretanto, podem superar obstáculos grandes, como penhascos ou superfícies íngremes.
Saltos mais eficientes
Uma das principais vantagens do novo robô está na eficiência energética. O mecanismo de amplificação de potência, comum em animais como pulgas e gafanhotos, permite que a energia elástica seja convertida em energia cinética, resultando em saltos mais altos.
No entanto, um problema recorrente em designs anteriores é a decolagem antes da liberação completa da energia armazenada na mola. Isso desperdiça o potencial de salto e reduz a eficácia da máquina.
Os engenheiros da equipe responsável pelo projeto optaram por um design que combina o melhor de dois mundos: o movimento prismático linear das pernas, semelhante a um pistão, com um design leve e aerodinâmico que permite saltos mais estáveis e eficientes.
Desafios e aprimoramentos futuros
A equipe de pesquisadores, liderada por Ben Parslew, da Universidade de Manchester, precisou enfrentar várias perguntas sobre a estrutura do robô.
Um dos principais dilemas era se ele deveria ter pernas semelhantes às de cangurus ou um sistema mais semelhante a pistões.
Testes iniciais mostraram que um design prismático, com pernas que se moviam em linha reta, gerava problemas de inércia, enquanto um design rotacional resultava em saltos menos eficazes.
Combinando os dois designs, a equipe conseguiu solucionar grande parte desses desafios. Ao deslocar o peso para a parte superior do robô e melhorar a aerodinâmica da parte inferior, eles alcançaram maior estabilidade e eficiência energética.
Além disso, o uso de pernas prismáticas lineares garantiu que o robô aproveitasse ao máximo a energia armazenada nas molas.
O futuro do robô saltador
O próximo passo no desenvolvimento deste robô saltador será aprimorar o controle da direção dos saltos e reutilizar a energia cinética gerada ao pousar.
Com isso, os engenheiros esperam aumentar o número de saltos que o robô pode realizar com uma única carga de energia, tornando-o ainda mais eficiente para missões prolongadas.
Outro foco de estudo é a criação de designs compactos, ideais para viagens espaciais. O robô saltador pode se tornar uma ferramenta indispensável para explorar locais de difícil acesso tanto na Terra quanto em outros corpos celestes, como Marte ou a Lua.
Em suma, essa inovação representa um avanço importante no campo da robótica, abrindo portas para uma nova era de exploração tanto em terrenos terrestres inóspitos quanto em missões espaciais futuras.