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108 MIL empregos em risco! Professor da USP entra com ação para PARAR operações de gigantes como Raízen, BP Bunge Bioenergia e BrasilAgro, ameaçando todo o setor agro brasileiro e colocando em risco milhares de famílias

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 13/08/2024 às 18:43
Professor da USP entra com ação para PARAR operações de gigantes como Raízen, BP Bunge Bioenergia e BrasilAgro. (Imagem: reprodução)
Professor da USP entra com ação para PARAR operações de gigantes como Raízen, BP Bunge Bioenergia e BrasilAgro. (Imagem: reprodução)

Mas o impacto dessa medida pode ser ainda mais profundo do que se imagina, potencialmente colocando em risco mais de 100 mil empregos em todo o país. O que está em jogo aqui é muito mais do que questões jurídicas – é o futuro de uma parte significativa da economia nacional.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Rodrigo Monteferrante Ricupero, professor do Departamento de História da USP, iniciou uma série de ações populares contra essas gigantes do setor sucroenergético e agroindustrial, alegando que as empresas em questão não seguiram as regulamentações necessárias para a aquisição e uso de terras rurais por empresas com participação estrangeira.

De acordo com Ricupero, essas operações deveriam ter sido submetidas à análise do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ou ao Congresso Nacional, conforme manda a lei. Ele pede, entre outras coisas, a suspensão dos negócios já firmados.

O impacto econômico e social

Essas empresas representam uma força de trabalho colossal no Brasil. A Raízen, por exemplo, é responsável por mais de 40 mil empregos. A BP Bunge Bioenergia, que nasceu da fusão entre BP e Bunge, emprega cerca de 13 mil pessoas diretamente e indiretamente.

A Bracell, gigante na produção de celulose, mantém 25 mil trabalhadores, sendo 11 mil em empregos diretos. SLC Agrícola e BrasilAgro juntas também empregam mais de 30 mil colaboradores. A paralisação dessas operações pode desencadear um efeito dominó devastador, impactando milhares de famílias e comunidades em todo o país.

As ações judiciais em detalhes

Até o momento, quatro das ações de Ricupero estão na Justiça Federal de São Paulo, tendo como alvos principais BP Bunge Bioenergia, Bracell, BrasilAgro e Raízen. Uma quinta ação foi movida no Rio Grande do Sul, mirando a SLC Agrícola. Em uma das ações, o juiz federal Paulo Cezar Neves Junior já determinou que o Incra e a União se manifestem em 15 dias.

Se o pleito do Professor da USP for aceito, ele pode praticamente paralisar as operações dessas empresas, suspendendo a atuação de administradores estrangeiros e a distribuição de dividendos a acionistas fora do país.

Professor da USP e seu argumento de soberania nacional

Segundo Noirma Murad, advogada que representa Ricupero, o caso é uma questão de soberania nacional. “Ninguém é contra estrangeiros, mas a lei precisa ser cumprida”, afirmou ela em entrevista.

A preocupação do Professor da USP está enraizada na necessidade de proteger o controle das terras brasileiras, uma questão que vem sendo debatida com intensidade desde a mudança no entendimento legal em 2010, que limitou a compra e o arrendamento de terras por empresas estrangeiras.

Ricupero não é estranho aos tribunais. Segundo registros, ele está envolvido em mais de 750 processos, muitos deles envolvendo prefeituras e políticos de destaque como Fernando Henrique Cardoso e Aloizio Mercadante.

Suas ações populares recentes refletem a crescente pressão sobre a aplicação rigorosa da lei que regula a posse e o uso de terras rurais no Brasil, especialmente em um cenário onde a influência estrangeira continua a crescer.

O futuro das operações das gigantes agrícolas

A Raízen, BP Bunge Bioenergia, Bracell, BrasilAgro e SLC Agrícola não são apenas pilares do setor agrícola e sucroenergético, mas também motores econômicos que sustentam dezenas de milhares de empregos e contribuem significativamente para a economia do país.

A interrupção de suas atividades devido à disputa legal sugerida pelo Professor da USP pode ter consequências alarmantes. Até o momento, as empresas têm mantido silêncio ou declarado que operam dentro da legalidade, aguardando os desdobramentos judiciais para determinar seus próximos passos.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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