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100 mil norte-coreanos para Putin: Kim Jong-un envia soldados para reforçar a Rússia e mudar o rumo da guerra na Ucrânia

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 18/11/2024 às 19:46
100 mil norte-coreanos para Putin: Kim Jong-un envia soldados para reforçar a Rússia e mudar o rumo da guerra na Ucrânia
Soldados norte-coreanos já estão em combate na Ucrânia, enquanto Kim e Putin fortalecem uma aliança militar que preocupa o mundo. (Imagem: Reprodução)

Coreia do Norte revela envio de soldados norte-coreanos para reforçar tropas russas na Ucrânia, consolidando parceria histórica entre Kim e Putin.

A relação entre a Coreia do Norte e a Rússia ganhou um novo capítulo explosivo. Fontes próximas ao Kremlin indicam que até 100 mil norte-coreanos podem ser enviados como reforço para as forças armadas russas na guerra contra a Ucrânia. Esse número impressionante demonstra o avanço de uma parceria estratégica que vai muito além do campo de batalha.

Durante a Guerra Fria, a Coreia do Norte dependia fortemente da União Soviética para apoio econômico e militar. Apesar de um período de distanciamento após o colapso soviético, os últimos anos marcaram uma reaproximação significativa. Com sanções internacionais sufocando ambos os regimes, Kim Jong-un e Vladimir Putin encontraram interesses comuns que culminaram na possibilidade do envio massivo de soldados norte-coreanos para o front ucraniano.

Primeiros soldados norte-coreanos em ação

100 mil norte-coreanos para Putin: Kim Jong-un envia soldados para reforçar a Rússia e mudar o rumo da guerra na Ucrânia

De acordo com relatórios do Bloomberg e do National Post, cerca de 10 a 12 mil soldados norte-coreanos já foram enviados para a região de Kherson, onde estão participando de combates diretos contra forças ucranianas. Essas tropas estão sendo rotacionadas estrategicamente para evitar desgaste e manter o moral elevado.

Não se trata apenas de presença humana. A Coreia do Norte também forneceu equipamentos, como obuseiros autopropulsados e sistemas de lançamento múltiplos de foguetes. Em troca, a Rússia está transferindo tecnologia militar avançada para Pyongyang, incluindo sistemas ligados a mísseis balísticos intercontinentais, o que pode alterar o equilíbrio de poder na Ásia.

Reações internacionais e riscos globais

A notícia de soldados norte-coreanos no conflito gerou reações imediatas. O embaixador ucraniano na Coreia do Sul, Dimitro Ponomarenko, afirmou que a presença de tropas norte-coreanas prolongará o conflito e aumentará a destruição. Líderes ocidentais também expressaram preocupação, enquanto a Alemanha pressionou a China a intervir e impedir uma escalada ainda maior.

Para os aliados de Kiev, a chegada de norte-coreanos representa um desafio estratégico, aumentando o desgaste humano e material. Já para a Rússia, isso é uma tentativa de ganhar tempo enquanto reconstrói suas próprias forças.

O que está por vir?

Especialistas apontam três possíveis cenários:

Prolongamento do conflito: Rússia ganha tempo para se reestruturar, levando a um impasse militar.

Recuo da Coreia do Norte: Pressões internacionais, especialmente da China, forçam Kim a diminuir seu envolvimento.

Escalada global: A aliança entre Rússia e Coreia do Norte atrai novos países para o conflito, elevando os riscos de uma guerra mundial.

A entrada de 100 mil norte-coreanos nesse cenário amplifica a complexidade de um conflito já devastador. As movimentações indicam que a guerra na Ucrânia está deixando de ser um embate regional e se tornando um campo de batalha global, com implicações profundas para o equilíbrio de poder internacional.

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Rafaela Fabris

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