Apesar do número elevado, apenas 1,1% dos consumidores de energia do país faz uso da geração solar, segundo a Absolar
De acordo com um levantamento feito pela Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o Brasil ultrapassou a quantia de 1 milhão de unidades consumidoras com geração própria de energia que utilizam a fonte solar. No total, as instalações somam 8,6 gigawatts (GW) de potência, o que equivale a aproximadamente dois terços da potência da usina hidrelétrica de Itaipu.
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Uma parcela considerável dessa geração própria de energia solar se concentra em residências, totalizando 76,6% do total de consumidores que fazem uso da tecnologia, segundo informou a Absolar.
Seguido das residências, estão os segmentos de comércio e serviços (13,4%), produtores rurais (7,6%), indústrias (2,1%), poder público (0,3%) e outros setores, como serviços públicos (0,03%) e iluminação pública (0,01%). A energia solar apresentou um aumento acelerado no Brasil no decorrer dos últimos anos, influenciado tanto pela instalação de usinas de pequeno porte quanto por grandes empreendimentos direcionados ao mercado livre de energia.
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De acordo com a avaliação da Absolar, a lei que funda um marco regulatório para o setor de geração distribuída, sancionada pelo Governo no início de 2022, é um fato que deverá incentivar ainda mais os negócios pelo país. Até os dias atuais, a Associação prevê que a geração própria de energia solar já foi responsável por atrair mais de R$ 44,0 bilhões em investimentos no Brasil, além de gerar um total de mais de 260 mil empregos acumulados desde 2012.
O que se espera para o ano de 2022
Para o ano de 2022, a expectativa da Absolar é de que a energia solar praticamente dobre em capacidade instalada se comparada a 2021, o que ocorreria movido pelo novo marco legal e pela busca de alternativas pelo consumidor, com o objetivo de minimizar os custos com a conta de luz.
A previsão é de que sejam adicionados mais de 11,9 GW em potência de pequenos a grandes empreendimentos em 2022, frente aos 13 GW que já existem atualmente. De acordo com estimativas da Absolar, dos R$ 50,8 bilhões com previsão para serem investidos durante este ano, a geração distribuída irá corresponder a uma quantia próxima de R$ 40,6 bilhões. Embora o setor esteja em expansão, a Absolar pontua que o Brasil ainda está atrasado no que tange à adoção da energia solar.
“Dos mais de 89 milhões de consumidores de eletricidade do país, apenas 1,1% já faz uso do sol para produzir energia limpa, renovável e competitiva”, declara a Absolar em nota.