Chinês (Simplificado) 
Chinês (Tradicional) 
Inglês 
Francês 
Alemão 
Italiano 
Japonês 
Norueguês 
Espanhol 
4 min de leitura
1 comentários
Exploradores registram Rolls-Royce, Hummer limusine e outros carros abandonados em um hotel cinco estrelas fechado em Macau. Autoridades fecharam o complexo em 2016 por falhas graves de segurança.
Um vídeo recente do canal Exploring the Unbeaten Path registrou dezenas de carros de luxo parados há anos em um hotel abandonado em Macau, na China. As imagens mostram poeira, vidros quebrados e placas vandalizadas.
O prédio, inaugurado em 1992 e com mais de 500 quartos, foi fechado pelo governo em julho de 2016 após graves falhas de segurança contra incêndio e irregularidades administrativas, segundo a autoridade de turismo de Macau.
Entre os veículos vistos estão três Rolls-Royce Phantom, uma Hummer H2 limusine alongada, um Dodge Charger limusine, além de Toyota Alphard e Vellfire, Porsche e Audi, todos cobertos por camadas espessas de poeira.
-
O fim dos gigantes: Como navios colossais são ‘devorados’ em estaleiros de desmanche na Índia e Paquistão, virando milhões em aço reciclado que alimentam a indústria da construção civil
-
A caverna quadrada da China: templos, penhascos e um café suspenso a 200 metros de altura
-
Messi é modesto nos gastos? Conheça a coleção de imóveis milionários e impressionantes do jogador, distribuídos entre três países e que formam um império de luxo e exclusividade
-
Terraços de arroz em Banaue escalam montanhas a 1.500 m de altura: a paisagem esculpida à mão pelo povo Ifugao revela engenharia social e ecológica únicas
O caso reacendeu o debate sobre patrimônio, segurança e destino judicial de bens em locais sob litígio. Para o público brasileiro, a história ilustra riscos de abandono imobiliário em metrópoles turísticas com boom de cassinos.
Hotel cinco estrelas fechado em 2016 por falhas de segurança
O Beijing Imperial Palace Hotel, antigo New Century Hotel, em Taipa, foi alvo de interdição em 22 de julho de 2016. A medida ocorreu após inspeções apontarem deficiências graves em saídas e equipamentos contra incêndio.
De acordo com o MGTO, a decisão atendeu ao interesse público, citando riscos à segurança e imagem do destino. Reportagens locais detalharam armazenamento inadequado de materiais inflamáveis e alterações ilegais na estrutura do hotel.
O casino Greek Mythology, que operava no complexo sob licença de terceiros, já havia sido fechado no fim de 2015. Sem correções estruturais e com disputas entre sócios, o empreendimento nunca reabriu ao público desde então.
Coleção improvável: Rolls-Royce Phantom, Hummer H2 e mais
O vídeo mostra três Rolls-Royce Phantom de entre-eixos estendido posicionados na entrada principal, cercados por barreiras e marcas de vandalismo. Modelos assim eram usados para transportar hóspedes VIP em eventos e jogos.
Uma Hummer H2 limusine alongada aparece no andar térreo, com interior exposto e sinais de deterioração. Nos subsolos, a equipe registra ainda um Dodge Charger limusine, Porsche Cayenne e Audi empoeirados.
Pelo padrão de poeira, pneus murchos e vidro danificado, os carros parecem imóveis há anos. O explorador relata que portas destrancadas e sensores quebrados facilitam o acesso para registro de imagens, sem remover nada.
Relatos locais sugerem que parte da frota teria sido desativada por ordem dos proprietários, para evitar disputas judiciais e revenda. Não há confirmação oficial, mas o quadro de decadência é consistente em todas as áreas filmadas.
Para entusiastas, os veículos mantêm valor histórico e potencial de restauração. Contudo, a recuperação dependeria de custódia legal, perícia independente e leilão transparente, o que ainda não ocorreu.
Como os exploradores localizaram o hotel abandonado
A equipe percorreu bairros de Taipa por dias, cruzando pistas em redes sociais, fotos antigas e mapas para evitar divulgar o endereço exato. O objetivo declarado foi documentar o interior e alertar sobre riscos de ruína.
O canal Exploring the Unbeaten Path é conhecido por registrar lugares esquecidos com metodologia discreta. No vídeo, eles recomendam não invadir propriedades, destacando perigo de pisos instáveis e fios energizados.
A decisão editorial foi omitir coordenadas e detalhes de rotas. Segundo os produtores, a exposição massiva pode atrair vandalismo, depredação e saques, agravando danos ao patrimônio.
Situação legal do imóvel e próximos passos do governo de Macau
Desde 2016, o hotel perdeu licença e segue fora de operação. Em 2014–2024, o governo iniciou procedimentos para revogar o arrendamento do terreno por descumprimento de finalidade e abandono prolongado.
A revogação permite retomar a área e aplicar multas. Autoridades afirmam que o imóvel representa risco urbano e fere normas de planejamento e segurança contra incêndios em vigor na RAEM.
Até aqui, não há anúncio de leilão dos bens móveis como os carros. Qualquer destinação exigiria inventário, laudo técnico, comprovação de titularidade e eventual decisão judicial, conforme práticas locais.
Para Macau, o caso se tornou exemplo de governança em empreendimentos hoteleiros falidos. Especialistas defendem regras mais duras para evitar obras irregulares e proteger hóspedes, trabalhadores e vizinhança.
Impactos para turismo, patrimônio e segurança urbana em Macau
A permanência de carros de luxo abandonados cria curiosidade mundial, mas também reforça a percepção de risco e decadência. Marcas como Rolls-Royce acabam associadas a um cenário de ruína e impasse legal.
Para o turismo, a prioridade é recuperar áreas degradadas e dar destinação segura. Projetos de reconversão podem transformar passivos em centros culturais, hotéis modernos ou habitação com controle urbano.
Enquanto isso, o local permanece fechado ao público. Autoridades pedem que curiosos evitem entrar, pois há perigo real de desabamento, presença de mofo e materiais tóxicos expostos.
E você, o que faria com a frota esquecida: leilão imediato para restaurar as raridades ou preservação como memória de um ciclo que acabou? Deixe sua opinião nos comentários e explique por quê. Afinal, patrimônio ou sucata: qual escolha atende melhor ao interesse público?
Vender ferro velho automóvel, fazer do lugar habilitação para morador de rua