Novo sensor OV50X pode elevar o padrão de fotos e vídeos em smartphones, com promessa de maior alcance dinâmico e preservação de detalhes em condições extremas de luz e sombra, previsto para equipar futuros modelos da Xiaomi.
A Xiaomi estuda adotar o OV50X, novo sensor principal de 1 polegada da OmniVision, na série Xiaomi 16, com a promessa de reduzir estouros em áreas claras e perda de informação em sombras e entregar vídeo com aspecto “cinematográfico”.
O componente foi anunciado recentemente e oferece alcance dinâmico próximo de 110 dB, algo equivalente a cerca de 18 stops de luz. A produção em massa está programada para o terceiro trimestre de 2025.
OV50X mira HDR amplo e vídeo “de cinema”
Apresentado oficialmente pela OmniVision, o OV50X é um sensor de 50 MP com pixels de 1,6 µm em formato ótico de 1 polegada, voltado a smartphones topo de linha.
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O destaque é o HDR de exposição única próximo de 110 dB, viabilizado pela tecnologia TheiaCel, que busca preservar detalhes em cenas com contraste extremo, como nascer e pôr do sol, ruas à noite e ambientes com luz de fundo intensa.
Além da amplitude tonal, o componente prioriza vídeo e pré-visualização em HDR, algo que tende a impactar tanto o que o usuário vê na tela quanto o conteúdo final gravado.
Em termos de velocidade, o sensor suporta binning 4-em-1 para 12,5 MP a 180 fps, grava 8K com HDR via ganho analógico duplo e oferece crop por hardware no próprio sensor. Para foco, há QPD (quad phase detection) com cobertura de 100%.
O que muda nas fotos e vídeos do celular
Na prática, um HDR nessa faixa busca reduzir a incidência de áreas “estouradas” ou totalmente escuras em fotos e, principalmente, em vídeos.
Em cenas de alto contraste, o efeito esperado é a preservação simultânea de detalhes nas altas luzes e nas sombras, sem artefatos comuns de HDR multi-exposição, como “fantasmas” em objetos em movimento.
O ganho tende a ser percebido também em visualização em tempo real, já que o OV50X foi pensado para entregar pré-visualização em HDR, aproximando o que se vê na tela do resultado final.
Outro ponto relevante é a combinação entre o tamanho físico do sensor de 1 polegada e os pixels de 1,6 µm, que favorece captação de luz e controle de ruído em condições adversas.
Enquanto isso, o suporte a 8K com HDR amplia a margem para edições e recortes em pós-produção sem perda substancial de nitidez, algo de interesse para quem grava no celular e finaliza em telas maiores.
Xiaomi 16 em testes com o sensor, segundo vazamentos
Fontes recorrentes do mercado mobile, como o perfil Digital Chat Station, indicam que a Xiaomi testa o OV50X para uso como câmera principal na linha Xiaomi 16.
Os relatos mencionam formato de 1 polegada, 50 MP e 1,6 µm — o mesmo pacote técnico divulgado pela OmniVision —, mas sem confirmação oficial da fabricante chinesa até o momento.
A possibilidade citada é de adoção ao menos em uma das versões mais altas da família.
Quanto ao cronograma, publicações especializadas apontam que a série Xiaomi 16 pode estrear no fim de setembro de 2025, com mudanças importantes no conjunto de câmeras e aperfeiçoamentos em algoritmos desenvolvidos junto à Leica.
Embora datas possam variar por mercado, essa janela de lançamento coincide com o plano de produção em massa do OV50X no 3º trimestre de 2025, informado pela própria OmniVision.
Chipset de próxima geração e alinhamento de calendário
Para o processador, o ecossistema de rumores menciona a segunda geração da plataforma de ponta da Qualcomm sob o nome Snapdragon 8 Elite 2, prevista para equipar os principais flagships do segundo semestre.
A expectativa do setor é que a série Xiaomi 16 figure entre os primeiros a adotar o novo chip, dependendo do ritmo de anúncio da Qualcomm e da logística de fornecimento.
Trata-se, porém, de nomenclatura e prazos ainda associados a vazamentos, sem confirmação oficial da empresa.
Onde o sensor é feito e quem está por trás
A OmniVision é hoje parte do grupo Will Semiconductor (OmniVision Group), companhia de capital aberto com sede em Xangai.
A empresa atua no modelo “fabless”, com parceiros de fundição e encapsulamento como TSMC, VisEra, Xintec, KYEC e ASE, e mantém instalações de manufatura e testes em Xangai.
A distribuição exata de fabricação por produto não é detalhada publicamente; portanto, não há confirmação específica de onde o OV50X é produzido.
O que observar nos próximos meses
Com o início da produção em escala no terceiro trimestre, é esperado que os primeiros smartphones equipados com o OV50X comecem a aparecer ainda em 2025, a depender do ciclo de cada fabricante.
Só com unidades comerciais em mãos será possível aferir a execução final — desde a integração ótica até o processamento de imagem — e verificar se o alcance dinâmico anunciado se traduz, de fato, em ganhos consistentes no uso diário.
Enquanto isso, quem acompanha fotografia mobile deve monitorar três aspectos: a confirmação do uso do OV50X em modelos específicos, os ajustes de software feitos por cada marca sobre o pipeline de imagem e a performance do foco por QPD em cenários com pouca luz.