Conheça a história de William Colgate, o jovem inglês que superou a pobreza, guerras e crises para criar a marca sinônimo de higiene e confiança no mundo.
Colgate. Um nome presente em mais de 200 países. Avaliada em mais de US$ 70 bilhões. Sinônimo de limpeza e confiança. Mas a história começou simples. Com um garoto pobre, imigrante. Suas mãos foram queimadas por soda cáustica. Ele era William Colgate. Sem herança ou diploma, ele viu no sabão a chance de criar um império. Conheça sua trajetória inacreditável.
William Colgate nasceu em janeiro de 1783, na Inglaterra. Era filho de um humilde fazendeiro e fabricante de velas, Robert Colgate. Seu pai era um crítico da monarquia e seguidor batista. Essa postura o colocou em risco. Com medo de ser preso por sedição, Robert fugiu com a família para os Estados Unidos. William tinha apenas 15 anos. A travessia do Atlântico foi difícil. Chegaram a Baltimore pobres e desgastados. A família lutou contra a instabilidade financeira em Maryland e Nova York. Nesse cenário, o jovem William Colgate começou a trabalhar em tudo que encontrava.
A visão na fábrica de sabão: A oportunidade de criar uma marca
Aos 21 anos, em 1804, William mudou-se sozinho para Nova York. A cidade era um polo emergente, mas hostil para quem não tinha recursos. Conseguiu emprego como aprendiz em uma fábrica de sabão e velas. O trabalho era árduo, com soda cáustica e cheiro de gordura.
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Mas William Colgate era observador. Anotava processos, ingredientes e negociações. Percebeu que sabão e vela eram vendidos a granel, sem padrão ou marca. Teve uma visão: seu produto poderia ter qualidade constante, confiança e uma identidade, um nome. O seu nome.
William Colgate & Company
Mesmo pobre e desconhecido, William Colgate juntou economias. Em 1806, aos 23 anos, alugou um espaço na Dutch Street, Manhattan. Com ferramentas simples e um caldeirão emprestado, nasceu a William Colgate and Company. Ele produzia sabão e velas artesanais. Vendia para pequenos comerciantes e hotéis. E fazia questão de estampar seu nome nas caixas. Um detalhe inédito que iniciou uma revolução de marca. William Colgate focou na consistência da qualidade, cheiro e durabilidade.
A resiliência que construiu a confiança na marca
O crescimento exigiu trabalho duro. William Colgate fazia quase tudo: produzia, embalava, entregava. Em 1812, já fornecia para vários estados. Mas a Guerra de 1812 (EUA vs Inglaterra) trouxe dificuldades. Matérias-primas ficaram caras. Muitos fecharam. William Colgate reagiu com estratégia. Diversificou fornecedores e manteve preços estáveis. Ganhou respeito e confiança. Após a guerra, expandiu.
Abriu nova fábrica em 1820, produzindo também amido e extratos. No fim da década de 1820, um incêndio destruiu parte da fábrica. Ele reconstruiu, melhorando a estrutura e segurança. Nos anos 1830, enfrentou outra crise econômica com prudência, evitando dívidas e reinvestindo. Seus pilares eram: qualidade, ética e consistência.
O legado de William Colgate: Sucessão, inovação e a conquista global
Nos anos 1840, a empresa de William Colgate era referência no Nordeste dos EUA. Aos 60 anos, ele preparou seu filho, Samuel Colgate, para a sucessão. Samuel aprendeu cada etapa do negócio. Em 1847, William Colgate teve um leve derrame. Em 1848, aos 65 anos, passou o controle para Samuel. William Colgate faleceu em 1857, aos 74 anos. A empresa foi renomeada Colgate & Company.
Sob o comando de Samuel, a Colgate inovou. Em 1873, lançou o primeiro creme dental aromatizado em frascos. Em 1896, foi a primeira a vender creme dental em tubos. A marca se consolidou durante a Primeira Guerra Mundial, presente nos kits de higiene dos soldados. Em 1928, fundiu-se com a Palmolive-Peet, criando a Colgate-Palmolive. Expandiu globalmente, sobreviveu à Segunda Guerra Mundial e tornou-se líder mundial. O império de hoje, avaliado em mais de US$ 70 bilhões, foi construído sobre os princípios de William: propósito, constância, confiança e ética.