A nova CEO da Vodafone, Margherita Della Valle, anunciou que a empresa planeja cortar 11 mil empregos em um período de três anos, em uma tentativa de reduzir custos e recuperar sua posição competitiva no mercado.
A companhia de telecomunicações tinha alertado anteriormente que o desempenho abaixo do esperado em sua maior base de clientes, a Alemanha, afetaria seu fluxo de caixa.
As ações da Vodafone, que tem tido desempenho inferior ao de seus concorrentes em muitos de seus principais mercados europeus, caíram para uma mínima desde o início do ano e eram negociadas em baixa de 5,5% na terça-feira.
As demissões em massa que a Vodafone pretende fazer são as maiores de sua história.
A empresa emprega diretamente 90 mil pessoas na Europa e na África. Della Valle já começou a enxugar as operações da companhia em Londres desde que assumiu o cargo de CEO no início deste ano. Agora, os novos cortes serão distribuídos em todos os mercados nos quais a Vodafone atua, e mais empregos serão reduzidos no centro.
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A previsão de um fluxo de caixa de 3,3 bilhões de euros neste ano fiscal, abaixo dos 4,8 bilhões de euros do ano anterior até março de 2023, desapontou analistas e pode ter sido responsável pela queda no preço das ações da companhia.
A Vodafone informou que teve uma queda de 1,3% nos ganhos do grupo, chegando a 14,7 bilhões de euros no ano, num cenário em que a própria empresa havia projetado crescimento.
A Etisalat, empresa de telecomunicações dos Emirados Árabes Unidos, adquiriu uma participação de 14,6% na Vodafone, enquanto o bilionário francês das telecomunicações Xavier Niel, concorrente da Vodafone na Itália, e a Liberty Global, parceira da empresa na Holanda, também são investidores.
Os analistas argumentam que com a venda das operações da Vodafone, todos os três investidores têm chances de lucrar.
Em sua estratégia, Della Valle afirmou que maximizará o potencial dos clientes empresariais, uma força histórica da Vodafone, enquanto se concentra em aspectos básicos, como aprimorar o atendimento ao cliente para os consumidores. A Vodafone já havia começado a cortar empregos em mercados importantes ao eliminar mil posições na Itália e tem previsão de cortar cerca de 1.300 empregos na Alemanha, segundo reportagem da mídia.
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