Eletrodomésticos com ouro de 22 quilates podem estar na sua casa! Cientistas identificam aparelhos com componentes dourados e revelam método inovador para extrair esse metal raro de forma sustentável.
Eletrodomésticos com ouro de 22 quilates : Eletrônicos como celulares, computadores e tablets, muitas vezes esquecidos em gavetas, podem conter pequenas quantidades de ouro de 22 quilates em seus componentes internos. O mesmo metal precioso utilizado na fabricação de joias está presente em placas eletrônicas, conectores e circuitos, desempenhando um papel essencial na condução de eletricidade. De acordo com o Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE), a recuperação de ouro de dispositivos eletrônicos tem se tornado um campo promissor para a reciclagem e a sustentabilidade. Recentemente, pesquisadores desenvolveram um novo método mais eficiente para extrair esse metal raro de aparelhos descartados, facilitando sua reutilização na indústria tecnológica e reduzindo a necessidade de mineração.
Suíça descobre método para extrair ouro de 22 quilates de eletrodomésticos
A novidade é que pesquisadores da ETH Zurich, na Suíça, descobriram um meio inovador de extrair esse metal precioso do lixo eletrônico utilizando uma solução simples. Para extrair o metal do eletrodoméstico com ouro 22 quilates, são utilizados subprodutos da indústria de alimentos, como resíduos da produção de queijo.
É importante mencionar que, a cada ano, milhões de toneladas de eletrodomésticos são descartados no mundo e apenas em 2023, foram mais de 53 milhões de toneladas. As placas de eletrônicos contém metais valiosos, como ouro, prata e cobre, mas menos de 20% são recuperados.
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O resto acaba em aterros ou é processado com métodos poluentes, que envolvem produtos químicos tóxicos, como ácido nítrico ou cianeto. Além do risco ambiental da extração do metal de eletrodoméstico com ouro 22 quilates, o processo tradicional consome muita energia e possui baixa eficiência.
A solução encontrada pela Suíça veio de uma fonte muito improvável. Trata-se do soro de leite, um subproduto líquido que surge na produção de queijos. Quando aquecido em condições ácidas, as proteínas desse soro se convertem em nanofibras, estruturas que formam uma espécie de gel. Esse material, quando seco, vira uma esponja leve e porosa, semelhante a um pedaço de isopor.
Processo de extração metal de eletrodomésticos com ouro 22 quilates
O processo se inicia quando a esponja é mergulhada em uma solução contendo metais dissolvidos de placas eletrônicas trituradas.
As nanofibras da esponja possuem uma afinidade química especial com íons de ouro, atraindo-os como um ímã. Após saturar a esponja com partículas douradas, os cientistas a queimam em altas temperaturas.
Em um teste, que usou 20 placas de eletrodoméstico com ouro 22 quilates, principalmente placas-mãe de computadores antigos, foram obtidas 450 miligramas de ouro, uma liga de 91% de ouro e 9% de cobre, avaliada em aproximadamente 33 dólares.
Pode até parecer pouco, mas em uma grande escala, esses números mudariam drasticamente em larga escala. Uma tonelada de celulares descartados, contém até 300 gramas de ouro, enquanto uma tonelada de minério extraído de uma jazida comum possui, em média, apenas 5 gramas.
Técnica dos pesquisadores também envolve sustentabilidade
Além de recuperar metais, a técnica da suíça promove a economia circular. Os resíduos da produção de queijo, que exigem tratamento complexo para não poluir o meio ambiente, ganham nova utilidade. Para se ter uma ideia, a indústria láctea produz cerca de 180 milhões de toneladas de soro por ano, parte desse volume poderia ser transformado em esponjas para mineração urbana.
Enquanto os métodos tradicionais de mineração exigem escavações profundas, desmatamento e grandes volumes de água, a extração de ouro de placas reduz a pressão sobre recursos naturais e, o melhor, cada esponja de proteína usada é biodegradável, fechando o ciclo sem deixar rastros tóxicos.
Atenção antes de tentar recuperar ouro de eletrodomésticos!
Embora muitos aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos contenham pequenas quantidades de ouro de 22 quilates, o processo de extração desse metal exige equipamentos adequados, conhecimento técnico e produtos químicos específicos, que podem ser perigosos para a saúde e o meio ambiente.
A desmontagem incorreta de dispositivos pode danificá-los permanentemente, além de expor o usuário a materiais tóxicos, como mercúrio e chumbo, presentes em algumas placas eletrônicas.
Por isso, a forma mais segura e sustentável de lidar com esse tipo de resíduo é por meio da reciclagem especializada.
Empresas certificadas e programas de descarte correto são responsáveis por recuperar metais preciosos de forma segura, reduzindo o impacto ambiental e incentivando a reutilização de recursos valiosos. Se você deseja contribuir para essa iniciativa, procure pontos de coleta de lixo eletrônico ou empresas especializadas na reciclagem de eletrônicos na sua região.