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Vídeo game da vida real? Presidente da Rússia (Vladimir Putin) propões ‘duelo’ de mísseis com EUA

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 21/12/2024 às 14:25
Putin desafia os EUA com duelo de mísseis hipersônicos, intensificando tensões na guerra da Ucrânia e acendendo o alerta global.
Putin desafia os EUA com duelo de mísseis hipersônicos, intensificando tensões na guerra da Ucrânia e acendendo o alerta global.

Vladimir Putin propôs um “duelo” com os EUA, utilizando o novo míssil hipersônico russo Oreshnik. A sugestão, parte de um cenário de tensão crescente na guerra da Ucrânia, reacende o alerta sobre a escalada militar global.

Em um momento marcado por tensões globais e uma escalada militar sem precedentes, Vladimir Putin lançou uma proposta que pegou o mundo de surpresa e aumentou ainda mais o clima de incerteza geopolítica.

A ideia de um “duelo” de mísseis entre Rússia e Estados Unidos, sugerida pelo presidente russo, vai além de uma simples demonstração de força.

Ela carrega implicações estratégicas que podem moldar o equilíbrio de poder entre as duas maiores potências nucleares do planeta.

Putin não apenas defendeu a superioridade da tecnologia russa, mas sugeriu um experimento direto que colocaria em xeque os sistemas de defesa antimísseis americanos.

A declaração veio acompanhada de uma demonstração prática: o lançamento do míssil hipersônico Oreshnik na Ucrânia.

A proposta e suas possíveis consequências reacenderam o debate sobre a corrida armamentista e o futuro das relações entre Ocidente e Oriente.

Oreshnik: a nova arma na corrida armamentista

Durante uma declaração feita na última quinta-feira (19), Vladimir Putin propôs um experimento que consiste em selecionar alvos protegidos por sistemas de defesa antimísseis dos Estados Unidos.

Esses alvos serviriam como campo de teste para o míssil hipersônico russo Oreshnik, que, segundo Putin, é capaz de superar qualquer barreira tecnológica ocidental.

“Estamos prontos para tal experimento”, afirmou o presidente russo, em um tom que mistura desafio e confiança.

Putin destacou que, embora o Oreshnik seja fruto de inovações recentes, sua base de design remonta a décadas de desenvolvimento militar russo.

Conforme informações divulgadas por agências internacionais, o Oreshnik foi utilizado pela primeira vez em um ataque à cidade de Dnipro, na Ucrânia, em 21 de novembro de 2024.

O projétil, equipado com ogivas convencionais, demonstrou sua capacidade de precisão e letalidade.

No entanto, o aspecto mais alarmante é que ele também pode ser configurado para carregar armamento nuclear, elevando os riscos de uma escalada sem precedentes no conflito.

Guerra na Ucrânia: um conflito sem fim à vista

O pano de fundo dessa proposta de “duelo” é a guerra na Ucrânia, que desde fevereiro de 2022 transformou-se em um campo de batalha entre a Rússia e as potências ocidentais, que apoiam o governo ucraniano.

A invasão russa, iniciada por três frentes — Crimeia, Belarus e fronteira russa —, marcou um dos momentos mais dramáticos da história recente.

Nos primeiros dias do conflito, as tropas de Putin avançaram rapidamente, mas a resistência ucraniana conseguiu conter a ofensiva em pontos estratégicos, incluindo a capital, Kiev.

Desde então, o conflito se prolongou, acumulando milhares de mortos, milhões de refugiados e uma destruição generalizada em diversas regiões da Ucrânia.

Em outubro de 2024, analistas passaram a descrever a guerra como o momento mais perigoso desde seu início.

A Rússia, sob a liderança de Vladimir Putin, intensificou o uso de armamento avançado, incluindo mísseis hipersônicos, enquanto a Ucrânia passou a atacar diretamente o território russo com armas fornecidas por Estados Unidos, Reino Unido e França.

A resposta do Ocidente e as novas alianças da Rússia

A proposta de Putin ocorre em um cenário de crescente isolamento diplomático da Rússia. Desde o início da invasão, Moscou sofreu uma série de sanções econômicas e foi alvo de condenações internacionais.

No entanto, o Kremlin buscou novos aliados, incluindo a Coreia do Norte, que, segundo a inteligência ocidental, teria enviado tropas para ajudar as forças russas na Ucrânia.

Ainda que Moscou e Pyongyang não confirmem oficialmente a cooperação militar, analistas afirmam que essa aliança representa um novo eixo de influência no cenário global.

Além disso, a Rússia reforçou sua parceria com a China, que, embora evite um envolvimento direto no conflito, mantém apoio político e econômico ao Kremlin.

Enquanto isso, os Estados Unidos e seus aliados da OTAN intensificaram o envio de armamentos modernos para a Ucrânia, tornando o conflito cada vez mais tecnológico e imprevisível.

A introdução de mísseis ATACMS e Storm Shadow no campo de batalha elevou a capacidade ucraniana de atingir alvos em território russo, obrigando Moscou a adotar medidas mais drásticas.

O impacto da corrida armamentista no futuro global

A proposta de um “duelo” entre mísseis hipersônicos simboliza mais do que uma disputa entre potências.

Ela destaca a intensificação da corrida armamentista, que já domina o cenário global desde o início do século XXI.

Especialistas alertam que o desenvolvimento de tecnologias militares cada vez mais sofisticadas pode desencadear uma nova Guerra Fria, colocando em risco a segurança mundial.

Além disso, a possibilidade de uso de armamento nuclear em meio a tensões crescentes acende um alerta para organizações internacionais.

Apesar das tentativas de mediação por parte da ONU e de países neutros, como Turquia e Suíça, as negociações de paz permanecem estagnadas.

Conforme apontado por analistas militares, a postura de Vladimir Putin reflete um esforço para reafirmar a liderança da Rússia no cenário geopolítico, ao mesmo tempo que pressiona o Ocidente a reconsiderar seu apoio à Ucrânia.

No entanto, o custo dessa estratégia pode ser alto, tanto em termos econômicos quanto humanos.

E você, acredita que o desafio de Putin é apenas retórica ou um indício de um confronto ainda mais perigoso no futuro? Deixe sua opinião nos comentários!

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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