A chinesa Shein, muito famosa no Brasil por seu aplicativo de vendas online, está com planos de inaugurar 5 lojas temporárias no país, uma delas será instalada em Belo Horizonte.
A varejista chinesa Shein está com planos de inaugurar 5 lojas no Brasil no formato pop-up, isto é, temporárias, já no próximo ano. Uma das unidades será instalada em Belo Horizonte, e as outras cidades nas quais as unidades serão instaladas, nem mesmo as datas de inauguração ou por quanto tempo as lojas permanecerão abertas, não foram confirmadas pela empresa de comércio eletrônico. No mês de novembro, a empresa abriu uma loja temporária no Shopping Vila Olímpia, em São Paulo, que foi a primeira no Brasil a realizar vendas físicas, fora do aplicativo da marca.
Inauguração de loja da Chinesa Shein causa confusão
A inauguração da loja em SP teve tumulto, com 7 mil clientes que esperavam para conhecer a unidade e agredindo devido à desorganização das longas filas que se formaram. Devido à confusão, a companhia determinou a distribuição de senhas e um limite de até 20 minutos dentro da loja por cliente.
A loja ficou aberta por apenas cinco dias. Segundo o diretor-geral da Shein no Brasil, Felipe Feistler, há relatos de pessoas que chegaram às 3h da manhã, e algumas até mesmo acamparam, com barraca na fila. É claro que quem ficou tanto tempo esperando pode ficar frustrado, às 9h da manhã, em ter que ceder espaço para uma fila preferencial, conforme o que é determinado na lei.
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Outra iniciativa do tipo no Brasil aconteceu em março deste ano, com a abertura de uma loja pop-up no Village Mall, na cidade do Rio de Janeiro. Em cerca de 10 dias, o ponto recebeu 5 mil visitantes, mesma quantidade de consumidores que conseguiram entrar nos cinco dias da loja paulistana. Entretanto, a loja não possuía vendas físicas.
Conheça melhor a chinesa Shein
Com popularidade crescente no país, o aplicativo da Shein foi o mais baixado no último ano no setor de moda, com 23,8 milhões de downloads no Brasil, três vezes mais que seu concorrente mais próximo, a Lojas Renner.
A Shein afirma que está investindo no país como um mercado estratégico na América Latina. Globalmente, a chinesa Shein alcança consumidores em mais de 150 países. A empresa não possui fábrica e gera empregos para 10 mil pessoas, entre próprios e terceiros.
O diferencial da empresa, de acordo com Feistler, é a tecnologia de produção sob demanda. São feitos testes com 100 a 200 peças no aplicativo. Tendo em vista que a demanda se confirma, a produção é escalada. Tudo é muito rápido em tempo real. A varejista estima que este modelo de negócios evite uma perda de 20% na cadeia produtiva.
Desta forma é possível oferecer preços mais em conta do que a média de mercado, segundo o diretor-geral. Em vez de produzir 10 mil produtos só para depois descobrir se haverá demanda ou não, são produzidos de 100 a 200 e a demanda é confirmada.
Compras online no Brasil crescem
O segmento que registrou forte avanço durante a pandemia foi o de compras online, que está cada vez mais forte entre os brasileiros conectados. No primeiro semestre deste ano, o e-commerce atingiu a marca de R$ 118,6 bilhões em vendas no Brasil, alta de 6% se comparado com o mesmo período de 2021, quando o volume somou R$ 111,8 bilhões.
De acordo com a pesquisa do relatório Webshoppers 46, elaborado pela NielsenIQ, atualmente há 49,8 milhões de compradores online no país, avanço de 18% em relação ao mesmo período do último ano, quando havia 42 milhões de consumidores virtuais.