Simulação mostra que, mesmo com entrada de R$ 60 mil, financiamento de um Jeep Renegade 2025 pode custar mais de R$ 150 mil ao final do contrato.
Com o preço de R$ 115.990, o Jeep Renegade é um dos modelos mais procurados por quem busca um SUV moderno e robusto. Mas quanto custa financiar esse carro?
A resposta pode surpreender. Uma simulação feita pelo canal Pipoco Investidor revela o valor real de um financiamento com entrada de R$ 60.000, juros de 1,8% ao mês e parcelas fixas.
Entrada de R$ 60.000 muda tudo
A simulação considera uma entrada inicial de R$ 60.000. Isso representa praticamente metade do valor total do carro, o que influencia diretamente no valor dos juros ao longo do financiamento. Com essa entrada, o valor financiado fica em R$ 60.000.
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Esse tipo de entrada é considerado alto e tende a reduzir o custo final dos juros. Mesmo assim, ainda há um valor expressivo a ser pago ao longo do contrato.
Parcelas fixas e valor total do financiamento
As parcelas mensais simuladas ficam em R$ 1.533,68. O financiamento é feito com taxa de juros mensal de 1,8%, uma média comum no mercado, mas que pode variar de acordo com o perfil de crédito do comprador.
No final das contas, o total pago será de R$ 152.020,57. Isso significa que, além dos R$ 60.000 de entrada, o comprador vai desembolsar mais R$ 92.020,57 ao longo do contrato.
Desse total, R$ 36.030,57 correspondem apenas a juros. Esse valor equivale a 24% do custo final do financiamento. Ainda assim, o valor dos juros é considerado razoável justamente porque a entrada foi alta.
Por que a entrada reduz os juros
Quando se dá uma entrada maior, o valor que será financiado diminui. Com menos dinheiro emprestado, os juros também diminuem em proporção. Nesse caso, como o comprador financiou apenas R$ 60.000, a taxa de juros não gerou um custo tão alto se comparado a financiamentos com entrada menor.
Por outro lado, quem financia valores maiores acaba pagando muito mais em juros. Mesmo com a mesma taxa percentual, o montante total tende a crescer rapidamente.
Amortizar é uma alternativa vantajosa
Durante o vídeo, o canal Pipoco Investidor destaca um ponto importante: a amortização. Isso significa adiantar o pagamento de parte da dívida, reduzindo o saldo devedor e os juros futuros.
Na simulação, o valor de amortização já está em torno de R$15.030 ou R$15.040. O valor exato depende da quantidade de parcelas que já foram pagas até o momento da amortização.
Com a amortização, o comprador consegue diminuir significativamente o valor dos juros. Isso pode representar uma economia considerável no fim do contrato. Por isso, sempre que possível, é indicado guardar dinheiro e antecipar as parcelas.
Prazos maiores: menos parcelas, mais juros
Outro ponto mencionado no vídeo é a relação entre prazo e valor final. Ao escolher um prazo maior, as parcelas mensais ficam mais acessíveis. No entanto, os juros se acumulam por mais tempo, o que encarece o custo final.
Caso o financiamento fosse feito em menos tempo, os juros cairiam. No entanto, a parcela mensal ficaria mais pesada, o que pode comprometer o orçamento mensal do comprador. Por isso, é sempre importante avaliar o equilíbrio entre valor da parcela e custo total.
Taxas podem variar conforme perfil do comprador
A taxa de 1,8% ao mês usada na simulação é uma média. No mundo real, esse valor depende de diversos fatores. O score de crédito, o histórico de pagamento, a instituição financeira escolhida e até o relacionamento com o banco influenciam na taxa oferecida.
Um comprador com bom score pode conseguir taxas menores. Já quem tem um histórico de crédito ruim pode enfrentar taxas maiores, o que aumenta ainda mais o valor final a ser pago.
Cuidado com o financiamento por impulso
O vídeo alerta ainda para um comportamento comum: entrar em um financiamento sem planejamento. Mesmo que as parcelas caibam no bolso, o valor total pode sair muito maior do que o esperado. É importante fazer simulações, entender os juros e considerar alternativas como consórcios ou compra à vista.
Guardar dinheiro, buscar rendas extras e pagar parcelas antecipadas são estratégias recomendadas para quem deseja economizar no longo prazo.
Mesmo com entrada alta, um financiamento de R$ 60.000 pode gerar mais de R$ 36 mil em juros. Amortizar é a melhor forma de economizar. Por isso, entender os números é essencial antes de assinar qualquer contrato.