Universidade de São Paulo lança uma oportunidade única para explorar o impacto cultural e social do documentário de Eduardo Coutinho, com foco em cinema e antropologia, em um curso inovador e acessível a todos.
A Universidade de São Paulo (USP), por meio da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), acaba de anunciar uma novidade no campo da educação a distância: o curso “Documentário e Etnografia no Brasil: O cinema de Eduardo Coutinho”, que será oferecido de forma totalmente online (EAD).
Com 50 vagas abertas, o objetivo é explorar a interseção entre as técnicas cinematográficas do renomado diretor brasileiro e os métodos etnográficos, permitindo aos participantes uma análise aprofundada do impacto histórico e cultural de sua obra no Brasil.
Curso foca na análise do cinema documentário como ferramenta antropológica
O curso tem como objetivo central oferecer uma imersão no cinema documentário de Eduardo Coutinho, um dos mais influentes cineastas do Brasil.
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Coutinho é conhecido por usar o documentário não apenas como um meio de registrar a realidade, mas também como uma ferramenta para reflexões profundas sobre a sociedade brasileira, especialmente no contexto pós-1960.
Durante as aulas, os participantes terão a oportunidade de analisar alguns dos filmes mais emblemáticos de Coutinho, entendendo como suas técnicas de filmagem se aproximam dos métodos utilizados na antropologia, como a observação participante e a descrição minuciosa do cotidiano.
Além disso, o curso propõe uma reflexão sobre o impacto estético e histórico dos documentários de Coutinho, considerando as transformações políticas, sociais e culturais vividas pelo Brasil ao longo de mais de cinco décadas.
Ao investigar sua obra, os alunos serão desafiados a pensar sobre como o cinema pode ser uma poderosa ferramenta de documentação e análise das mudanças sociais, ao mesmo tempo em que preserva a particularidade e o local de cada história contada.
Educação a distância: mais acessível e flexível para diferentes públicos
O formato de ensino a distância (EAD) foi escolhido para tornar o curso acessível a um público amplo, sem as limitações geográficas típicas de cursos presenciais.
Com uma carga horária de 10 horas, o curso destina-se a estudantes, pesquisadores, e todos aqueles interessados em compreender o papel do documentário na sociedade brasileira.
Ao longo das aulas, os participantes poderão explorar as conexões entre cinema e antropologia, além de refletir sobre a importância da obra de Coutinho no cenário cultural nacional.
A formação proporcionada não se limita apenas a uma análise técnica dos filmes, mas também busca desenvolver uma visão crítica e interdisciplinar, unindo cinema, antropologia e estudos culturais.
Os participantes terão a chance de mergulhar em temas complexos, como a construção da identidade brasileira no contexto da modernidade e as implicações do uso do documentário como meio de protesto social e político.
Vagas limitadas e inscrição por sorteio eletrônico
Interessados em participar do curso devem se inscrever até o dia 21 de abril, acessando a Plataforma APOLO da USP, onde as inscrições estão abertas.
São 50 vagas disponíveis, e a seleção será feita por meio de um sorteio eletrônico, garantindo uma forma democrática e transparente de escolha.
O valor do investimento para a inscrição no curso é de R$ 100,00, valor acessível para quem busca aprofundar seus conhecimentos em um campo tão relevante como o da etnografia e do cinema documentário.
O curso visa preencher uma lacuna existente nos estudos acadêmicos dedicados à obra de Eduardo Coutinho, uma vez que poucos materiais acadêmicos abordam a obra do cineasta de forma profunda, especialmente no que tange à sua relação com a antropologia e os estudos sociais.
Ao oferecer uma perspectiva crítica e acadêmica sobre seu trabalho, a USP possibilita que novos olhares sobre a sua filmografia sejam desenvolvidos, contribuindo para uma compreensão mais rica e abrangente do impacto de sua obra.
Uma abordagem inovadora e interdisciplinar
Eduardo Coutinho, ao longo de sua carreira, usou o cinema como uma forma de se aproximar das pessoas, utilizando técnicas que se alinham de maneira única às práticas etnográficas.
Sua obra, que inclui filmes como “Cabra Marcado para Morrer” (1964), “Edifício Master” (2002) e “Jogo de Cena” (2007), entre outros, é um exemplo claro de como o documentário pode ir além da simples documentação de fatos, tornando-se uma ferramenta poderosa para entender a complexidade das relações sociais e a construção da identidade coletiva.
O curso também se propõe a refletir sobre o legado de Coutinho para as novas gerações de cineastas e antropólogos, buscando promover uma formação que une diferentes campos do conhecimento e que se adapta às demandas de um mundo acadêmico cada vez mais interdisciplinar.