A Usina Ceará-Mirim estabeleceu uma meta de 30% para a produção de etanol da safra 2022/2023, no Rio Grande do Norte
A Usina Ceará-Mirim, localizada no Estado do Rio Grande do Norte, está planejando aumentar, em até cinco vezes, a comercialização direta de etanol para os postos a partir da colheita da safra de 2022/23.
Nos primeiros meses de regulamentação da lei, a estimativa de comerciantes do setor é de que o preço do litro do etanol pode ter diminuído entre R$ 0,15 a R$ 0,50 no Rio Grande do Norte. Independentemente da mudança na lei, a variância do preço do etanol é sazonal, ou seja, atrelada à safra da cana-de-açúcar no Rio Grande do Norte.
A usina do Rio Grande do Norte começou a comercialização direta do etanol para os postos, de forma efetiva, em janeiro deste ano, sendo que atualmente a lista de clientes está em 52 postos de combustíveis, o que corresponde a 580 mil litros, 6% do total repassado pela usina na última safra, relata a direção. Os postos que adquiriram o etanol na usina do Rio Grande do Norte obtiveram uma redução de R$ 0,45 a R$ 0,50 centavos.
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“O investimento da Usina Ceará-Mirim, no Rio Grande do Norte, neste formato de venda reforça ainda mais o DNA direcionado à variação, sinergia e inovação dos negócios, além de colaborar para que atinjam as metas de crescimento estabelecidas para a empresa não só neste, mas nos próximos anos”, declara Paulo Telles Neto, presidente do Grupo Telles.
A finalidade da Usina Ceará Mirim do Rio Grande do Norte é expandir a sua distribuição direta de etanol aos postos de combustível, que hoje está em 5% para 30%, em um ano.
Para Telles e os comerciantes do setor, a modificação na dinâmica do repasse do etanol pela Usina do Rio Grande do Norte ainda está em desenvolvimento. “É uma cadeia nova”, diz.
Postos que adquirirem o etanol da Usina do Rio Grande do Norte precisarão buscar o combustível diretamente na fábrica
Com a compra direta, os postos necessitam, por exemplo, de se prontificarem em relação a logística da entrega do combustível, ou seja, eles precisarão buscar o etanol direto da Usina, ao invés de receberem através dos caminhões das distribuidoras.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Rio Grande do Norte (Sindipostos-RN), Maxwell Flor, avalia que a alteração na legislação foi positiva para o mercado, porém pontua a questão logística como uma dificuldade para os pequenos postos.
“Quando estava no período de safra, nós possuíamos notícia de revendedores adquirindo o etanol. Depende muito da logística. Quando mandamos o caminhão para o local, demora para carregar. Com isso, ficamos sem um caminhão para carregar gasolina e diesel na distribuidora. Tem que pesar muito, um cenário em que tudo dê certo”, afirmou Maxwell Flor em recente entrevista. De acordo com ele, na época da safra, o preço do litro do etanol teve uma diminuição de R$ 0,10 a R$ 0,15 centavos em períodos de compra direta.
Atualmente, o Rio Grande do Norte possui 664 postos registrados na ANP ( Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), sendo que 295 desses postos são do tipo “bandeira branca”, ou seja, eles não estão vinculados a nenhuma distribuidora.
Ceará declara redução de 18% para 15% no ICMS do etanol
Uma proposta de lei complementar que diz respeito a redução do ICMS do etanol (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do Ceará foi enviada para a aprovação da Assembleia Legislativa, na segunda-feira, 1. O plano do executivo estadual é diminuir a alíquota de 18% para 15%.
Em seu Twitter, a governadora Izolda Cela afirmou que “O projeto segue agora para aprovação na Assembleia Legislativa. Seguimos juntos por um Ceará cada vez mais forte e desenvolvido”.
No início do mês de julho, Izolda já havia dito que o Estado seguiria a lei 194 que colocava teto de 18% da alíquota do ICMS dos combustíveis.