O Google investirá mais de US$ 100 bilhões em inteligência artificial, diz CEO da DeepMind, destacando a vantagem computacional da empresa e o potencial da tecnologia para um novo renascimento científico
O Google está preparando um dos maiores investimentos de sua história, destinando impressionantes US$ 100 bilhões para o desenvolvimento e avanço da inteligência artificial.
Demis Hassabis, presidente-executivo do Google DeepMind, revelou em uma conferência TED em Vancouver que o Google planeja investir mais de US$ 100 bilhões ao longo do tempo no desenvolvimento de inteligência artificial (IA).
Durante a apresentação, ele discutiu os planos ambiciosos da empresa em relação à tecnologia de IA, destacando que o investimento seria ainda maior do que o projetado pela OpenAI e pela Microsoft para a construção de um supercomputador em um data center chamado “Stargate”, em até US$ 100 bilhões.
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Em resposta a uma pergunta sobre o projeto “Stargate”, Hassabis declarou que o Google está investindo mais do que as estimativas divulgadas, sem entrar em detalhes sobre os números exatos.
Google não quer ficar para trás na Inteligência artificial
A declaração ocorreu após a Bloomberg divulgar informações sobre os planos da OpenAI e da Microsoft, que envolve um supercomputador com milhões de chips de IA para potencializar a computação em grande escala.
Hassabis, que fundou o DeepMind em 2010 antes da aquisição pelo Google em 2014, também falou sobre a vantagem competitiva da Alphabet, controladora do Google.
Ele destacou que a empresa possui um poder de computação superior ao de seus rivais, como a Microsoft, o que considera essencial para alcançar a Inteligência Geral Artificial (AGI).
A AGI é o estágio em que a IA alcança a inteligência humana em diversas tarefas, algo que o Google, segundo ele, está mais perto de realizar devido ao vasto poder computacional que possui.
Nas declarações anteriores, Hassabis comparou o hype crescente em torno da IA com o exagero que cercou as criptomoedas.
Em março, ele afirmou que o investimento em IA “traz consigo um monte de exagero e talvez alguma armadilha”, e que isso desvia a atenção da verdadeira ciência e pesquisa por trás da tecnologia.
Apesar disso, ele se mostrou otimista quanto ao futuro, dizendo que a indústria está “apenas arranhando a superfície” do que é possível, e vislumbrou o início de uma nova era de descobertas científicas, comparando-a a um “novo Renascimento“.
Novo chip do Google
O Google deu um passo importante na tecnologia quântica com o lançamento do Willow, seu mais recente chip de computação quântica. Projetado para enfrentar os desafios mais complexos da área, o Willow promete redefinir o desempenho e a eficiência da computação quântica.
Principais características do Willow
- Contagem de Qubits ampliada:
O Willow incorpora 105 qubits, representando um grande avanço em comparação ao seu antecessor, Sycamore, que possuía 72 qubits. - Inovação na correção de erros:
Uma das principais características do Willow é sua habilidade de reduzir erros de maneira exponencial à medida que o número de qubits vai aumentando. Devido à sensibilidade dos qubits a fatores externos, a correção de erros é um grande desafio na computação quântica. - Desempenho superior:
Durante testes de benchmark, o Willow realizou cálculos complexos em menos de cinco minutos, uma tarefa que levaria cerca de 10 setilhões de anos para ser concluída pelos supercomputadores mais potentes da atualidade. - Qubits lógicos avançados:
O Willow adotaa uma abordagem inovadora, agrupando múltiplos qubits físicos para formar qubits lógicos, o que resulta em taxas de erro significativamente menores. Enquanto qubits individuais apresentam altas chances de erro, os qubits lógicos do Willow demonstram uma taxa de erro de apenas 1 em 1.000 por ciclo de computação.