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Unoeste aumenta capacidade de energia solar para atender ambulatório

Escrito por Paulo H. S. Nogueira
Publicado em 07/08/2025 às 06:50
Instalação de painéis solares no telhado de um prédio, com sete profissionais equipados com uniformes azuis, capacetes e cintos de segurança, trabalhando sob céu limpo em área urbana.
Equipe técnica realiza a instalação de sistemas de energia solar no telhado de um prédio, contribuindo para a sustentabilidade e eficiência energética.
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Universidade aposta em energia solar para atender ambulatório e amplia usinas fotovoltaicas no interior paulista, garantindo economia, autonomia energética e compromisso com a sustentabilidade

Energia solar ganha protagonismo em instituições de ensino e saúde

Atualmente, a busca por soluções sustentáveis cresce de maneira significativa nas instituições de ensino e saúde no Brasil. Por esse motivo, a Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) decidiu ampliar a geração de energia solar para atender o seu ambulatório de especialidades em Presidente Prudente.

Esse investimento em energia limpa representa não apenas uma alternativa econômica frente ao aumento constante do custo da energia elétrica. Ele também reforça o compromisso com a responsabilidade socioambiental.

Ainda que a energia solar tenha sido considerada uma das fontes renováveis mais promissoras do mundo há décadas, foi somente nos últimos anos que ela se consolidou no Brasil. Afinal, mesmo que os primeiros estudos sobre o aproveitamento da radiação solar tenham surgido anteriormente, a regulamentação da geração distribuída, em 2012, impulsionou o uso de painéis fotovoltaicos.

Além disso, a combinação entre políticas públicas, acesso facilitado à tecnologia e maior consciência ambiental fortaleceu esse crescimento. Especialmente em regiões com alta incidência solar, como o interior paulista.

Portanto, o fortalecimento do setor solar no país não ocorreu por acaso. Pelo contrário, universidades, centros de pesquisa e empresas privadas passaram a atuar juntos para desenvolver soluções aplicáveis à realidade brasileira.

Desse modo, a integração entre ciência, inovação e meio ambiente permitiu a instalação de sistemas fotovoltaicos cada vez mais eficientes. Mesmo em locais anteriormente considerados pouco viáveis.

Unoeste expande estrutura para gerar energia solar localmente

Por estar localizada em Presidente Prudente, onde a luminosidade ao longo do ano é elevada, a Unoeste aproveitou essa vantagem natural. Inicialmente, a universidade já havia iniciado um projeto de usinas fotovoltaicas para suprir parte do seu consumo energético.

Entretanto, com a instalação de mais de 300 novos módulos solares, o sistema ganhou força e passou a contribuir também com o funcionamento do Ambulatório de Especialidades Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima, referência na região.

A instalação dos painéis solares foi dividida em dois pontos estratégicos. No campus 1, a Unoeste posicionou 174 módulos de 605 watts cada sobre o Ginásio de Esportes. Isso resultou em uma potência de 105,27 kWp (quilowatt-pico).

Já no ambulatório, foram instalados 162 módulos, com uma capacidade de 98 kWp. Com isso, a geração mensal de energia pode alcançar 13.119 kWh no campus e 12.296 kWh no ambulatório.

Consequentemente, essa energia local atende demandas essenciais, como iluminação, climatização, funcionamento de equipamentos médicos e suporte a sistemas digitais. Além disso, a universidade adotou critérios rigorosos de eficiência energética, priorizando o posicionamento ideal dos painéis e o uso inteligente dos espaços disponíveis.

Energia solar para atender ambulatório reforça qualidade no serviço de saúde

Segundo o engenheiro eletricista da Unoeste, Ednei Zaupa, a meta da instituição é suprir, no médio prazo, toda a demanda energética de suas unidades em Presidente Prudente por meio da energia solar.

Essa estratégia alinha a universidade à tendência mundial de descarbonização da matriz energética, firmada por diversos países no Acordo de Paris. Como o Brasil possui um dos maiores potenciais solares do mundo, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, torna-se ainda mais relevante avançar nessa direção.

Além do aspecto técnico, utilizar energia solar para atender ambulatório também impacta diretamente a qualidade dos serviços de saúde. Isso ocorre porque a estabilidade energética é fundamental para o funcionamento adequado de equipamentos médicos, refrigeração de vacinas e medicamentos, sistemas de iluminação e prontuários eletrônicos.

Ao produzir sua própria energia, o ambulatório reduz a dependência da rede pública. Isso minimiza riscos de interrupções e eleva o padrão de atendimento.

Adicionalmente, a iniciativa fortalece o papel da universidade como formadora de conhecimento. De fato, professores e estudantes têm a oportunidade de acompanhar na prática a transição energética. Além disso, podem usar a própria estrutura fotovoltaica como ferramenta de ensino.

Como resultado, os cursos de engenharia, arquitetura e ciências ambientais se beneficiam com conteúdo prático e sensibilidade ecológica.

Por essa razão, integrar infraestrutura moderna com educação ambiental se torna essencial. Afinal, essa vivência cotidiana prepara uma nova geração de profissionais mais consciente, crítica e preparada para os desafios da crise climática.

Com isso, a Unoeste cumpre sua função de promover não apenas conhecimento técnico, mas também responsabilidade socioambiental.

Sustentabilidade, autonomia e impacto ambiental positivo

Do ponto de vista ambiental, os ganhos são evidentes. Enquanto a energia solar não gera resíduos, tampouco emite gases poluentes, ela contribui para reduzir o uso de combustíveis fósseis.

Apesar de a matriz elétrica brasileira ser majoritariamente hídrica, as crises recentes mostraram que é necessário diversificar. Nesse cenário, a energia solar surge como alternativa confiável, segura e com menor impacto ambiental.

Historicamente, o Brasil passou por dificuldades no setor elétrico. Como exemplo, a década de 1990 foi marcada por racionamentos e apagões. Isso evidenciou a fragilidade da dependência de uma única fonte.

Desde então, o país iniciou políticas de incentivo à diversificação. Assim, programas como o Proinfa e a regulamentação da microgeração permitiram a expansão de fontes alternativas, entre elas a energia solar.

Por isso, a decisão da Unoeste de investir em energia solar para atender ambulatório se mostra coerente com os desafios atuais. A sustentabilidade deixou de ser um diferencial e se tornou uma necessidade institucional.

Nesse sentido, o uso de fontes renováveis reflete uma postura moderna, alinhada às exigências do século XXI.

Além disso, os avanços tecnológicos reduziram o custo dos equipamentos, tornando o investimento mais acessível. Como se não bastasse, a legislação permite que o excedente gerado pelos painéis seja convertido em créditos junto à distribuidora.

Logo, isso amplia a eficiência econômica do sistema, criando um ciclo sustentável de produção e consumo.

Energia solar como estratégia permanente para o futuro

Portanto, adotar energia solar para atender ambulatório representa mais do que uma solução energética. Trata-se de uma estratégia de longo prazo que une economia, sustentabilidade e segurança.

Em tempos de mudanças climáticas e sobrecarga nos serviços públicos, medidas como essa se tornam cada vez mais urgentes e eficazes.

A Unoeste, ao integrar fontes limpas ao funcionamento do seu ambulatório, torna-se referência institucional. Afinal, prestar serviços de saúde com energia renovável demonstra viabilidade técnica e responsabilidade com o futuro.

Além disso, fortalece os vínculos da universidade com a comunidade. Isso proporciona atendimento mais eficiente, estável e sustentável.

À medida que mais instituições seguirem o mesmo caminho, será possível consolidar um modelo energético mais justo, resiliente e alinhado às necessidades do país.

Como resultado, a energia solar aplicada à saúde poderá transformar a realidade de muitas regiões. Isso promoverá inclusão energética e redução de custos operacionais.

Dessa forma, ao agir de maneira proativa, a Unoeste colabora com o meio ambiente, gera economia e promove inovação. Com tecnologia, compromisso e o uso inteligente dos recursos naturais, a universidade mostra que o futuro da energia no Brasil pode, sim, ser escrito com luz, responsabilidade e ação concreta.

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Investir em energia solar em 2025 ainda compensa? Especialista destaca benefícios duradouros | Jovem Pan News Paraná

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Paulo H. S. Nogueira

Sou Paulo Nogueira, formado em Eletrotécnica pelo Instituto Federal Fluminense (IFF), com experiência prática no setor offshore, atuando em plataformas de petróleo, FPSOs e embarcações de apoio. Hoje, dedico-me exclusivamente à divulgação de notícias, análises e tendências do setor energético brasileiro, levando informações confiáveis e atualizadas sobre petróleo, gás, energias renováveis e transição energética.

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