Revolução na IA! Empresa chinesa cria tecnologia que supera o ChatGPT com um investimento surpreendentemente baixo
A recente ascensão da China no setor de inteligência artificial (IA) está gerando preocupação no Vale do Silício. O DeepSeek, um até então desconhecido laboratório de IA chinês, surpreendeu o mundo ao lançar um modelo de linguagem grande, gratuito e de código aberto.
Apesar de ser construído com um orçamento inferior a US$ 6 milhões e utilizando chips Nvidia H800s, de capacidade reduzida, o modelo conseguiu superar concorrentes de peso dos Estados Unidos, como o Meta Llama 3.1, o GPT-4o da OpenAI e o Claude Sonnet 3.5 da Anthropic. Essa reviravolta está colocando em xeque a liderança global dos EUA no setor.
O avanço tecnológico do DeepSeek
Em testes de benchmark conduzidos por terceiros, o modelo da DeepSeek se destacou em diversas áreas, como resolução de problemas complexos, matemática e codificação.
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Além disso, a empresa anunciou recentemente o r1, um modelo de raciocínio que também superou o modelo o1 da OpenAI em vários desses testes.
“Ver o novo modelo do DeepSeek é super impressionante em termos de como eles realmente fizeram um modelo de código aberto eficiente em termos de computação de tempo de inferência“, afirmou Satya Nadella, CEO da Microsoft, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos.
Desafios e soluções chinesas diante das restrições dos EUA
A DeepSeek enfrentou desafios significativos devido às rigorosas restrições de semicondutores impostas pelos EUA, que impediram a China de acessar chips mais potentes, como os H100s da Nvidia.
No entanto, os avanços da empresa sugerem que ela encontrou maneiras criativas de contornar essas barreiras, possivelmente por meio de técnicas como a destilação de modelos.
Esse processo permite que um modelo menor aprenda com um modelo maior, reduzindo custos e otimizando a eficiência computacional.
“Eles podem pegar um modelo realmente bom e grande e usar um processo chamado destilação para treinar um modelo menor, tornando-o mais inteligente de forma muito econômica“, explicou Chetan Puttagunta, sócio da Benchmark.
O papel do fundo de hedge e o mistério em torno do DeepSeek
Pouco se sabe sobre a estrutura interna da DeepSeek e seu fundador, Liang WenFeng. A empresa surgiu a partir do fundo de hedge High-Flyer Quant, que gerencia aproximadamente US$ 8 bilhões em ativos.
A falta de transparência da empresa tem gerado especulações sobre seu verdadeiro potencial e seus planos futuros.
Outras iniciativas chinesas em IA
A DeepSeek não é a única empresa chinesa que está conquistando espaço no cenário global de IA.
A startup 01.ai, fundada pelo renomado pesquisador Kai-Fu Lee, conseguiu treinar um modelo de IA com apenas US$ 3 milhões.
Além disso, a ByteDance, empresa controladora do TikTok, anunciou recentemente uma atualização de seu modelo de IA, que também superou o o1 da OpenAI em benchmarks importantes.
“A necessidade é a mãe da invenção“, afirmou Aravind Srinivas, CEO da Perplexity. “Como eles tiveram que descobrir soluções alternativas, acabaram construindo algo muito mais eficiente.”
Impactos para o futuro da IA global
O avanço rápido da China em IA levanta questões sobre a sustentabilidade dos investimentos massivos das gigantes americanas em infraestrutura e modelos de IA.
Se empresas chinesas conseguem desenvolver modelos competitivos com menos recursos e hardware menos avançado, as empresas ocidentais precisarão reconsiderar suas estratégias para manter a liderança.
Para os Estados Unidos, esse cenário representa um alerta sobre a necessidade de revisar suas políticas de restrição de exportação de tecnologia.
Além disso, a eficiência das soluções chinesas pode levar a uma redefinição das prioridades em pesquisa e desenvolvimento no Ocidente.
O surgimento da DeepSeek como uma ameaça à dominação dos EUA em IA é um lembrete do dinamismo desse setor.
A capacidade da China de desenvolver modelos de alto desempenho com orçamentos reduzidos desafia as suposições existentes sobre os requisitos de hardware e investimento necessários para avanços significativos.
Por conta disso, empresas e governos precisam monitorar de perto os avanços da China e buscar soluções inovadoras para manter a competitividade no mercado global de IA. A próxima década promete ser decisiva para determinar quem liderará essa revolução tecnológica.